sábado, 28 de junho de 2014

HIENA é lançado pelo Clube de Autores e pela Amazon.com. Saiba como adquiri-lo

BRASÍLIA, 28 DE JUNHO DE 2014HIENA, de RAY CUNHA, é uma história de detetive ambientada numa Brasília atolada na corrupção. Para quem mora no Brasil ou na América do Sul fica mais barato comprá-lo no Clube de Autores (155 páginas, papel couchê 90 gramas, R$ 26,44, e e-book, com 74 páginas, R$ 5,38); e para quem nos Estados Unidos ou na Europa, é mais prático adquiri-lo na Amazon.com.

O país está afundando em corrupção e o erário escorre pelo ralo, em obras bilionárias e superfaturadas, que nunca terminam, ou simplesmente são inúteis. Ao investigar o assassinato de um senador da República, degolado com uma katana, no Tropical Hotel, no Setor Hoteleiro Sul, em Brasília, o detetive particular Hiena faz a grande descoberta de sua vida.
Além da Brasília real fazer fundo a este romance, desfila nele um magote de personalidades reais, como, por exemplo, os artistas plásticos Olivar Cunha e André Cerino; as cantoras paraenses Carmen Monarcha e Joelma, da Banda Calypso; o escritor amapaense Fernando Canto; o maestro Silvio Barbato; além da famosa personagem de ficção Brigitte Montfort.
Hienas são como bactérias grandes. Bandidos do reino animal. Atarracadas, quartos traseiros caídos, andar manquejante, começam a comer a vítima viva ainda na perseguição, rasgando-lhe o ventre, as vísceras espirrando. O humorista carioca Juca Chaves, Jurandyr Czaczkes, cunhou uma frase que se tornou um mito persistente: “A hiena é um animal que come fezes dos outros animais, só tem relações sexuais uma vez por ano e ri… mas ri de quê?” 
A Crocuta crocuta é predador sem igual. Caçadora formidável, chega a perseguir suas presas à velocidade de até 55 quilômetros por hora, em grupos que chegam a 100 indivíduos. O segredo desse vigor é um coração poderoso. Mas o que as tornam resistentes como baratas é que podem se alimentar de praticamente tudo, desde filhotes de leão, passando por insetos a ovos de avestruz, até carniça já cheia de vermes, e de outras hienas, além de suas próprias fezes. Contudo, caçam também animais de médio e grande portes, como gazelas, impalas, gnus e zebras. Suas mandíbulas são tão potentes que comem, normalmente, os ossos das suas presas, razão pela qual suas fezes são esbranquiçadas. 
O detetive Hiena, Crocuta crocuta, como chama a si mesmo, não é bem o que Jurandyr Czaczkes, o Juca Chaves, disse. Embora discreto, quando ri para valer sua gargalhada é atroadora. Gastrônomo, elegeu a cozinha paraense a melhor do mundo. Vive só, embora tenha namorada. Contudo, têm em comum com a Crocuta crocuta alguns traços, como o sistema imunológico, pois nunca ficou sequer resfriado; pode se alimentar de comida estragada sem se preocupar, já que não se intoxica; conta com dentes de aço; é resistente como as baratas; e capaz de atravessar qualquer circunstância de extrema tensão sem que seu batimento cardíaco se altere. Também guarda um traço físico em comum com a Crocuta crocuta: o tórax largo, sem ser do tipo cangula (sinônimo de pipa na terra das suas duas mães, Belém do Pará), largo em cima e fino em baixo. 
Com um metro e oitenta, lábios carnudos, cabelos de Al Pacino, o que mais chama atenção em Hiena são seus olhos bicolores, que amanheciam com um tom azul claro, permanecendo assim nos dias frios, mas à medida que a temperatura subia, iam ficando como lápis-lazúli e, à noite, independentemente do tempo que estivesse fazendo, eram sempre duas esmeraldas. Adotou o cognome Hiena por uma série de circunstâncias. Afinal, como disse José Ortega y Gasset: “O homem é o homem e a sua circunstância”.

sexta-feira, 27 de junho de 2014

Mulher lindíssima ao celular

Tu és linda como flor em jardim ensolarado
Simétrico, teu rosto é perfeito como a translação da Terra
E tua boca é de rosas vermelhas esmigalhadas;
Apenas uma tatuagem te macula, no ombro
Cicatriz na pele de seda cristalina.
Caminhas com os olhos verdes fixos na tela de um celular
Indicador e polegar céleres ao teclado
E te chocaste num poste no caminho.
Não gritaste, nem choraste; sorriste!
E Brasília, flutuando no gêiser do teu sorriso,
Lembra muralha arranhando o Planalto
 
Brasília, 27 de junho de 2014

sábado, 21 de junho de 2014

Gozos Múltiplos

Ah! Tu és como flor se abrindo ao sol
Nua como preciosas pedras
Leve como asas que sustentam o voo
Do abismo a queda

Conduz-me à cumeeira
Dos sonhos
Ainda que eu não desperte
Como se estivesse morto

Na bacanal de rosas vermelhas
Esvaem-se os sentidos
Embriagados de estrelas

No labirinto do teu púbis
Afogo-me na maresia
E ressuscito em gozos múltiplos

sábado, 7 de junho de 2014

SENADOR É DEGOLADO COM UMA KATANA NO SETOR HOTELEIRO SUL, EM BRASÍLIA

O país está afundando em corrupção e o erário escorre pelo ralo, em obras bilionárias e superfaturadas, que nunca terminam, ou simplesmente são inúteis. Nada a ver com o Brasil atual. Trata-se de ficção. Uma história de detetive. Ao investigar o assassinato de um senador da República, degolado com uma katana, no Tropical Hotel, no Setor Hoteleiro Sul, em Brasília, o detetive particular Hiena faz a grande descoberta de sua vida.

HIENA é minha segunda experiência do que chamo de romance ensaístico. O primeiro, A CONFRARIA CABANAGEM, thriller político-policial ambientado em Belém do Pará, deverá ser lançado ainda este ano pela Amazon.com, ou pelo Clube de Autores. No caso de HIENA, trata-se de romance ensaístico porque contém uma Brasília viva, que se move subjacente à trama policial.

Também neste romance desfila um magote de personalidades reais, como, por exemplo, dois grandes artistas plásticos: Olivar Cunha e André Cerino; as cantoras paraenses Carmen Monarcha, que se apresenta com André Rieu, e Joelma, da Banda Calypso; o escritor amapaense Fernando Canto; o maestro Silvio Barbato; e até a famosa personagem de ficção Brigitte Montfort.

HIENA está disponível no Clube de Autores, tanto no formado impresso quanto eletrônico. Adquira-o neste endereço: 

quinta-feira, 5 de junho de 2014

ROSAS PARA A MADRUGADA

Por que escreves? – pergunta-me o jornalista
– Para viver – respondo
Pois só com as palavras desnudo a luz
E voo até o fim do mundo
Por isso, escrevo granadas intensas como buracos negros
E garimpo o verbo como o primeiro beijo
Escrevo porque escrever traz aos meus sentidos
Cheiro de maresia
Dom Pérignon, safra de 1954
O labirinto do púbis no abismo do acme
Mulher nua como rosa vermelha desabrochando

Brasília, 5 de junho de 2014