segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

O banquete dos que eu amo

O tarde é feita de mulheres que passam batom na boca
De crianças que riem
De sabiás que amam
De rosas nuas,
De silêncios.
A tarde é prenhe da solidão da madrugada
E, ao mesmo tempo, de um grande aeroporto numa sexta-feira à noite.
A tarde é o agora e o agora, numa temperatura de 21 graus centígrados,
Sombra tropical, cadeira de palinha e café espresso arábica.
A tarde é prenúncio de estrelas e do rastro de mulheres tão lindas
Que vivem nuas.
A tarde é uma mulher grávida de amor,
E que tem sabor de vinho europeu.
A tarde evoca sons de diamantes,
Excitante como beijo de língua
E sabor de ostra e Bohemia enevoada.
A tarde é o riso das virgens ruivas
E, da luz, o triunfo.
A tarde é tudo o que tenho para dar neste Natal,
E, no Ano Novo, darei minha alma, que é toda a minha luz.

Um comentário:

  1. Muito bom, Ray. Aproveito para desejar a vc e sua família um Feliz Natal e um ano novo com saúde e paz. Abrs. Gracia

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