quinta-feira, 5 de julho de 2018

RAY CUNHA lança livro de poemas eróticos pelo Clube de Autores e pela Amazon.com

Edição da Amazon.com
O SOM DO AZUL
  
Haverá obra de arte mais emocionante do que mulher muito linda?
Sim, nua!
Cheirando a púbis!
E mais bela do que isso?
Grávida!
Amamentando!
Mais belo
Só crianças rindo!
Luz se eternizando!

O Clube de Autores e a Amazon.com publicam livro de poemas eróticos, DE TÃO AZUL SANGRA, de Ray Cunha. Sobre o novo livro do escritor amapaense, radicado em Brasília, escreve Fernando Canto:

VERSOS PROFANOS

Nem fesceninos ao estilo bocageano, nem pornográfico à moda Boris Vian. Contudo, profanos são os novos versos do poeta Ray Cunha. Não no sentido antirreligioso – assim a poesia teria prosélitos fanáticos –, mas no sentido da irreverência, da violação, da transgressão do texto, em cuja tessitura surge o inopinado, que fragmenta, com certeza, a reação dos ouvidos suscetíveis.

Edição Clube de Autores
Estes poemas, DE TÃO AZUL SANGRA, evocam, invocam, enfocam a mulher, aliás, o sexo feminino; a afirmação do adolescente, o orgulho do adulto, ou, talvez, o fruto da observância do mundo mundano – experiência edipiana a penetrar em barreiras antes inacessíveis. Poemas que denotam a sensualidade e detonam-se em palavras lúbricas. Sutis, às vezes, como em Tocata e Fuga. Impolidas, como em Olhar para a mulher amada – um rasgo narcisista, um produto da consciência machista e desembocadura para o gozo psicológico do autor.

A apologia de Ray Cunha à mulher é feita, então, sem disfarces. Despojada da roupa, ela se torna provedora de sentidos, manancial e matéria-prima ao fabricante de versos. Está ali nua, nuinha na sua forma ímpar de ser apenas mulher, Vênus perscrutada pela oportuna fresta que faz a felicidade de um voyeur; deusa mítica em seu mistério, desvendada pelo arguto e fulminante olhar e pelo sensível olfato do poeta.

RAY CUNHA: Pausa na ficção
Bem poderia chamar-se Essa Copacabana triste mulher o conjunto desta obra. O melhor poema da coletânea traz o melhor do autor, embora o contraste do “triste” trace o “ideal” do jovem solitário, qualquer jovem solitário nas praias deste Brasil afora. Essa irreverência trata da socialização do sexo no entendimento paradoxal de que todos possam ser burgueses em bacanais tropicais regadas a coquetéis afrodisíacos, num tempo hedonista que ficou há muito nos salões dos palacetes romanos. É forma compacta de abarcar o mundo. É válido. É poesia. Nela está o sol, o azul do mar no verão. Pois aí o azul que sangra não é o azul do céu. É o azul açoitado pela relação geográfica e íntima entre o sol e o mar. É o azul afetado pela natureza do gasoso (as nuvens) no espelho sangrado do mar. Mar que sangra, que se esvai, que beija a praia de Copacabana e salga o corpo nu da mulher desejada, da mulher que brilha com a clivagem dos grãos de areia e à noite vai para a cama gemer seu gozo e se sangrar de mar de Copacabana. Enorme, a cama de Copacabana.

Nostálgico e terrível é romper o laço em Um cheiro de madrugada. Neste poema, Ray Cunha instiga um sentido amargo sobre o que se convenciona chamar de amor. É um trabalho sincero, diria, onde o conteúdo está exposto para o leitor atento; onde nada mais se precisa dizer, pois que a lembrança adquire a possibilidade de entrega a outros caminhos, nos quais existem outros remédios para os males da paixão. É simples, realista.

Ray Cunha ironiza a relação poética entre a morte e a poesia. Morrer na mesa de um bar é produto do inconsciente etilizado. Ser salvo, porém, é dormir com a princesa e metáfora-tônica de um antivalor, concessão do sono ao acordar de supetão de um pesadelo borgeano: sensação esquisita, estapafúrdia. Morte e poesia andando juntas, porque o trágico pode ser frenético, fétido e cômico – dura realidade! – exatamente na hora irônica do enforcamento.

Poemas como Sessenta e nove I e II trazem, sobretudo, o rústico, o rude, o seco mal lixado. São versos extraídos de uma realidade obstinadamente crua, ausentes de recursos semânticos mais elaborados, e duros como a pretensa e voraz virilidade do poeta. Nem por isso ele peca.

Se transgredir é a virtude do recurso, doces são as circunscrições colocadas em Ah! Se tu fosses minha. Chegam a trazer à tona a ingenuidade do poeta, que verdadeiramente ama sua musa de Parnaso, lírica como uma aquarela a Belle-Époque.

Não se pode deixar de enfocar o trato poético-erótico-libidinoso dos classificados de Acompanhantes. O autor ousa de várias maneiras. E coopta o leitor a acompanhá-lo em aventuras sexomaníacas de pleno envolvimento. Comunicação, mídia impressa, espurcícia? Não. Mistura de elementos cuidadosamente colocados sob a arquitetura da realidade atual, ossatura forte dos arrabaldes das megalópoles. Assim é a estrutura desse poema. Real. Firme e transparente. Enfoque de uma sociedade periférica desprezada pela tradicional e hipócrita sociedade burguesa. É retrato da nova cultura urbana, nascida, infelizmente, ainda da miséria, da perda de status, de poder aquisitivo, e que se torna antepasto para qualquer Sade pós-moderno, certamente. Instigante, claro e azul, o poema indica água fervendo, páprica picante, poesia nova, e, acima de tudo, coragem de inovar pela forma e revolucionar pelo conteúdo da ideia.

Esta é a marca poética de Ray Cunha, que, sob o céu nas nuvens, descobre que o azul sangra como a vagina menstruada de uma nereida de qualquer gangue dos subúrbios brasileiros.

RAY CUNHA é autor dos romances:

A CASA AMARELA
A CONFRARIA CABANAGEM
HIENA
FOGO NO CORAÇÃO

E dos livros de contos:

NA BOCA DO JACARÉ
A CAÇA
O CASULO EXPOSTO

terça-feira, 19 de junho de 2018

Siga sua intuição. Não sufoque seu talento


RAY CUNHA
raycunha@gmail.com

Desde criança, H descobriu que amava música, tinha voz belíssima e aprendeu a tocar violão sozinho. Filho de um advogado riquíssimo e de uma dona de casa, viveu feliz até os 18 anos, quando seu pai lhe disse que era hora de quebrar o violão e seguir a carreira que na família passava de pai para filho: a advocacia. H argumentou que queria se tornar músico profissional, que só precisava de mais um tempo até firmar-se como artista e poder pagar suas próprias contas. Ele mesmo, seu pai, não comprara um quadro de Di Cavalcanti por um milhão de reais? Então, Di fora um vagabundo? Mas seu pai não quis saber de nenhum argumento, exigiu-lhe que largasse o violão e fizesse o curso de Direito; depois disso até poderia rever o caso. Filho criado debaixo da saia da mãe e de pais controladores, H guardou o violão e começou a fazer o curso de Direito, ao fim do qual se matou. 

O que é Deus? Quem é Deus? O que Deus faz? Como Ele faz? Como Ele surgiu? Terá fim? Todas as religiões dão a entender que Deus é a harmonia do Universo, um estado de consciência perfeito, pleno e absoluto, o Tao, o caminho ascendente e eterno a seguir, um processo evolutivo, a ampliação da consciência. Se assim considerarmos, a vida material significa, nesse processo, apenas um trecho ínfimo do caminho, porém extremamente desafiador. Contudo, sempre contamos com o que chamamos de intuição, uma inteligência diversa daquela desenvolvida pela ciência, pela academia. Trata-se de uma inteligência que transcende a matéria, e sua captação depende do estado de consciência.

A melhor maneira de desenvolvermos a intuição é por meio da meditação. Meditar é procurar ficar sozinho, acalmar-se, serenar a mente, até conseguir equilíbrio suficiente para começar a disciplinar o cipoal de pensamentos que nos acorre a todo instante, principalmente nos ansiosos, e atingir um estado de foco, de mergulho no agora. A oração é a melhor meditação que eu conheço, pois além do equilíbrio, nos põe em contato com o divino, com a intuição. Assim, quanto mais intuição nós desenvolvemos mais eternidade sentimos agora.

Aos 24 anos de idade, Ernest Hemingway era um promissor correspondente na Europa de um jornal canadense, Toronto Star Weekly, quando fez uma opção que o levaria a passar fome em Paris: queria ser escritor, mas para isso teria que deixar o jornalismo para se dedicar à literatura. E foi o que fez. Elizabeth Hadley Richardson, a primeira esposa do romancista, que viria a casar-se mais três vezes, tinha um pequeno rendimento no mercado financeiro, e foi desse rendimento que o casal, já com um filho, John Hadley Nicanor Hemingway, sobreviveu até o autor se tornar uma celebridade mundial, aos 27 anos, com o clássico O Sol Também se Levanta, publicado em 1926. Se Hemingway não tivesse seguido sua intuição, teríamos um jornalista medíocre no lugar de um escritor revolucionário, pois Hemingway revolucionou a literatura, criando um estilo literário sem rebuscamento, com as palavras funcionando como bisturi, uma amálgama de profundidade poética e a escrita com a objetividade do soco no queixo, desferido por um peso-pesado.

É que Hemingway estava aberto para a intuição. Aliás, os artistas são tão intuitivos quanto as mulheres. No caso deles, parecem ter antenas especiais, pelas quais recebem a luz da criatividade. Naquela época, o gênio de O Velho e o Mar estava em formação, ainda tinha a flexibilidade e a misteriosa indestrutibilidade das mulheres. As mulheres são como as rosas, delicadas, mas infinitamente fortes na sua beleza mais íntima, a pureza. Tudo o que Hemingway fez foi decodificar a intuição e tomar uma decisão, crucial, que iria mudar todo o seu destino, e o dos que ele amava e dos que o amavam.

Podemos chamar a intuição que Hemingway sentiu de oportunidade, que é aquele momento em que, se quisermos mudar nosso destino, precisamos segurar a oportunidade com unhas e dentes, sem importar-se que o futuro acene com a fome. Determinada a trilha a seguir, agora é oxigenar o talento, livrá-lo das garras que poderão sufoca-lo e desenvolvê-lo. Acontece muito de pais controladores sufocarem os filhos, determinando como eles devem viver e que curso fazer, pois desconhecem que ninguém, nunca, jamais, pode viver a vida alheia. Somente cada um de nós é que pode viver a própria vida, as próprias circunstâncias. O máximo que os pais podem fazer pelos filhos é amá-los; não devem, nunca, escravizá-los. Às vezes, os pais imaginam que controlando todos os passos dos filhos poderão evitar a tragédia; só que não. Cada qual constrói sua própria vida. Esse é o Tao, o Caminho, a evolução.

A intuição atua o tempo todo na nossa vida material; é a nossa consciência. E se não a vemos, mas apenas a sentimos, significa que é nosso pé no mundo espiritual, onde as coisas, os acontecimentos, as descobertas, as invenções, as obras de arte geniais, onde tudo o que acontece na Terra, é projetado, pois, na verdade, somos seres mentais. A matéria é apenas sombra da mente, reflexo da mente, a oportunidade de evoluir mais rapidamente, de ampliar nossa mente e descobrir novas dimensões, muito além do mundo material, que é tosco, muda a todo instante, e é finito.

Há as pessoas que estão em um estado de consciência ainda longe de alcançar a intuição, o que é normal na escala evolutiva, porém as que já conseguem ouvir a voz interior, sigam-na, pois a intuição vem sempre da Grande Harmonia. E é assim que o talento se revela, por meio da intuição. E se o veio do talento estiver numa região de acesso aparentemente impossível, não se intimide, siga adiante, pelo simples fato de que aquela trilha é a única que o levará ao degrau seguinte na espiral do Caminho.

Nada desestimula a determinação; nada a intimida. Nem fome, nem dívidas, nem doenças, sofrimento algum a intimida, nem a morte. Talento requer determinação apostolar para desenvolvê-lo. Ouça a sua intuição e desenvolva seu talento. Jamais se impressione com as coisas da matéria, que é tosca, muda a todo instante, e é finita. A verdade só pode ser vista com os olhos do coração. Uma mulher muito linda envelhecerá, assim como as rosas vermelhas, mas a vibração da beleza das mulheres lindíssimas e das rosas colombianas é para sempre.

A intuição é a voz de Deus, ou do Universo, ou do amor, e o talento é a capacidade que cada um de nós possui para realizar determinadas tarefas, como Van Gogh deteve a luz nas suas pinceladas e Mozart escreveu as partituras do som da Terra girando na galáxia. E quando o talento é realmente utilizado, há curas, o azul sangra de tão azul, o riso das crianças sobrepõe-se à música de Mozart, as rosas se desnudam e a luz triunfa. 


Biliografia


DUKAN, Pierre. A escada Nutricional: Uma alternativa ao método Dukan clássico. Rio de Janeiro: BestSeller, 2015.

GERBER, Richard. Medicina vibracional: Uma medicina para o futuro. São Paulo: Cultrix, 2007.

KARDEC, Allan. O livro dos espíritos – 23ª Edição. São Paulo: Instituto de Difusão Espírita, 1984.

MACIOCIA, Giovanni. Os fundamentos da Medicina Chinesa. São Paulo: Roca, 2007.

MIYAURA, Junji. Os 5 corpos do ser humano. São Paulo: Seicho-No-Ie do Brasil, 2016.

PINHEIRO, Robson: pelo espírito de Joseph Gleber. Medicina da alma – 2ª Edição. São Paulo: Casa dos Espíritos, 2007.

TANIGUCHI, Masaharu. A verdade da vida – 1º Volume. 8ª Edição. São Paulo: Seicho-No-Ie do Brasil, 1992.


Livros de RAY CUNHA na Amazon.com.br e no Clube de Autores

segunda-feira, 11 de junho de 2018

Velhice é real ou apenas sensação?


RAY CUNHA*


A tarde imobilizava a cidade com um bafo quente, afrouxando o ânimo, escoando energias, lenta como lesma. Os dois rapazes e quatro moças comiam sanduíches e tortas com refrigerante na lanchonete. Eram estudantes. Haviam saído cedo da faculdade, que ficava ali perto. A três mesas deles encontrava-se um velhote empertigado lendo O Globo. Os garotos olharam para ele numa sequência de cochichos, rindo furtivamente, enveredando numa conversa sobre o quanto a velhice era ridícula. Um deles mostrava-se preocupado porque era o mais velho da turma, completara 21 anos e sentia-se envergonhado, um avô. A mais jovem, de 17 anos, sentia-se ansiosa, pois ainda faltavam seis meses para completar 18 anos. “Quando isso acontecer” – pensou – “vou mostrar ao meu pai quem manda na minha vida.” Imaginava-se voltando para casa com o sol nascendo, depois de uma noitada com seu gatão, aquele rapagão de um metro e oitenta, olhos verdes, moreno claro, os cabelos caindo na testa e aquele beijo que ia até a garganta.

O que é a velhice. Por que a velhice arrepia os cabelos de tanta gente? Por que muitos a entendem como doença? Por que inspira tanta repugnância? A preocupação com a velhice perpassa idades, gêneros, etnias, regiões e sociedades. Do ponto de vista da Medicina Tradicional Chinesa, velhice é quando a energia pré-celestial – aquela que garante o desenvolvimento do feto, o crescimento do corpo e a manutenção da vida até a morte – vai para o ralo; do ponto de vista existencial, é a aproximação natural da morte física, quando a energia vital vai se acabando, os órgãos começam a falhar e a defesa orgânica cai para zero.

O desdém que algumas pessoas dispensam aos velhos decorre de dois fatores: um, a forte animalidade principalmente dos jovens, para os quais a morte, e a velhice, não existem no seu estado de consciência, onde só há beleza, vigor, primavera. O outro fator é o apego, a ilusão de que nossas quatro dimensões são para sempre. Notaram que as crianças não excluem os velhos? Pois elas ainda têm aberto o portal que transcende as quatro dimensões, e que só pode ser transposto por meio do não apego.

Mas o tempo só existe no mundo material. Somos espíritos, e na dimensão espiritual não existe tempo. Existe a eternidade, o agora. O fato é que o tempo nem é importante. Importante é a energia. Há velhos que jamais deixam de amar, de trabalhar, de produzir, de ajudar os jovens a construírem seus mundos. E há os que morrem mentalmente, mas seus corpos continuam vagando por aí, deteriorando-se. A energia está, pois, na mente; os corpos são apenas prisão, da qual saímos porque amamos.

Como terapeuta em Medicina Tradicional Chinesa, atendo dezenas de pacientes por mês; expressiva parcela deles sente mais medo da velhice do que da morte, porque associam a velhice à tragédia, à dor, a sofrimento, a doenças degenerativas, à feiura, a lixo, ao fim dos prazeres mundanos, à renúncia, ao nada. Mas quando vivemos o agora não morremos nunca. Cinquentão quando me formei em Medicina Tradicional Chinesa, na Escola Nacional de Acupuntura (ENAc), ouvia, de vez em quando, nos corredores da escola, que um acupunturista é realmente bom com 20 de atividade. Não estará velho demais daqui a vinte anos? Ouvia, em perguntas não verbalizadas, formuladas em olhares zombeteiros dos que ainda sentem o sabor de imortalidade física da juventude. Não! A eternidade é agora. E a Medicina Chinesa é tão generosa que, por pouco que se conheça dela, aplicada ao paciente, e à própria vida, proporciona felicidade inesgotável.

Falar em sabor de imortalidade física, senti isso durante muito tempo, ainda quarentão. Lembro-me que aos 21 anos sentia-me fisicamente um deus, e podia ouvir, às vezes, a noite inteira, a música que só as mulheres sabem reproduzir dos abismos labirínticos das suas almas, os sons que somente as rosas vermelhas vibram e os jasmineiros choram. Mas quando quis peitar o mundo com a força dos meus músculos, me senti esmagado. Cheguei a flertar com a morte; queria enfrentá-la. Mais tarde, lendo o filósofo japonês Massaharu Taniguchi, descobri que só há morte física, que o mundo material é limitado, inclusive pela morte, mas o Caminho é eterno, nas suas inúmeras dimensões.

A vida carnal, a parte espinhosa do Caminho, pode durar o instante da concepção, e pode passar dos 100 anos. Às vezes, nossa missão só pode ser cumprida durante longa caminhada, ao cabo da qual nosso corpo, exaurido, estará enrugado, os cabelos terão caído; os lábios, os seios, o pênis, os músculos, estarão murchos; os ossos, quebradiços; o coração, fraco. Mas isso só incomoda as pessoas apegadas à matéria. Pois que é a vida material senão uma caminhada repleta de obstáculos, caminhada evolutiva, oportunidade para o espírito ascender?

Todos nós temos encontro marcado com a vida, permanentemente. E o que é a vida senão amar? Às vezes, aqui no mundo material, tudo fica tão maçante, tão chato, e de repente uma rosa incendeia de amor o coração, e então o Qi da alegria transforma de novo a vida num jardim, e sentimos que a eternidade é agora, intensa, mergulho para cima no jamais se extingue. Ser jovem é possuir a eternidade das rosas, que são indestrutíveis na sua poesia.

Já estou descendo a ladeira da existência material, sem freio, mas essa velocidade é nada perante o cheiro azul do mar, o perfume das virgens ruivas, o orgasmo das rosas colombianas vermelhas, o triunfo da luz. De tanto ouvir o riso das crianças, de observar as rosas, de sentir os jasmineiros umedecendo as noites tórridas do trópico, e o cheiro do mar, de tanto montar a luz e sentir o cataclismo do primeiro beijo, e de ouvir o atrito da Terra no espaço, como música de Mozart, transcendi o tempo.

Masaharu Taniguchi disse que o mundo físico é apenas criação da mente; o segredo para entendermos isso está no iceberg da vida. Como bem observou o criador de O Velho e o Mar, Ernest Hemingway, o iceberg flutua com tanta elegância porque sete oitavos ficam submersos e somente um oitavo aparece fora d’água, o equivalente ao mundo físico, limitado pelo espaço e pelo tempo. Os sete oitavos dentro da água podem ser identificados como realidades múltiplas, universos multidimensionais, ou qualquer outra coisa que se aproxime do que rotulamos de realidade. E o que é realidade? Matéria? Sonho? Poesia? Gosto de pensar que realidade é o nada, o éter, algo que apenas flui, e que sou leão de asas. 

Biliografia

DUKAN, Pierre. A escada Nutricional: Uma alternativa ao método Dukan clássico. Rio de Janeiro: BestSeller, 2015.

GERBER, Richard. Medicina vibracional: Uma medicina para o futuro. São Paulo: Cultrix, 2007.

KARDEC, Allan. O livro dos espíritos – 23ª Edição. São Paulo: Instituto de Difusão Espírita, 1984.

MACIOCIA, Giovanni. Os fundamentos da Medicina Chinesa. São Paulo: Roca, 2007.

MIYAURA, Junji. Os 5 corpos do ser humano. São Paulo: Seicho-No-Ie do Brasil, 2016.

PINHEIRO, Robson: pelo espírito de Joseph Gleber. Medicina da alma – 2ª Edição. São Paulo: Casa dos Espíritos, 2007.

TANIGUCHI, Masaharu. A verdade da vida – 1º Volume. 8ª Edição. São Paulo: Seicho-No-Ie do Brasil, 1992.

*RAY CUNHA é autor do romance FOGO NO CORAÇÃO, trabalho de conclusão do curso de Medicina Tradicional Chinesa da Escola Nacional de Acupuntura (ENAc), ambientado no mundo da Medicina Chinesa, em Brasília. FOGO NO CORAÇÃO e outros livro do autor poderão ser adquiridos na Amazon.com.br ou no Clube de Autores.

sexta-feira, 8 de junho de 2018

Como se alimentar para conservar a energia e a saúde, e a manter o peso ideal, por meio da Medicina Tradicional Chinesa


RAY CUNHA* 

Um dos dramas dos nossos dias, em especial no Ocidente, é o excesso de peso e a luta para perdê-lo, quase sempre inglória, porque apenas paliativa. O advento da pecuária e da agricultura em escala, e a massificação das redes de supermercados, mais sofá e televisão, produzem milhões de corpos adiposos em todas as democracias do planeta (nas ditaduras, nos regimes comunistas, o povo cata comida no lixo da elite).

Pois bem, na medida em que os gordos se multiplicam rapidamente, as doenças se alastram, e se multiplicam as dietas miraculosas, inclusive as que deixam o paciente sem apetite para sempre. Mas por que as pessoas engordam muito? É possível emagrecer e manter-se magro e saudável? Grosso modo, a questão é matemática: se uma pessoa come duas mil calorias por dia e gasta a metade, mil serão estocadas no corpo dela, geralmente na barriga e ancas, como gordura. Se fechar a boca, emagrecerá. Mas a questão está em fechar a boca.

É preciso deixar claro que não é apenas o terapeuta que leva o paciente a emagrecer, mas, principalmente, a força de vontade do paciente em seguir a orientação do terapeuta. O eu é a mente, que se manifesta por meio de vários corpos vibracionais. O corpo carnal é o mais denso deles, encerrado num universo limitado por altura, largura, fundura, tempo e força de gravidade, e que reflete o que se passa nos corpos sutis, aqueles que não podem ser sentidos pela matéria.

A mente comanda o cérebro, que, por sua vez, mobiliza o sistema endocrinológico para o funcionamento do corpo. Sentimentos deletérios, como ódio, inflamam o corpo astral, sede das emoções, e isso acaba transpassando o corpo etéreo, sede dos sentidos e escudo do corpo carnal, manifestando-se neste em forma de doenças.

A ansiedade é outro drama da Humanidade. Ansiedade é viver no futuro; como o futuro não existe, vive-se uma fantasia, o que desequilibra os corpos astral e etéreo, atingindo o corpo carnal em forma de fome canina e obesidade.

No tratamento em Medicina Tradicional Chinesa são realizadas anamnese, auscultação de pulso e observação da língua do paciente, para cercar-se tudo aquilo que esteja concorrendo para o aumento de peso. A gênese das doenças, e a obesidade é uma doença, começa no desequilíbrio das energias básicas, Yin e Yang. Assim, o paciente terá que equilibrar sua caminhada, seu posicionamento e atitudes perante a vida; sua alimentação será revista, bem como seus horários; enfim, sua vida será sacolejada. Quando mudamos, o Universo muda também. Se o paciente for ansioso, será orientado a se exercitar em meditação, inclusive para escapar dos sequestros emocionais e da tirania do subconsciente. Então, começará seu emagrecimento. E ele verá que quem come menos vive mais, e melhor, já que o desgaste das células é menor.

Quando ampliamos nosso estado de consciência, transcendemos a dimensão dos gordos. Os gordos só pensam naquilo: comida. Então é hora de mudar os hábitos, hora de introduzir a alimentação energética, fitoterapia, massagem terapêutica chinesa e acupuntura, pilares que alicerçarão a mudança na vida do paciente. O corpo é animado pela energia vital, o Qi da Medicina Chinesa, que circula por meio de canais, os meridianos, conectados aos órgãos. Quando essa energia – que é dupla, Yin e Yang, oposta uma a outra, mas complementares – encontra-se em desarmonia, ocorre a doença e surge a dor. Os pontos de acupuntura são chacras, que, estimulados, promovem a desobstrução dos meridianos, reequilibrando o fluxo Yin e Yang.

Para emagrecer não existe fórmula mágica, e cada caso é um caso. Às vezes, pode demorar muito para um paciente emagrecer porque ele está com seu corpo etéreo tomado por microrganismos e larvas do mundo astral; é a obesidade mórbida. Uma coisa é certa, porém: a magreza, o corpo esbelto, flexível, com tônus, que todos nós, homens e mulheres, jovens e velhos, desejamos, está na mente. O corpo é reflexo da mente. Então, o primeiro passo é amarmos a nós mesmos, do jeito que somos. Depois, que venham as batalhas.

É comum alguém resolver começar uma dieta numa segunda-feira. A decisão é tomada no domingo, após um fim de semana de comilança, bebedeira, ressaca e ódio contra si mesmo, porque o corpo já tomou as rédeas do espírito; o corpo, que é o cavalo do espírito, começa a comandar o atalho do caminho, em descida desabalada na íngreme ladeira do subconsciente, que sempre desemboca no precipício existencial. Chega a segunda-feira e ao sair do trabalho essa pessoa recebe um convite irrecusável: um banquete, com fartura de champagne francês.

Não dá outra: ocorre o que os psicólogos chamam de sequestro emocional; a pessoa esquece imediatamente o propósito tomado no domingo. Sua memória é toda comida; é como se as células implorassem por comida. E ele come, come, come. No dia seguinte, estará mais gordo e com mais ódio de si mesmo.

Alguns ingerem qualquer droga milagrosa que lhes extirpará o apetite, adoecendo-os, e, quando não suportam mais ingerir a droga voltam a comer ainda mais. É o efeito sanfona – encolhe e volta a inchar. Outros se submetem a cirurgias para redução do estômago, continuando gordos e, agora, doentes. O estômago é basicamente como uma máquina de lavar roupa. Se a capacidade da máquina é para cinco quilos de roupa e colocarem seis quilos, não haverá espaço para a roupa ser lavada e ao fim da lavagem a roupa estará manchada de sabão em pó. O estômago tem o espaço certo para metabolizar até determinada quantidade de alimento por vez; se for reduzido, a pessoa terá que comer menos do que o necessário, e ficará desnutrida.

Assim, a dieta, a cirurgia, deve ser mental. Começará pela meditação, que é viver o agora. Isso, é claro, não é fácil, como nada é fácil no mundo material, que muda a todo instante, se degrada, se dilui, incluindo a energia pré-celestial, a que os cientistas chamam de mensagem genética. Para se medir a dificuldade de se viver no mundo carnal basta pensarmos na força de gravidade, que exige esforço até para ficarmos em pé. E há os apelos, alguns irresistíveis, como sexo, por exemplo. Criou-se a pílula azul para os que não conseguem ereção, mas a pílula azul exige um esforço que o coração, às vezes, não suporta. Mas com alimentação saudável as artérias e veias não engordam, não enrijecem, e o Qi conduz naturalmente o sangue.

São três os alimentos, o combustível da existência no mundo carnal: oxigênio, sem o qual não duramos dois ou três minutos; água e comida, sem as quais morremos em três a quatro dias; e alegria, sem a qual morremos em vida. Como obtê-los e consumi-los no momento e em quantidades ideais?

O oxigênio deve ser puxado via narinas pelo diafragma, músculo situado na barriga. De manhã, ao levantar-se, deve-se inspirar profundamente umas dez vezes, e soltar o ar pela boca; desse modo, estaremos oxigenando todo o corpo, especialmente o cérebro, e damos a partida para aquele dia com todo o fôlego.

Pelo menos 90 por cento do nosso corpo são água, matéria-prima para a produção de sangue, líquido sinovial, lágrima, suor; o estômago e os intestinos precisam de água para funcionar, e o sistema linfático só funciona com água. Uma pessoa adulta perde cerca de dois litros de água por dia, e essa água precisa ser reposta. Perceberam por que é importante tomar dois litros de água por dia? Já atendi paciente se queixando de fibromialgia diagnosticada por médico; ele não tomava nem meio livro de água por dia. Prescrevi dois litros de água diariamente e o paciente ficou bonzinho. Àqueles que não conseguem ingerir água, beba-a aos pouquinhos, adicione-lhe sabor, como hortelã, por exemplo, e procure beber bastante suco.

Quanto à comida, há algumas regras básicas. Evite tudo o que você sente que lhe faz mal. Procure também evitar, mas sem estresse, alimentos com muitos produtos químicos, como margarina, por exemplo, que nem os microrganismos comem, ou refrigerantes, como Coca-Cola, que depaupera o baço, órgão que, conforme entendimento da Medicina Chinesa, produz sangue, governa os músculos e enxuga o organismo, inclusive de tumores.

Após as 18 horas, é radicalmente proibido determinados alimentos de natureza fria. O frio trava a circulação do Qi, a energia vital. Esses alimentos de natureza fria são qualquer tipo de fruta, verduras, legumes crus, leite e doces. A noite é fria, de modo que ao alimentar-se com esses alimentos estar-se-á gerando excesso de frio, ou seja, travamento energético. O sono será ruim e o corpo ficará inchado. O melhor alimento, após as 18 horas, é aquele que vai ao fogo, especialmente abóbora e raízes, como mandioca, batata, inhame e cará, pois eles tonificam o baço.

Outro pecado é comer muito à noite. Como quase não gastamos energia ao deitar-nos, o alimento é estocado no corpo em forma de gordura. Assim, à noite, deve-se comer pouco, e pelo menos três horas antes de dormir.

E a alegria? Há muitas coisas que geram alegria. Perdoar-se a si mesmo, e perdoar o próximo, é uma delas; agradecer aos antepassados, a todas as pessoas e a todas as coisas é outra; disciplina, que é a base da liberdade – liberdade é equilíbrio, harmonia –, é garantia de felicidade. A mente rica é a mente feliz. O bilionário que está preso, ou que é paciente de câncer, é infeliz, logo sua mente não é rica; inclusive dinheiro pode, e não devia ser assim, gerar preocupação, ansiedade. Daí que dinheiro é um valor simbólico, que vale pelo bem que pode proporcionar. Creio que o fator que mais gera alegria é fazer o bem. E só podemos fazer o bem por meio do sentimento de amor, e, para amarmos, é preciso que amemos primeiramente a nós mesmos. Então entenderemos a leveza da luz.  

Biliografia

DUKAN, Pierre. A escada Nutricional: Uma alternativa ao método Dukan clássico. Rio de Janeiro: BestSeller, 2015.

GERBER, Richard. Medicina vibracional: Uma medicina para o futuro. São Paulo: Cultrix, 2007.

KARDEC, Allan. O livro dos espíritos – 23ª Edição. São Paulo: Instituto de Difusão Espírita, 1984.

MACIOCIA, Giovanni. Os fundamentos da Medicina Chinesa. São Paulo: Roca, 2007.

MIYAURA, Junji. Os 5 corpos do ser humano. São Paulo: Seicho-No-Ie do Brasil, 2016.

PINHEIRO, Robson: pelo espírito de Joseph Gleber. Medicina da alma – 2ª Edição. São Paulo: Casa dos Espíritos, 2007.

TANIGUCHI, Masaharu. A verdade da vida – 1º Volume. 8ª Edição. São Paulo: Seicho-No-Ie do Brasil, 1992.

*RAY CUNHA é autor do romance FOGO NO CORAÇÃO, ambientado no mundo dos acupunturistas de Brasília/DF. FOGO NO CORAÇÃO e outros livros do autor poderão ser adquiridos na Amazom.com.br e no Clube de Autores

quinta-feira, 7 de junho de 2018

O Universo é vibração. Câncer também


RAY CUNHA*


As células nascem e morrem ao longo de toda a vida, exceto os neurônios, que permanecem vivos da formação do feto até a morte do corpo físico. A cada divisão das células, fragmentos de DNA podem ser perdidos, causando erros genéticos que são transmitidos para as células-filhas; chega um momento em que a célula não consegue mais se dividir e é destruída pelo próprio organismo. Isso acontece o tempo todo, e pode ocorrer de uma célula mutante sobreviver e começar a se multiplicar, até formar um aglomerado capaz de resistir aos linfócitos. Isso é um conceito alopático de câncer.

Mas por que algumas pessoas são vítimas de câncer e outras não? Na condição de terapeuta em Medicina Tradicional Chinesa, cuidei de uma paciente oncológica septuagenária, que tomava 15 medicamentos diariamente, alguns dos quais de tarja preta, sentia dores generalizadas e não dormia bem. Tensa, qualquer preocupação a deixava mais tensa ainda. Como não conseguia deitar-se para ser massageada ou para acupuntura o atendimento era feito com ela sentada. Conseguia fazê-la relaxar com a massagem terapêutica chinesa (tuiná), mas logo depois sua região cervical assemelhava-se a um pedaço de madeira.

Após várias sessões e perguntas recorrentes, mas feitas de forma sutil, consegui entender o que lhe ocorrera. Anulara-se a vida toda primeiramente perante o pai e, depois, o marido. Seu filho único tirou a própria vida naquele momento em que a juventude é imortal. E ela, desde então, levantava-se e ia dormir pensando no filho, numa saudade que a sufocava, e a matava a conta-gotas. Foi quando o cancro começou a latejar no seio direito dela.

A coisa toda surgiu no corpo astral, sede das emoções, minou o corpo etéreo, sede dos sentidos e escudo do corpo físico, e se instalou no seio direito, que é o lado feminino. Ela me contou que logo depois da morte do filho, ele lhe disse, em sonho, que estava bem. Mas como serenar a mente da mãe que perde o filho? Como devolver a alegria da mãe que perde de vista o filho único, no esplendor da juventude, perdido nos corredores escorregadios da loucura dos suicidas? Agulha alguma faz isso. Mas pode-se reequilibrar o corpo físico, fechar as frestas do duplo etéreo e extirpar a inflamação astral.

Na Medicina Tradicional Chinesa, identificamos causas externas e internas das doenças. Aquelas são o vento, o frio e o calor excessivos, secura e umidade; estas, raiva, alegria excessiva, preocupação, pensamento obsessivo, choque emocional violento, tristeza, medo. Tudo isso pode causar desequilíbrio energético e disparar a doença. Neste contexto, câncer é o equivalente a desequilíbrio energético no meridiano do baço, que, então, encontra-se depauperado, falhando numa de suas funções, a de remover a umidade interna, massa viscosa, como catarro, mioma no útero, cisto no ovário, cálculos renais ou na vesícula, tumores benignos ou malignos.

Em termos energéticos, preocupação e estresse depauperam o baço, levando a distúrbios digestivos e à fadiga crônica, como se o paciente estivesse carregando o mundo nas costas. Daí à depressão é um passo. Consumo em excesso de alimentos frios, crus e úmidos, muito açúcar e gordura também enfraquecem o baço, assim como trabalho em excesso e frequente perda de sangue. Assim, em termos energéticos, prevenir o câncer é evitar tudo o que afunda o Qi do baço. Quanto ao câncer oriundo de predisposição genética, teoricamente pode ser tratado pelo meridiano do rim, que contém a energia pré-celestial, ou o Qi essencial.

Além disso, deve-se, imediatamente, cortar os suprimentos favoritos do parasita que cresce no organismo do paciente oncológico: açúcar, leite e carne. E procurar oxigenar o máximo possível as células sãs, pois cancro não suporta ambiente oxigenado.

Contudo, muitos males surgem no corpo astral. Ódio, medo, tristeza, ira, crueldade, inveja, ambição desmedida, avareza, são alguns dos sentimentos que provocam inflamações no corpo astral e frestas no escudo do corpo físico, o duplo etéreo, provocando as mais diversas e assustadoras doenças, inclusive a loucura, e desfechos como o suicídio, que é um cancro que corrói tanto o paciente danado quanto o coração dos que ficam neste plano, porque o suicida abrevia a vida às vezes no momento mais esplendoroso da sua juventude, e fica no limbo, agarrado ao corpo etéreo, ou seja, nem no mundo espiritual nem no mundo físico.

Assim, amar, principalmente a si mesmo; perdoar; ter gratidão por tudo o que tem, mesmo que seja um par de sandálias japonesas, uma bermuda e uma camiseta; ser útil à família, à sociedade e à pátria é remédio, que, embora em doses cavalares, não se transforma em veneno, porque é, sempre, luz.

E se o câncer já tiver avançado e deteriorado a matéria de maneira que não haja mais recuperação, perdoar-se a si mesmo é o antídoto que devolverá o equilíbrio, a serenidade, o riso, e levará ao degrau seguinte na caminhada infinita do Tao.

Os meridianos da acupuntura estão situados no corpo etéreo. Isso ficou bem claro para mim quando atendi o sr. V, no Centro Espírita André Luiz (Ceal), no Guará I, Brasília/DF, onde realizo trabalho voluntário aos domingos de manhã, juntamente com uma equipe de terapeutas holísticos. No Ceal, os pacientes são atendidos de acordo com a ordem de chegada e pelo terapeuta que estiver disponível. Examinei a ficha do sr. V, que tinha 70 anos; sua grande queixa era a extração do intestino grosso. Era a trigésima terceira sessão dele, mas fui direto à queixa original, que, além da retirada do intestino grosso, registrava também dores lombar, sacral e nos ombros e braços, insônia, prisão de ventre e úlcera gástrica.

O sr. V me contou que todas as semanas procurava o pronto-socorro, sofria de diarreia crônica e tudo o que comia lhe fazia mal. Observei-lhe a língua e senti seus pulsos; suas energias esvaíam-se. Eu começara, então, a desenvolver uma técnica, a que chamo de acupuntura dos corpos vibracionais, físico, etéreo, astral, espiritual e divino.

 – O senhor sabe que ainda tem seu intestino grosso, não sabe? – perguntei-lhe, olhando-o nos olhos. Os olhos dele brilharam, numa interrogação. – O senhor continua com o seu intestino grosso, só que no corpo etéreo, que liga o corpo carnal ao corpo espiritual, daí que o corpo etéreo é conhecido também como perispírito, ou duplo etéreo, porque liga o corpo físico ao espírito, e o espírito é imortal, não pode adoecer, não com as doenças que conhecemos aqui, neste plano. Seu intestino grosso foi extraído do corpo físico, mas ele continua intacto no corpo etéreo. Não podemos ver o corpo etéreo, porque sua vibração é muito mais fina do que a do corpo material, que tem uma vibração tão baixa que se materializa.

Ele entendeu na hora, e o brilho dos seus olhos continuou, como duas pequenas lanternas. Sei que só eu podia ver o brilho dos seus olhos, e percebi também que ele sorria.

– Bem, como o senhor não perdeu nada, muito menos seu intestino grosso, vou fazer a limpeza do canal do intestino grosso – disse-lhe, explicando-lhe, rapidamente, sobre os meridianos, que atravessam o corpo como um feixe de fios. Na Medicina Chinesa, limpar um canal quer dizer aplicar agulhas no primeiro ponto daquele canal e cruzar com o último ponto. Então apliquei agulhas no IG 1 esquerdo, que fica no leito ungueal radial do dedo indicador, e o IG 20 direito, no ponto de encontro entre a linha nasolabial e a lateral da asa do nariz.

Apliquei mais o estômago 36 bi, para fortalecer o Qi e o sangue, aumentar o Yang e minorar dores epigástricas, náusea, vômito, má digestão, tontura, fadiga, e fortalecer o corpo e a mente, além do estômago 25, para equilibrar o baço, estômago e intestinos, pondo fim à diarreia. Ainda, apliquei o vaso concepção 12, para tonificar estômago e baço, e o yintang, para extirpar ansiedade e disciplinar os pensamentos, acalmando, assim, a mente, o que acaba melhorando o sono.

Pouco mais de 20 minutos depois foram retiradas as agulhas do sr. V. Orientei-o a tomar pelo menos dois litros de água por dia e a cortar leite, frutas, salada e legumes crus a partir das 18 horas e a passar a comer, à noite, alimentos quentes, principalmente abóbora e raízes, como batata, cará, inhame e mandioca. Frutas, salada, alimentos crus e gelados são de natureza fria; a noite é de natureza fria, o que gera excesso de frio. Frio, na Medicina Chinesa, é travamento energético, e arrasa com o baço.

Notei que o sr. V saiu do ambulatório com vivacidade, “pois agora” – pensei – “ele sabe que seu intestino grosso está lá com ele”. Orientei-o também a me procurar no domingo seguinte. Uma semana depois ele voltou e me disse que não baixou hospital. Outro terapeuta o atendeu e repetiu o protocolo da semana anterior.

Três meses depois recebi a notícia: o sr. V se deu alta.

Atendemos, no André Luiz, médiuns que trabalham no centro, muitos deles com todo tipo de doenças. São obsedados por espíritos que pensam que ainda se encontram no plano carnal e que estão doentes. Digo-lhes que precisam, ao orarem, de manhã, e à noite, agradecer aos seus antepassados, especialmente aos pais; a perdoarem a si mesmos e a enxergarem no próximo – incluindo os drogados, os raivosos, os cancerosos, os que foram estuprados, os que gritam de dor – apenas perfeição. É assim que se limparão das larvas espirituais.

Interessante que esses médiuns veem que nós, os voluntários, estamos cercados de mestres vindos do mundo espiritual, que nos orientam, vigilantes, para que o amor triunfe ali naquele ambulatório. Foi por isso que o sr. V pôde se dar alta.

Tudo no Universo é energia, vibração. O físico alemão Albert Einstein teorizou isso no século 20 por meio da equação E (energia) = m (massa) vezes c2, a velocidade da luz – 300 mil quilômetros por segundo – elevada ao quadrado – 90 bilhões. Nada no Universo está parado, tudo está em movimento. Nada se cria, nada se perde, tudo se transforma: o Universo não teve início e não terá fim, e está em eterna transformação. Alguém prova o contrário?

O movimento do Universo obedece à lei. A Terra gira em torno do seu eixo e gravita em torno do Sol a 108 mil quilômetros por hora; o sistema solar gira em volta do núcleo da Via Láctea a 830 mil quilômetros por hora; a Via Láctea dirige-se para o Grupo Local a 144 mil quilômetros por hora; o Grupo Local voa para o aglomerado de Virgem a 900 mil quilômetros por hora; tudo isso segue em direção ao Grande Atrator, a 2,2 milhões de quilômetros por hora; o Grande Atrator fica para além de Centauro, a 137 milhões de anos-luz da Terra.

E por que a Terra não despenca no espaço sideral? Porque um tipo de energia garante que o planeta siga na sua rota. Mas se o homem começar a detonar bombas atômicas, ou a poluir em excesso a natureza, a inclinação do eixo da Terra, ou seu clima, sofrerá mudança dramática, e então virá o caos.

Assim, tudo no Universo é energia, vibração e sintonia. O que sintonizamos nas ondas de rádio é a sua vibração, assim como as pessoas tristes e que odeiam atraem a tragédia, a morte, e os que se alegram e amam são os leões de asas, porque cavalgam a luz.
  

Biliografia

GERBER, Richard. Medicina vibracional: Uma medicina para o futuro. São Paulo: Cultrix, 2007.

KARDEC, Allan. O livro dos espíritos – 23ª Edição. São Paulo: Instituto de Difusão Espírita, 1984.

MACIOCIA, Giovanni. Os fundamentos da Medicina Chinesa. São Paulo: Roca, 2007.

MIYAURA, Junji. Os 5 corpos do ser humano. São Paulo: Seicho-No-Ie do Brasil, 2016.

PINHEIRO, Robson: pelo espírito de Joseph Gleber. Medicina da alma – 2ª Edição. São Paulo: Casa dos Espíritos, 2007.

TANIGUCHI, Masaharu. A verdade da vida – 1º Volume. 8ª Edição. São Paulo: Seicho-No-Ie do Brasil, 1992.


*RAY CUNHA é escritor e terapeuta em Medicina Tradicional Chinesa, autor do romance FOGO NO CORAÇÃO, ambientado no mundo da acupuntura em Brasília/DF

Você pode adquirir FOGO NO CORAÇÃO e outros romances de RAY CUNHA na Amazon.com.br ou no Clube de Autores

quarta-feira, 6 de junho de 2018

Como queimar a ponte que leva ao passado e extinguir o abismo do futuro

RAY CUNHA*

Aquela noite ecoou por duas décadas na vida de M, sobrepondo-lhe um peso na região cervical que ia curvando-a, formando uma corcova, apesar dos seus 37 anos. Quando a coisa aconteceu ela tinha 17 anos. Durante uma festinha na casa de um casal de amigos adolescentes, puseram “boa noite, cinderela” no seu refrigerante e a estupraram. Filha única, a mãe, viúva e beata, guardiã dos bons costumes, soube do caso três dias depois. A partir dali, o inferno baixou naquela casa. A mãe, que já era travada, tornou-se ainda mais carrancuda e se fechou em um luto sem trégua. M se graduou em Economia, passou em concurso para o Banco do Brasil e foi gerenciar uma agência no interior do Pará. Competente, tornou-se funcionária modelo. Vivia para o trabalho e para a mãe, que continuava mergulhada no drama de 20 anos atrás. Muito bonita e assediada, M chegou a ter alguns namoricos, mas havia sempre um momento em que ela não podia ir adiante e então interrompia bruscamente o relacionamento. À medida que o tempo passava, o que sua mãe chamava de “pecado imperdoável” pesava mais e mais nas costas de M, que começou a sentir dores na coluna; as dores eram tantas que um médico lhe disse que ela sofria de fibromialgia. Até que M encontrou um terapeuta em Medicina Tradicional Chinesa. Alguém, no trabalho, lhe dera uma revista chamada “Mulher Feliz”, publicada pela Seicho-No-Ie; ela leu a revista de capa a capa e gostou, e soube, pela colega que lhe dera a publicação, que havia um pequeno grupo de pessoas na cidade que se reunia para estudar a obra do fundador da Seicho-No-Ie, o filósofo japonês Masaharu Taniguchi. M atendeu ao convite da colega e foi à reunião, semanal, na casa de uma das participantes do grupo, e lá conheceu o terapeuta. Ela contou sobre as dores que sentia e ele a convidou para ir ao seu ambulatório no dia seguinte. Ela foi.

O terapeuta examinou a língua e auscultou os pulsos de M, e começou o tratamento com tuiná, a massagem terapêutica chinesa, aplicando uma série de manobras na cabeça da paciente e massageando-lhe o peito na altura do timo. Depois, ela virou em decúbito ventral e ele a massageou e fez alongamento na sua região cervical. Novamente em decúbito dorsal, o acupunturista começou a aplicação de agulhas: VG 20, Os Quatro Cavaleiros, Yintang, VC 17, PC 6 e R 9. M, que não vinha dormindo bem, caiu em sono profundo; 40 minutos depois o terapeuta a acordou.

Pesquisador de Medicina Vibracional, ele percebera, na noite anterior, que M estava seriamente atingida no seu corpo astral, o estado de consciência das emoções.

– Agora, que você está bem relaxada, podemos começar a anamnese. Você está emocionalmente tensa, e isso vem travando suas energias Yin e Yang, causando desequilíbrio, e dores, no seu corpo etéreo, o que seu médico diagnosticou como fibromialgia. Precisamos identificar a origem dessa tensão; é ela que vem desequilibrando você; é a causa de todos os aborrecimentos que você enfrenta em casa e no trabalho. Precisamos encarar, de frente, esse... obstáculo, seja lá o que for. – O terapeuta fez uma pausa. – E então? – perguntou.

M começou a chorar. Chorou durante uns cinco minutos. O terapeuta parecia meditar enquanto ela chorava.

– Eu tinha 17 anos e cometi um pecado horrível; minha mãe disse que vou morrer pecadora e que vou para o inferno, porque, além do pecado original, ainda há esse outro que eu cometi – ela disse, em um arranco.

O terapeuta sorriu.

– Minha filha, ninguém é pecador, e não existe pecado original. Aliás, não existe pecado nenhum. Em a natureza, não há bem ou mal; nós é que qualificamos as coisas, os acontecimentos. Ninguém nasce pecador; pelo contrário, somos, todos, filhos de Deus. E se somos filhos de Deus, somos deuses também. O que ocorre é que muitos de nós ainda não manifestamos a luz, o mundo perfeito de Deus. Encarnamos na vibração da matéria para evoluir mais rapidamente, porque, aqui, os apelos e o apego são quase irresistíveis. Mas somos espíritos, nossa corpo original vibra em outra dimensão. Você nunca pecou; você apenas está acorrentada em certo momento do seu passado.

– Eu tinha 17 anos e fui a uma festinha na casa de um casal de coleguinhas; colocaram droga no meu refrigerante e me desvirginaram. Três dias depois minha mãe descobriu o que aconteceu e disse que eu estava perdida, e deixou de me amar, de me fazer carinho – disse isso e chorou de novo.

– Querida, o que é o hímen senão uma pelica? Quanto à opinião da sua mãe, trata-se de uma verdade apenas para ela, e cada qual tem seu estado de consciência, seu mundo, ou sua compreensão da vida. Nas suas orações, perdoe sua mãe, e a ame sempre; isso gerará luz, e a luz desata qualquer nó. O passado não existe, é uma ilusão. A menina desvirginada não existe mais; hoje, você é uma mulher, muito bonita, aliás, gerente de uma agência do Banco do Brasil, e que anda sobre suas próprias pernas. Sua mãe só ampliará a mente dela se você mudar a sua própria mente. Não mudamos as pessoas; o mundo muda quando nós mudamos. Sobre pecado original, isso é conversa fiada, ninguém peca por nascer; pelo contrário, nascer é um privilégio, a oportunidade de evoluirmos espiritualmente. Queime a ponte que leva ao passado, e você não poderá mais fazer essa viagem. Como queimar? Apenas pare de pensar nisso. Ao invés de pensar que é pecadora, conscientize-se de que você é filha de Deus, e de que todo o Universo depende de você, pois você, como todo mundo, é o centro do Universo. O Universo não é infinito? Pois bem, o infinito parte para todos os lados, e, se assim é, há sempre um centro, e você é o centro. Por isso, posicione-se na vertical, olhe para a frente, abra o peito para a vida, não se encolha mais, pois você, como todo mundo, é dona de todo o Universo, e tem o espaço infinito disponível para si mesma, sem tirar sequer um pedacinho do espaço alheio. Livre-se do tremendo peso que você carrega, e que nem existe. De manhã, quando fizer sua higiene e olhar pela primeira vez para o espelho, sorria, e diga que você é muito amada por você mesma.

Ela o olhou com os olhos brilhando.

– Nossa! O senhor tirou um peso das minhas costas que eu não estava mais suportando – disse, respirando profundamente, aliviada, sorridente. Pobre da minha mãe; sofreu tanto esses anos todos! Eu já a perdoei e vou pedir perdão a ela hoje mesmo!

Algum tempo depois, M deixou o Banco do Brasil, convidada para assumir um cargo de chefia em uma multinacional. Quanto à sua mãe, estava sorridente no casamento da sua amada filha.

O Universo é feito do que intuímos, e denominamos, de energia, que não pode ser criada nem destruída, mas apenas modificada, e que existe desde antes e existirá depois dos tempos. A energia se manifesta em campos vibracionais. Logo, nós, humanos, somos campos, ou corpos vibracionais. A mente é um conjunto de corpos vibracionais, entre os quais o corpo material, que vibra submetido a duas dimensões: espaço e tempo. O espaço pode ser medido por altura, largura e espessura; e o tempo está relacionado às transformações que ocorrem a cada instante à matéria, até a dissolução do corpo físico em átomos, quando o espírito se desassocia dos corpos, físico, etéreo (sede dos sentidos), e astral (sede das emoções). Dependendo o estado de consciência do espírito, às vezes, ao desencarnar, ele fica preso ao corpo astral, ou do corpo etéreo, até resolver pendência da vida material, e então ascender a orbe superior.

Enquanto mentes, encarnamos para evoluir, sair do estado de consciência material, imperfeito, e manifestar-se em um estado de consciência superior. Somos, por conseguinte, estados de consciência únicos, o núcleo do próprio Universo, que está sempre se expandindo para todos os lados, e para dentro também, manifestando a perfeição, o imutável, o eterno, o criador.

De modo que a existência material não passa de apego à matéria, que, como dizem os budistas, não existe de fato, esfarinha-se, muda a todo instante, até a morte física, quando tudo o que é material se dilui, desaparece. Assim, tudo o que é inerente à matéria, tempo e espaço, é sombra da mente. Logo, passado e futuro não existem. A eternidade, no mundo material, é agora.

Quando alguém se acorrenta ao passado, seja por nostalgia, seja por remorso, a vida não caminha; a energia vital, que os chineses chamam de Qi, empaca, o corpo astral se inflama, refletindo-se no corpo físico em doenças, acidentes, desemprego, pobreza financeira, dramas existenciais, tragédias, e atingindo, sempre, os filhos, e as pessoas amadas.

O que fazer, então? Arrepender-se do ato que o acorrentou ao passado, o propósito de não mais o cometer, e não voltar a pensar no assunto.

Quanto ao futuro, também é ilusão. Não sabemos sequer se estaremos fisicamente vivos no momento seguinte. Assim, viver no futuro, é um estado de consciência que os psicólogos chamam de ansiedade. Por exemplo: um estudante tem prova marcada para daqui a uma semana. Em vez de apenas estudar para a prova ele também passa a semana toda pensando na prova. Desse modo, ele se sentirá exausto no dia da prova, e sentirá um branco na memória, por conta do desgaste de ter passado a semana toda fazendo a prova, inclusive à noite. A ansiedade, ou preocupação com o futuro, depauperou seu meridiano energético do baço, que, segundo a Medicina Chinesa, produz sangue e governa os músculos; sem sangue tonificado não há repouso, e, sem tônus, os músculos murcham, gerando cansaço ao menor esforço.

Com efeito, não existe passado nem futuro; só há o agora, o momento mesmo da vida, que é eterno, porque é o núcleo do Universo. Um exercício prático para vivermos o agora é a meditação. Pessoas ansiosas são atacadas por um cipoal de pensamentos o tempo todo, e muitos desses pensamentos são pura fantasia. A meditação dissipa os pensamentos, até chegar ao foco, e o foco é sempre agora. A melhor meditação que eu conheço é a oração, formal ou informal, porque ela nos conduz ao divino, à vibração do núcleo do Universo. E, durante a meditação, ou da oração, agradeces aos teus antepassados, especialmente aos pais, e a tudo o que és, e que tens. A gratidão é uma vibração que nos harmoniza com o núcleo.

Se o nó que o prende ao passado formou-se de um erro cometido, ou do ressentimento que nutres contra alguém, pedes perdão a esse alguém, e o perdoas. Se o nó surgiu da expectativa de possuir alguém por quem estás apaixonado, e que não quer saber de ti, libertas essa pessoa da tua mente. Ages assim para todos os nós. E praticas, sempre, o bem. É assim que queimamos a ponte que leva ao passado e extinguir o abismo do futuro.

É tiro e queda. A tristeza, gerada pelos erros do passado, desaparece; a ansiedade se esfuma; o câncer murcha e some; e o riso volta a soar no jardim da vida, como rosa que se desnuda ao sol.


Biliografia

GERBER, Richard. Medicina vibracional: Uma medicina para o futuro. São Paulo: Cultrix, 2007.

KARDEC, Allan. O livro dos espíritos – 23ª Edição. São Paulo: Instituto de Difusão Espírita, 1984.

MACIOCIA, Giovanni. Os fundamentos da Medicina Chinesa. São Paulo: Roca, 2007.

MIYAURA, Junji. Os 5 corpos do ser humano. São Paulo: Seicho-No-Ie do Brasil, 2016.

TANIGUCHI, Masaharu. A verdade da vida – 1º Volume. 8ª Edição. São Paulo: Seicho-No-Ie do Brasil, 1992.


* Leia de RAY CUNHA o romance FOGO NO CORAÇÃO, thriller ambientado no mundo da Medicina Chinesa em Brasília. O livro pode ser adquirido no Clube de Autores ou na loja virtual da Amazom.com.br