sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Sob o Céu nas Nuvens

Ray Cunha no jornal A Província do Pará, em Belém, divulgando Sob o Céu Nas Nuvens

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Corremos o risco de ver o Estado brasileiro desmoralizado com o voto de Celso de Mello em favor de uma das quadrilhas mais ousadas que já se flagrou neztepaiz

BRASÍLIA, 16 DE SETEMBRO DE 2013 - Tenho notado algumas pessoas desejando uma ditadura militar para fazer frente ao atual momento no Brasil, em que já não se distingue político de ladrão, narcotraficante ou mafioso, e em que corremos o risco de ver o Estado brasileiro desmoralizado, nesta quarta-feira, com o voto de Celso de Mello em favor de uma das quadrilhas mais ousadas que já se flagrou neztepaiz.

Mesmo assim, a situação permanece em uma ditadura nas sombras e Lula ainda não conseguiu dar o bote certo; vem tentando, por meio do aparelhamento do Estado, paternalismo e corrupção generalizada, mas o Brasil não é Cuba, nem, muito menos, Venezuela, ou Bolívia, ou as ditaduras purulentas da mamãe África. Isso significa dizer que ainda podemos reagir. Quando o povo quer, nem bombardeio pesado o segura.

Com ditadura militar, ou qualquer outra ditadura, que são todas a mesma coisa, não podemos pensar em voz alta, nem protestar pela internet, muito menos nas ruas, porque, então, as balas são de chumbo quente. Durante a Ditadura dos Generais (1954-1985), trabalhei como repórter policial do jornal A Notícia, em Manaus, por volta de 1976.

Todos os dias, da tarde para a noite, um casal (de fato e de direito) de policiais federais ia para a redação e lia tudo. Cheguei a ser chamado ao Comando Militar da Amazônia para dar explicação sobre uma nota que escrevera afirmando que os waimiris-atroaris estavam atacando na BR-364. No Casarão, a velha central de polícia, a tortura comia solta, inclusive contra jovens estudantes, bastando para isso que houvesse uma acusação, por mais absurda que fosse.

No Brasil, estamos num momento efervescente da democracia, numa luta da banda boa contra a banda podre, dos cidadãos contra os corruptos. O negócio é fortalecer as instituições. Uma hora dessas pegaremos de jeito o Chefão. E depois há uma coisa certa: pela sua incompetência, o PT está caindo de podre, e levará para o fundo pútrido do pantanal, quando o casco da sua embarcação fender, todos os ratos que participam da bacanal.