BRASÍLIA, 1 DE
FEVEREIRO DE 2019 – A Escola Nacional de Acupuntura (ENAc) realiza, de 4 a 26 deste mês, sempre às 19h30, um ciclo de cursos
e palestras, gratuito para alunos e ex-alunos, e R$ 30 por curso e palestra para
visitantes. Informações e reservas são feitas pelos telefones: 3322-4998 e
3322-3037, ou na secretaria da escola, no SHCGN 710/711, Bloco D, Loja 57, Asa Norte.
CURSOS –
São dois: Meditação Aplicada na Terapêutica, com o professor Renato Camarão,
nos dias 4, 6 e 8; e Técnica de Desinibição para o Contato com o Paciente, com
o professor André Araújo, nos dias 19 e 20.
PALESTRAS
Dia 5 – Acupuntura Estética, com a professora Iva Fonseca.
Dia 7 – Energia e o Caminho dos Cereais, com a professora
Ana Carolina de Santana.
Dia 11 – Dores Crônicas e Meridianos Distintos, com o
professor Reginaldo Lordelo.
Dia 12 – Como Utilizar as Mídias Digitais, com o professor
Jadson Nobre.
Dia 13 – Acupuntura em Ginecologia, com a professora Juliana
Lima.
Dia 14 – Iridologia, com o professor Leonardo Lombardi.
Dia 18 – Pulsologia, com o professor Leonardo Lombardi.
Dia 22 – Cuidados Naturais com Animais, com a professora
Áurea Barreto.
Dia 26 – Acupuntura Veterinária, com a professora Camila
Bello.
CURSO DE
MEDICINA TRADICIONAL CHINESA – As matrículas para o
Curso de Medicina Tradicional Chinesa estão abertas. A duração do curso é de dois
anos, com 1.212 horas/aulas presenciais e estágio ambulatorial. A pré-matrícula
pode ser feita no site: enacdf.com.br
De ampla cobertura e eficácia terapêutica, a Acupuntura é
reconhecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e foi incluída na lista de
Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade, durante a V Sessão do Comitê
Intergovernamental da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência
e a Cultura (Unesco), em 17 de novembro de 2010.
Os pilares da acupuntura começaram a ser erguidos a pelo
menos 5 mil anos, na China. Os chineses descobriram que além dos sistemas
cardiovascular e linfático, há uma teia de meridianos corporais, ou de acupontos,
um delgado sistema tubular, nos quais circula a energia vital.
Até o século 19, supunha-se que esses meridianos eram
imaginários, mas nos anos de 1960, o cientista coreano Kim Bong Han injetou
isótopo de fósforo em um acuponto e observou a absorção da substância pelo
organismo, por meio de microrradiografia. Resultado: o isótopo percorreu o
clássico traçado daquele meridiano.
Experiências semelhantes foram realizadas por outros
cientistas, como os franceses Jean-Claude Darras e Pierre de Vernejoul, e os
norte-americanos James Hurtak e Roberto Becker. O resultado foi o mesmo obtido
por Kim Bong Han.
SITUAÇÃO DA
ACUPUNTURA JUNTO AO MEC E À SEE/DF - A ENAc, fundada
em 2000, sempre foi a única escola de formação em Acupuntura plenamente
credenciada pela Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEE/DF) e
devidamente reconhecida pelo Ministério da Educação (MEC), em toda a Região Centro-Oeste.
Mas desde o segundo semestre de 2016, vem encontrado sérios obstáculos para
conseguir concluir mais um processo de recredenciamento junto à SEE/DF.
Ocorre que em 2008, o MEC criou o Catálogo Nacional de
Cursos Técnicos (CNCT), com o objetivo de albergar os cursos técnicos então
existentes no Brasil, balizando-os e dando-lhes regularidade e homogeneidade
curricular. Mas, em 5 de dezembro de 2014, o então presidente do
Conselho Nacional de Educação, Luiz Roberto Alves, publicou Resolução com o
seguinte teor: “Atualiza e define novos critérios para a composição do Catálogo
Nacional de Cursos Técnicos, disciplinando e orientando os sistemas de ensino e
as instituições públicas e privadas de Educação Profissional e Tecnológica
quanto à oferta de cursos técnicos de nível médio em caráter experimental,
observando o disposto no art. 81 da Lei nº 9.394/96 (LDB) e nos termos do art.
19 da Resolução CNE/CEB nº 6/2012”.
Nessa resolução, ele exclui do Catálogo Nacional de Cursos Técnicos a prática
da Acupuntura, desqualificando, desde então, os cursos técnicos de Medicina
Tradicional Chinesa em todo o país, e dificultando, assim, a emissão do
certificado de quem já vinha fazendo o curso técnico de MTC antes de 5 de
dezembro de 2014, já que esse certificado é autorizado pelas secretarias de
Educação dos estados e do Distrito Federal.
Da mesma forma, as secretarias de Educação dos estados
desenvolveram um entendimento equivocado da situação e se recusam a proceder ao
recadastramento periódico dos cursos.
Cursos técnicos em Acupuntura já existiam antes da criação
do Catálogo do MEC, plenamente credenciados em várias unidades da federação. Até
hoje, o MEC não explicou o que o levou a retirar o curso de Acupuntura do Catálogo
de Cursos Técnicos, quando a regulamentação da profissão de acupunturista
avança na Câmara dos Deputados. Entidades de acupunturistas têm tentado obter
explicação do MEC, mas são ignoradas solenemente.
A ENAc vem interpondo recursos e demais remédios
jurídico-administrativos junto ao MEC e a outras instâncias, que, muitas vezes,
sequer os respondem oficialmente. Resta-lhe continuar cumprindo sua missão, que
é a de transmitir os ensinamentos da Medicina Tradicional Chinesa, formando
excelentes profissionais acupunturistas, dentro do currículo mais sólido e
respeitado em todo o cenário nacional.
A solução encontrada pela ENAc é de formação profissional
com certificação de curso livre, porém com a mesma estrutura pedagógica, corpo
docente, matriz curricular e garantia de conhecimento sólido e integral nos
fundamentos da Medicina Tradicional Chinesa.
Quanto aos alunos matriculados na ENAc antes da Resolução do MEC, a
Secretaria de Educação recusa-se a publicar no Diário Oficial do DF a lista desses
alunos, a fim de que a ENAc possa emitir o diploma de curso técnico, ao qual
têm direito legal. Alguns alunos entraram recentemente com ação na Justiça
contra a SEE/DF. Espera-se que com a mudança de governo, de ministro e
secretário de Educação, o tratamento infame que os acupunturistas vêm recebendo
volte ao estado de direito.