tag:blogger.com,1999:blog-58555680312156801982024-03-17T19:38:15.978-03:00RAY CUNHAUnknownnoreply@blogger.comBlogger587125tag:blogger.com,1999:blog-5855568031215680198.post-26169100208070309282024-03-17T19:37:00.001-03:002024-03-17T19:37:19.404-03:00Rio de Janeiro, a Capital do Trópico<p style="text-align: justify;"><b><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgZMngH-bMF1PnZrLvbFsX6e4CXtA0hmT0_cuw17XSHFi9zxaFTnGwqS7LIiAz_wV6YBcMmeTxG1I3izXQ6PndVA7OfbfnEmaf6DEdluxDSnbuhjIP6AgTN2w31d6y3NKg3QtDbYt84vd8k2mzO6nC7NriQGfXVRi4kV4yuHxxo6NA38T2e57L_iZk6umkJ/s799/Cristo%20Redentor%20-%20Marcos%20de%20Paula%20-%20Prefeitura%20do%20Rio.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="533" data-original-width="799" height="266" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgZMngH-bMF1PnZrLvbFsX6e4CXtA0hmT0_cuw17XSHFi9zxaFTnGwqS7LIiAz_wV6YBcMmeTxG1I3izXQ6PndVA7OfbfnEmaf6DEdluxDSnbuhjIP6AgTN2w31d6y3NKg3QtDbYt84vd8k2mzO6nC7NriQGfXVRi4kV4yuHxxo6NA38T2e57L_iZk6umkJ/w400-h266/Cristo%20Redentor%20-%20Marcos%20de%20Paula%20-%20Prefeitura%20do%20Rio.jpg" width="400" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><b><span style="font-family: verdana;">Dois ícones do Rio: Cristo Redentor e Pão de Açúcar<br />(Foto: Marcos de Paula/Prefeitura do Rio de Janeiro)</span></b></td></tr></tbody></table></b></p><p style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: verdana;">RAY CUNHA</span></b><b><o:p><span style="font-family: verdana;"> </span></o:p></b></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;">BRASÍLIA, 17 DE MARÇO DE 2024 </b>–
A ideia de se construir a capital do Brasil no sertão surgiu em Portugal, em meados
do século XVIII. Os portugueses só pensavam em ouro. Em 1891, a primeira Constituição da República fixou a região
onde deveria ser instalada a futura capital, e, em 1956, o mineiro Juscelino
Kubitschek resolveu construir Brasília, inaugurando-a, ainda um parque de
obras, em 21 de abril de 1960.</span><span style="font-family: verdana;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Eleito, Juscelino viu, claramente, que no Rio de Janeiro jamais
chegaria ao fim do seu mandato, razão pela qual resolveu governar na ponte
aérea que criou, Rio-Brasília, um naco do cerrado do estado de Goiás, onde a
nova capital seria erguida. Foi bom para o estafe do presidente, com gordas
diárias e mordomias, durante a construção da nova capital. Na época, a inflação
desembestou.</span><span style="font-family: verdana;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">O mandato de JK, que começou em 31 de janeiro de 1956, terminou em 31
de janeiro de 1961. Foi sucedido, em 31 de janeiro de 1961, pelo paulista Jânio
Quadros, que só aguentou morar em Brasília até 25 de agosto. Caiu fora. Foi
tomar seu uísque em São Paulo. Tomou posse o vice, o gaúcho João Goulart, em 8
de setembro de 1961. Comunista, Goulart foi defenestrado em 1 de abril de 1964
pelos generais, que gostaram de Brasília e ficaram no poder até 1985.</span><span style="font-family: verdana;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Os generais gostaram de Brasília porque na cidade não havia a menor
possibilidade de protesto popular, como no Rio de Janeiro, e assim a cidade
prosperou. Hoje, mesmo com mais de 3 milhões de habitantes, a situação continua
a mesma, pois a cidade foi construída de modo que qualquer manifestação popular
pode ser cercada facilmente e manifestantes se arriscam a passar o resto de
suas vidas, se forem preferenciais, na Papuda, a penitenciária local.</span><span style="font-family: verdana;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Mas o Rio continua sendo, de fato, a capital do Brasil. Por exemplo:
há 32,3 mil funcionários públicos federais no Rio a mais do que em Brasília. De
acordo com o Boletim Estatístico de Pessoal, do Ministério do Planejamento,
Orçamento e Gestão, o Rio tem 102,6 mil servidores federais contra 70,3 mil em
Brasília. Também o patrimônio das estatais federais e a presença das Forças Armadas
no Rio são hegemônicos.</span><span style="font-family: verdana;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Há vários fatores que obrigam a que o Rio se some a Brasília. Quantos
países têm mais de uma capital! A África do Sul, por exemplo, tem três: Pretória,
Cidade do Cabo e Bloemfontein. Um desses fatores é a volta do Congresso
Nacional para o Rio. Lá, o Congresso virará realmente a casa do povo.</span><span style="font-family: verdana;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Outro fator é que o Rio é a cidade que melhor reflete a identidade
brasileira. Começou com as aldeias tupinambás cercando toda a Baía de
Guanabara, os franceses da França Artártica, expulsos pelos portugueses, a
chegada dos africanos, o ouro de Minas Gerais, o Império do Brasil, o golpe da
República e o século XX, quando os cariocas realizaram a Semana de Arte Moderna
em São Paulo, que é onde estava então o dinheiro, e os nordestinos instituíram
na Cidade Maravilhosa a moderna imprensa brasileira, hoje, velha imprensa, mas
porque se transformou em balcões de negociatas.</span><span style="font-family: verdana;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">O Rio, desde sempre, se tornou a Meca dos intelectuais e artistas
brasileiros. É lá que todo mundo que vive em torno da arte e da cultura, do Sul
à Amazônia, se encontra. Também o Rio é a cidade que mais recebe turistas no
Hemisfério Sul, porque é a cidade mais bonita do mundo, a Capital do Trópico,
abraçada pelo Cristo Redentor no alto do Corcovado, a 800 metros de altura, tem
Carnaval e suas praias são estonteantes.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">E depois, sua posição geográfica é estratégica, de modo que o Brasil
ganharia se o Rio recuperasse o status de segunda capital do país, o que ele já
é naturalmente. E Brasília, hoje, uma pujante cidade iluminando o sertão,
continuaria cumprindo seu papel de cidade administrativa e ligando, juntamente
com Goiânia, o continente brasileiro no planalto.</span><o:p></o:p></p>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5855568031215680198.post-37393836066388379612024-03-15T20:15:00.001-03:002024-03-15T20:15:04.439-03:00Ministros Marina Silva e Silvio Almeida, e o governador Helder Barbalho vão ao Marajó<p style="text-align: justify;"><b><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj_G3Lq5q9Xp4VTlPYEM2lZpBfQH-1t6OpW1kFvPotYIwEAMaf0tL9FulCCxv5V4z_nAOuBbt3tFBL4dyja3kWhrQImtYiwFoykVSTuM3e8n7YvPsnYog-4_L_rPLLTTtLEXhmlD7MEQFQnuGgEps9ul3QOSBX4i02vajqJ0Gp88PMawwPOPiGHrxJIgORp/s565/Maraj%C3%B3.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="377" data-original-width="565" height="268" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj_G3Lq5q9Xp4VTlPYEM2lZpBfQH-1t6OpW1kFvPotYIwEAMaf0tL9FulCCxv5V4z_nAOuBbt3tFBL4dyja3kWhrQImtYiwFoykVSTuM3e8n7YvPsnYog-4_L_rPLLTTtLEXhmlD7MEQFQnuGgEps9ul3QOSBX4i02vajqJ0Gp88PMawwPOPiGHrxJIgORp/w400-h268/Maraj%C3%B3.jpeg" width="400" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="font-family: verdana;"><b>A trupe estava sorridente com a chegada do desenvolvimento no<br /><a href="https://www.raycunha.com.br/2021/04/zona-franca-base-de-lancamento-de.html">Marajó</a>, acossada por tráfico de crianças para escravidão sexual</b></span></td></tr></tbody></table></b></p><p style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: verdana;">RAY CUNHA</span></b><b><o:p><span style="font-family: verdana;"> </span></o:p></b></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;">BRASÍLIA, 15 DE MARÇO DE 2024 </b>–
A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, e o ministro dos
Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida, foram a Curralinho, no Marajó,
segunda-feira 11, após <b><a href="https://www.raycunha.com.br/2024/02/o-que-acontece-na-ilha-de-marajo-e-de.html">denúncias de escravidão sexual de crianças na ilha</a></b> voltarem,
insistentes, à internet. Os ministros levaram com a promessa de Lula de garantir
desenvolvimento aos ilhéus.</span><span style="font-family: verdana;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Não se sabe quando nem com que dinheiro, pois Lula já raspou a burra para
presentear os congressistas com bilhões em emendas parlamentares e o país
enfrenta déficit fiscal.</span><span style="font-family: verdana;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Os marajoaras estão entregues à própria sorte há muito tempo e as
crianças são abusadas o tempo todo. Basta Marina entrar em contato com
pesquisadores da Universidade Federal do Pará, ou procurar o bispo emérito do
Marajó, Dom José Luiz Azcona. Ou passar alguns dias andando por lá e
acompanhando o vai-vem das crianças nas embarcações que passam por ali. Vai ver
coisas de arrepiar os cabelos.</span><span style="font-family: verdana;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">O nome dos programas são uma beleza: Cidadania Marajó, Sanear Amazônia
e Assistência Técnica e Extensão Rural do Programa Bolsa Verde. Agora, a população
local, especialmente crianças e adolescentes, não será mais explorada e terá
água tratada e esgoto. Seis mil famílias serão beneficiadas no arquipélago,
segundo os arautos de Lula.</span><span style="font-family: verdana;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">“Política se faz junto com o povo. O Programa Cidadania Marajó é
pensado com participação social. Nada aqui será feito sem o apoio e a
participação de vocês, sem que vocês digam o que está e o que não está funcionando.
Os marajoaras precisam de cidadania. É por isso que o programa se chama
Cidadania Marajó. Para dar cidadania, para dar acesso à política pública, para
fazer com que as pessoas do Marajó sejam parte do Brasil que a gente quer
fazer” – garantiu Silvio Almeida, em nome de Lula.</span><span style="font-family: verdana;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><b><a href="https://ver-o-fato.com.br/davos-as-falacias-de-helder-barbalho-o-crime-organizado-e-a-grilagem-de-terras/">Helder Barbalho</a></b>, governador do Pará, foi junto com os expedicionários
federais. Ele garantiu que a região do Marajó tem sido vítima de fake news
relacionadas à exploração sexual infantil. “Hoje, temos a oportunidade de
assinar um acordo que está dialogando diretamente com a qualidade de vida” – cantou,
e todos dançaram carimbó.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Na Amazônia, ribeirinhos, quilombolas, índios, cabocos, vivem igual a
língua quando se come jambu, ou igual peixe sob o efeito de timbó: dormente. Os
políticos, atuais colonizadores, fazem deles o que quiserem. O calor, os
insetos, as mentiras, o tráfico, a escravidão, o estupro e a morte estão sempre
rondando, como hienas. O negócio é tomar cachaça e correr.</span><o:p></o:p></p>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5855568031215680198.post-31181218103498575612024-03-15T11:41:00.005-03:002024-03-15T11:52:14.152-03:00JAMBU – A Amazônia como ela é, com tráfico de crianças e pegando fogo mais do que nunca<p></p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhw_VsTzdjjYGwEBWIwnvOYcPWCQiDjx7bs9UoPhgCNkNupgpG0kXI_gxzTp5YxXxM1jaoqBM13uZd8XjxhmNWg1AZi15xoWBIpk1Go1tXkE8-Sv3Mc3DRP8LNNbfV2kQF-leLi1ydIeIIEIxX2CT6Go1B5oU5h8U4C9CRPtBO5zh5Q4LuHn4IYN4saaxsp/s1280/Ray%20Cunha%20-%2002-03-2024%20-%20Jambu%20-%20Mariella%20Affonseca.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="1280" data-original-width="960" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhw_VsTzdjjYGwEBWIwnvOYcPWCQiDjx7bs9UoPhgCNkNupgpG0kXI_gxzTp5YxXxM1jaoqBM13uZd8XjxhmNWg1AZi15xoWBIpk1Go1tXkE8-Sv3Mc3DRP8LNNbfV2kQF-leLi1ydIeIIEIxX2CT6Go1B5oU5h8U4C9CRPtBO5zh5Q4LuHn4IYN4saaxsp/w480-h640/Ray%20Cunha%20-%2002-03-2024%20-%20Jambu%20-%20Mariella%20Affonseca.jpg" width="480" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="font-family: verdana;"><b>Dia 2 de março, RAY CUNHA autografou o romance JAMBU no templo da cozinha paraense no Rio de Janeiro, o restaurante Belém Belém Amazônia, na Avenida Elizabeth da Bélgica, na altura do Posto 6, em Copacabana, comandado pela chef Mira Jatene. Na foto 1, o escritor recebe a visita de uma das mulheres mais importantes do setor de Medicina Tradicional Chinesa no Brasil: Mariella Affonseca, física, mestra em Engenharia Nuclear e doutora em Biociências Nucleares e em Acupuntura. Ela vem realizando um trabalho incansável pela regulamentação da Acupuntura. Também na foto aparece a mãe da doutora Mariella, dona Florita. Na foto 2, a presença de Luciana Magalhães (no centro), juntamente com Hyria Moreira. Luciana é filha do músico amapaense Luiz Tadeu Magalhães. Uma dica para os cantores que querem gravar um disco só com músicas inéditas: Luiz Tadeu tem dezenas de composições inéditas em parceria com o poeta e pintor amapaense Manoel Bispo, membro da Academia Amapaense de Letras (AAL). Quanto ao livro JAMBU, trata-se de um romance-reportagem, um thriller policial, a investigação de um traficante de crianças para escravidão sexual, durante o Festival de Gastronomia do Pará e Amapá. Como pano de fundo, a Questão Amazônia é esmiuçada. O livro faz uma homenagem a dois artistas amapaenses: o poeta Isnard Brandão Lima Filho e o pintor Olivar Cunha. Também em JAMBU personagens de ficção se cruzam com pessoas reais, vivas ou mortas. RAY CUNHA é natural de Macapá/AP e trabalhou como repórter, redator e editor nos maiores jornais da Amazônia, sediados em Belém, Manaus e Rio Branco.<br /><br /></b><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjhP6xUrn23bmsugGZMTQiyiObgX25C_tqbyHW-rkShlr66IH2MLyVnsEIU2d1YEnJToz818pVFibvinCz9VZ5rSU5PphzU9FWLdNsRVRC918XNl7VZZCjPhNNmbY4hxZ9mqiQ-L-dOU5Q-QbM6aXgGB83sMwaS_i0qx6KhcBC1vGU2-njad9W3TWLczQq9/s1280/Ray%20Cunha%20-%2002-03-2024%20-%20Copacabana.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1280" data-original-width="960" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjhP6xUrn23bmsugGZMTQiyiObgX25C_tqbyHW-rkShlr66IH2MLyVnsEIU2d1YEnJToz818pVFibvinCz9VZ5rSU5PphzU9FWLdNsRVRC918XNl7VZZCjPhNNmbY4hxZ9mqiQ-L-dOU5Q-QbM6aXgGB83sMwaS_i0qx6KhcBC1vGU2-njad9W3TWLczQq9/w480-h640/Ray%20Cunha%20-%2002-03-2024%20-%20Copacabana.jpg" width="480" /></a></div></span></td></tr></tbody></table><br /><p></p><p></p>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5855568031215680198.post-73470676167024540942024-03-15T07:10:00.003-03:002024-03-15T07:12:32.027-03:00Ruy Castro, o mais carioca dos cariocas, gosta da maniçoba do Belém Belém Amazônia, no Posto 6<p style="text-align: justify;"><b></b></p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh3s16Rg2bY9Itr5uBFTYWn-owd_aDasPhov72NTS4uLjxP-9S0PUlZcWSipTJUeV45TLC_ko3_Puusr-dVit5kOHF2jmQHKmPjo7R6PkxllsncviG662fyHD9-jU43TjIOLpl6RkW2VbJDGdo2s9tfor4G0XDTFsdsJWo2JH4owQwLywtBY9h4prdWCiXu/s1280/Ray%20Cunha%20e%20Mira%20Jatene.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="1280" data-original-width="960" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh3s16Rg2bY9Itr5uBFTYWn-owd_aDasPhov72NTS4uLjxP-9S0PUlZcWSipTJUeV45TLC_ko3_Puusr-dVit5kOHF2jmQHKmPjo7R6PkxllsncviG662fyHD9-jU43TjIOLpl6RkW2VbJDGdo2s9tfor4G0XDTFsdsJWo2JH4owQwLywtBY9h4prdWCiXu/w480-h640/Ray%20Cunha%20e%20Mira%20Jatene.jpg" width="480" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="font-family: verdana;"><b>Ray Cunha e a chef Mira Jatene, que comanda o <a href="https://www.tripadvisor.com.br/Restaurant_Review-g303506-d23147082-Reviews-Belem_Belem_Amazonia-Rio_de_Janeiro_State_of_Rio_de_Janeiro.html">Belém Belém Amazônia</a></b></span></td></tr></tbody></table><p></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span style="font-family: verdana;">RAY CUNHA</span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;">BRASÍLIA, 15 DE MARÇO DE 2024 </b>–
Estive recentemente no Rio de Janeiro para checar vários endereços e aspectos
arquitetônicos para meu novo romance, que se passa na Cidade Maravilhosa.
Hospedei-me em uma Airbnb na Rua Pompeu Loureiro, logo na saída do túnel Major
Vaz, em Copacabana.</span><span style="font-family: verdana;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">No dia 2 de março, autografei o romance <b><a href="https://clubedeautores.com.br/livro/jambu">JAMBU</a></b> no restaurante Belém
Belém Amazônia, na Avenida Elizabeth da Bélgica, na altura do Posto 6, em Copacabana.
A chef, Mira Jatene, me confidenciou que o escritor <b><a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Ruy_Castro">Ruy Castro</a></b>, o mais carioca
dos cariocas, gosta de maniçoba, e pede para levarem a iguaria das iguarias paraense
ao seu apartamento, no Leblon.</span></p><p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Estiveram presentes minhas amigas Luciana Magalhães, filha do músico
amapaense Luiz Tadeu Magalhães, e Mariella Affonseca, física, mestra em Engenharia
Nuclear e doutora em Biociências Nucleares e em Acupuntura. Aguardei meu amigo
carioca Luiz Loyola, mas não foi desta vez que nos reencontramos.</span><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Deixei um exemplar de JAMBU para quando Ruy Castro pedir maniçoba a
Mira enviar para ele. JAMBU é um romance-reportagem. A parte ficcional desenvolve-se
durante o fictício Festival de Gastronomia do Pará e Amapá, um desfile dos
principais pratos da cozinha paraense.</span><span style="font-family: verdana;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Nesse meio tempo, o jornalista João do Bailique escreve uma edição
especial da revista <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Trópico Úmido</i>
sobre a Questão Amazônica, enquanto investiga um traficante de crianças e de
grude de gurijuba. Personagens de ficção misturam-se a personagens reais, vivos
ou mortos, como, por exemplo, o poeta Isnard Brandão Lima Filho e o pintor
<b><a href="https://olivarcunhaarte.blogspot.com/">Olivar Cunha</a></b>, de Macapá/AP, e a cantora lírica <b><a href="https://carmenmonarcha.com.br/">Carmen Monarcha</a></b>, de Belém. Como
pano de fundo, a Amazônia é exibida nuinha, como ela é.</span><span style="font-family: verdana;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Morei na Rua República do Peru, em Copacabana, meio século atrás.
Copacabana continua tão linda quanto sempre foi. Agora, com mais moradores de
rua e a praia mais lotada. O trânsito está melhor, depois que construíram o
metrô, que vai até a Barra.</span><span style="font-family: verdana;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Visitei o túmulo de Estácio de Sá e o marco de inauguração do Rio de
Janeiro, datado de 1 de março de 1565, no Morro Cara de Cão. Ambos estão
guardados na Basílica Santuário de São Sebastião, a Igreja dos Capuchinhos, na
Tijuca. Visitei também a Ladeira da Misericórdia, que restou do Morro do Castelo;
a Igreja de Nossa Senhora do Carmo da Antiga Sé, ou, simplesmente, Antiga Sé; a
Igreja da Candelária; e a Igreja de Nossa Senhora da Glória do Outeiro, onde se
desenrolou a batalha decisiva de Estácio de Sá contra os franceses da França Antártica,
na qual Estácio levou uma flechada em um olho e morreu um mês depois.</span><span style="font-family: verdana;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Esse Rio antigo está vivo nas páginas de <i style="mso-bidi-font-style: normal;"><b><a href="https://www.amazon.com.br/Rio-Antes-do/dp/6550900034">O Rio antes do Rio</a></b></i> e <i style="mso-bidi-font-style: normal;"><b><a href="https://www.amazon.com.br/Arariboia-ind%C3%ADgena-hist%C3%B3ria-Brasil-biografia/dp/6584515001/ref=sr_1_1?__mk_pt_BR=%C3%85M%C3%85%C5%BD%C3%95%C3%91&crid=1RY4EBTNU9E6K&dib=eyJ2IjoiMSJ9.queRZEBiVrc9nHfWnKD8XPRMSm2IIZw7Ala2lOHl2bE06ONcjbXQVW6lmMuvS8L4OztGtZwwGCfWslxAOok_CLQ741PSKA0KrrqYxACr8HEW01E7G1jxpVTtKQ2oYCsQivwMW58SJPqId6NO-8q8Jz296SXWqVW-WJ5FVZIq1AzSo9wp8WAzIGHKHVGx9y6TYA5xR1QuV4yKVQILzgc3OPi4fE375M6lvCSUVANpmTE.oldnIHyz9jntlSViDBwmoVvE40KBk-VR2RJEEyhIRrU&dib_tag=se&keywords=Arariboia&qid=1710497311&s=books&sprefix=arariboi%2Cstripbooks%2C291&sr=1-1">Arariboia: O indígena que mudou a história do Brasil – Uma biografia</a></b></i>, de Rafael
Freitas da Silva.</span><span style="font-family: verdana;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Visitei ainda a Igreja de Nossa Senhora de Copacabana e Santa Rosa de
Lima, na Rua Hilário de Gouveia, onde se encontra a imagem da Santa que dá nome
ao bairro.</span><span style="font-family: verdana;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Estive no Bairro Peixoto, onde mora o detetive Espinosa, na Praça Edmundo
Bittencourt, e o segui até a 12ª Delegacia de Polícia, na Rua Hilário de
Gouveia. Espinosa é o mais famoso detetive brasileiro, criado por <b><a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Luiz_Alfredo_Garcia-Roza">Luiz Alfredo Garcia-Roza</a></b>.</span><span style="font-family: verdana;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Passei pelo Beco da Fome e no Bunda de Fora, e dei um pulo no Forte de
Copacabana, onde tomei uma água tônica na Confeitaria Colombo, apreciando o
recorte da praia, até o Leme, e, lá atrás, o Pão de Açúcar.</span><span style="font-family: verdana;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Voltando a Ruy Castro, depois que li, dele, <i style="mso-bidi-font-style: normal;"><b><a href="https://www.amazon.com.br/Metr%C3%B3pole-%C3%A0-beira-mar-moderno-anos/dp/8535932860">Metrópole à beira-mar: O Rio moderno dos anos 20</a></b></i>, passei a ver o Rio
por outra lente. Passei a vê-lo como o principal palco da história do Brasil,
como vitrine cultural do país, inclusive responsável pela Semana de Arte
Moderna.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">De modo que o Rio continua sendo o Rio, a eterna, e, de fato, capital
do Brasil, onde os rumos do país são decididos, tanto nos tempo de democracia quanto
de ditadura. O Rio toma a decisão e São Paulo apoia, como foi na Semana de Arte
Moderna e é na cessão da Avenida Paulista nos momentos extremos.</span><o:p></o:p></p>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5855568031215680198.post-21174675701538488682024-02-26T17:43:00.005-03:002024-02-26T17:43:55.602-03:00Estupro, tráfico e escravidão sexual de crianças e mulheres na Amazônia real continuam banais<p style="text-align: justify;"><b><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg7CWHfgdlbW0GLJi5_qzSyZ4g6OgR4GQUvFYW4wJQfINVFD_4cNRXcfXW4urZRgfSAhy1J1sVaNB0DJUqckg4m7Qhgps1tg-Ug10qvyX2lAevo2CLRPG3BqPa9rz21fBzmeSDQlMEMsQQUhBNfBG1WXghFKAM7_ZmI3oU21iXjwTRT0YiQY5sCB8Dg4dQz/s3264/Ray%20Cunha%20-%20Jambu.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="3264" data-original-width="2448" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg7CWHfgdlbW0GLJi5_qzSyZ4g6OgR4GQUvFYW4wJQfINVFD_4cNRXcfXW4urZRgfSAhy1J1sVaNB0DJUqckg4m7Qhgps1tg-Ug10qvyX2lAevo2CLRPG3BqPa9rz21fBzmeSDQlMEMsQQUhBNfBG1WXghFKAM7_ZmI3oU21iXjwTRT0YiQY5sCB8Dg4dQz/w480-h640/Ray%20Cunha%20-%20Jambu.jpg" width="480" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="font-family: verdana;"><b>Ray Cunha e JAMBU: thriller policial e geopolítico que mostra a Amazônia<br />como ela é, sem romantismo ou a verborreia mentirosa dos idiotas úteis.<br />Na foto, capa da edição que será autografada, do Clube de Autores</b></span></td></tr></tbody></table></b></p><p style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: verdana;">RAY CUNHA</span></b><b><o:p><span style="font-family: verdana;"> </span></o:p></b></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;">BRASÍLIA, 26 DE FEVEREIRO DE
2024 </b>– Neste sábado 2, estarei autografando o romance-reportagem JAMBU <span style="line-height: 115%; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">(Editoras
<b><a href="https://clubedeautores.com.br/livro/jambu">Clube de Autores</a></b>, <b><a href="https://www.amazon.com.br/JAMBU-RAY-CUNHA-ebook/dp/B07YQCRY53/ref=sr_1_1?__mk_pt_BR=%C3%85M%C3%85%C5%BD%C3%95%C3%91&crid=2UC9F1WDB2FGV&dib=eyJ2IjoiMSJ9.M1SpPjp0dhg_eyQKuJtvc47kfP9PuBEPjQ7nKJi01xu0fE19M17zZgzwjcl5rDkA3wLcJsyfZwUYuP0OWIClX5hZwag4WPEeSycsUZjBFPiNNYpsWMrReMb5Okm-61rkAfa7UIdkiyo-6bhP5o4xqxqT4ryvyDYtlfIXTDFPJLZdI-avKtUOwsgimikWmKD4r4TYB_D3yO0u1Oir-z11RSj4plr_zlS7cRiv6zjedrM.qFdKDTgbWsY5AqJJahIEGYDGnkwkxDVqw8BwE-1it4Q&dib_tag=se&keywords=Jambu+Ray+Cunha&qid=1708979730&s=books&sprefix=jambu+ray+cunha%2Cstripbooks%2C273&sr=1-1-catcorr">amazon.com.br</a></b> e <b><a href="https://loja.uiclap.com/titulo/ua44982/">Uiclap</a></b>, 190 páginas) no restaurante <b><a href="https://www.tripadvisor.com.br/Restaurant_Review-g303506-d23147082-Reviews-Belem_Belem_Amazonia-Rio_de_Janeiro_State_of_Rio_de_Janeiro.html">Belém Belém Amazônia</a></b>, templo da cozinha paraense no Rio de Janeiro, na </span>Avenida
Rainha Elisabeth da Bélgica 122, Loja A. Essa via liga as avenidas Atlântica,
em Copacabana, na altura do Posto 6, à Vieira Souto, em Ipanema.</span><span style="font-family: verdana;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Trata-se de um romance-reportagem porque mistura uma história
inventada com reportagem. Durante o Festival Gastronômico do Pará e Amapá, o
jornalista <b><a href="https://www.raycunha.com.br/2023/08/em-quem-me-inspirei-para-criar-o.html">João do Bailique</a></b> escreve as matérias que comporão uma edição
especial da revista <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Trópico Úmido</i> e
investiga um traficante de crianças e de grude de gurijuba. Em segundo plano, a
culinária paraense é esmiuçada e João do Bailique escreve sobre a Amazônia
profunda, inclusive aquela que se assemelha à África no século XIX, a de <i style="mso-bidi-font-style: normal;"><b><a href="https://musicnonstop.uol.com.br/joseph-conrad-e-o-coracao-das-trevas-racismo-ou-denuncia/">Coração das Trevas</a></b></i>, de <a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Joseph_Conrad"><b>Joseph Conrad</b></a>.</span><span style="font-family: verdana;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Além do mais, misturo em JAMBU personagens de ficção a pessoas de
carne e osso, conhecidas, vivas ou mortas, e as matérias que João do Bailique
vai escrevendo, no desenrolar da história, são reais, sobre a Questão
Amazônica. Uma dessas questões é o tráfico e escravidão sexual de crianças.
Assim, segue um trecho do livro, meio longo, sobre esse assunto, que voltou à
tona na mídia séria, novamente, devido ao que acontece desde sempre na ilha de
Marajó, no Pará, que é o estupro, tráfico e escravidão de crianças, inferno sobre
o qual até os jacarés tomaram conhecimento.</span><span style="font-family: verdana;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: verdana;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="line-height: 115%;"><span style="font-size: large;">O tráfico humano</span></span></b><span style="line-height: 115%; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">
perpassa toda a Amazônia. Já foram identificadas 76 rotas de tráfico de
mulheres, adolescentes e crianças, pela Pesquisa sobre Tráfico de Mulheres,
Crianças e Adolescentes para Fins Sexuais, coordenada pelo Centro de
Referência, Estudos e Ações sobre Crianças e Adolescentes (Cecria) e pela
Comissão Parlamentar Mista de Inquérito da Exploração Sexual, do Congresso
Nacional. Naquela edição da <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Trópico Úmido</i>,
João do Bailique pinçou alguns casos. <o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="line-height: 115%; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><span style="font-family: verdana;">Madrugada
de 16 de setembro de 2004, marina da Ponta Negra, Manaus, capital do estado do
Amazonas e maior cidade da Amazônia. Empresários de Brasília e de São Paulo
aguardam, à bordo do iate <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Amazonian</i>,
de 25 metros de comprimento, 15 políticos e um carregamento para zarpar rio
Negro acima, aparentemente para uma pescaria em Barcelos, a 450 quilômetros de
Manaus, em passeio organizado pelo dentista paulista Flávio Talmelli. Era o
terceiro ano que o grupo de políticos e empresários candango-paulistas se reunia.
Finalmente o carregamento chega. São peixes servidos antes mesmo da pescaria:
17 meninas, a maioria delas menor, aliciadas em casas noturnas de Manaus. O
programa de dois dias e duas noites renderia 400 reais a cada uma, fora
gorjetas. As garotas foram conduzidas ao iate pela cafetina Dilcilane de
Albuquerque Amorim, conhecida como Dil, então com 33 anos, e que ganharia 100
reais por garota. Domingo 19. As meninas se dividiram em dois grupos para o
retorno a Manaus. O <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Amazonian</i>, com os
políticos e empresários, seguiu rio Negro acima, com destino a um hotel na
selva. Doze meninas retornaram a Manaus. No fim do dia, as cinco meninas
restantes retornaram também, no barco <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Princesa
Laura</i>, que naufragou naquele mesmo domingo, entre Manaus e Barcelos, com
100 passageiros. Morreram 13 pessoas, entre as quais as cinco garotas que
participaram da orgia: Amanda Ferreira Silva, 20 anos; Marlene Cristina dos
Santos Reis, 19; Suzie Nogueira Araújo, 18; Taiane Barros, 17; Hingridy
Florêncio Viana, 16. Dois dias antes do acidente, alguns pais queixaram-se à
polícia sobre o desaparecimento de suas filhas. Agentes da Delegacia
Especializada de Assistência e Proteção à Criança e ao Adolescente de Manaus
(Deapca) descobriram que as meninas mortas haviam participado de uma bacanal e
eram as mesmas que estavam sendo procuradas pelos pais. Depois, localizaram
algumas meninas que retornaram do <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Amazonian</i>
a Manaus e descobriram que três homens que estavam no <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Amazonian</i> deixaram a embarcação em Barcelos e, dia 23 de setembro,
retornaram a Manaus, em avião da Apuí Táxi Aéreo. Foi aí que identificaram o
então presidente da Câmara Legislativa do Distrito Federal, deputado distrital
Benício Tavares da Cunha Melo, do PMDB; Sérgio Randal Mendes, cunhado de
Benício Tavares e chefe de gabinete da presidência da Câmara Legislativa do DF;
e o advogado brasiliense Marco Antônio Attié. Uma das menores ouvidas pela
polícia disse que Benício Tavares manteve relações sexuais com pelo menos duas
menores, uma das quais Taiane Barros, 17 anos, mãe de um bebê de sete meses, e
que morreu afogada no <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Princesa Laura</i>.
Outra garota afirmou, em depoimento à polícia, que manteve relações sexuais com
Benício, que teria pago 500 reais a ela. Uma menor disse que Benício lhe
ofereceu 500 reais para manterem relações sexuais, mas ela recusou. Seis das
moças que estiveram a bordo do <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Amazonian</i>
garantem que Benício chegou a pagar valores entre 200 e 1 mil reais para
manterem relações sexuais com ele, inclusive com as menores de idade. Das 17
meninas contratadas para a bacanal, seis afirmaram, em depoimento à delegada
Maria das Graças Silva, titular da Delegacia Especializada de Assistência e
Proteção à Criança e ao Adolescente, que Benício Tavares esteve no iate nos
dias 17, 18 e 19 de setembro, e que manteve relações sexuais com várias
garotas, entre as quais pelo menos duas menores. A delegada garante que coletou
elementos suficientes para provar a participação de Benício Tavares em turismo
sexual. Maria das Graças Silva mostrou, dia 27 de setembro, fotografias de
Benício Tavares a três meninas que participaram da orgia. Elas identificaram
imediatamente o parlamentar, que é paraplégico. Três meninas ouvidas pela
polícia garantem que no iate <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Amazonian</i>
havia bebida alcoólica e drogas, e que foram realizados desfiles de garotas
nuas e sorteio de brindes aos participantes. Em depoimento à polícia, a
cafetina Dil declarou que a bacanal foi contratada pelo dentista paulista
Flávio Talmelli. “Ele disse que o passeio seria muito divertido e que todas as
despesas, desde hospedagem à alimentação, seriam pagas por seus amigos. Somente
convidei algumas amigas” – defendeu-se Dil. As garotas disseram à polícia que
foram enganadas por Dil. O combinado é que receberiam 400 reais mais gorjetas,
mas, a bordo, receberam somente 200 reais. Em nota oficial, divulgada no dia 27
de setembro de 2004, Benício Tavares confirmou a viagem a Manaus, de 16 a 22 de
setembro, para pescar no rio Negro, hobby até então insuspeito. Confirmou
também o voo Barcelos-Manaus. Negou relacionamentos sexuais com garotas menores
de idade. Para fazer a viagem turística, Benício se licenciou da Câmara, da
qual era presidente, por 10 dias, embora a casa estivesse votando uma pilha de
matérias e sua presença fosse importante. Foi confirmada também a presença, no
iate, do chefe de gabinete da presidência da Câmara, Randal Mendes, o cunhado
de Benício Tavares, e do advogado brasiliense Marco Antônio Attié. Em 2004, em
Brasília, o plenário da Câmara Legislativa do DF fechou os olhos e arquivou
processo contra o então deputado Benício Tavares, que respondia na Justiça por
turismo sexual no estado do Amazonas. Benício foi liberado por 14 votos
favoráveis e 10 abstenções. Em 2007, o então governador de Brasília, José
Roberto Arruda, deu a Benício Tavares a Administração Regional de Ceilândia, o
maior colégio eleitoral da cidade-estado. O povo se revoltou, pois, além da
acusação de corruptor de menor, Benício Tavares era acusado de desvio de
dinheiro. Arruda teve de tirá-lo do cargo. Em 2009, o Conselho Especial do
Tribunal de Justiça do DF (TJDF) instaurou processo penal contra Benício, em
ação movida pelo Ministério Público, e o absolveu. Benício Tavares foi reeleito
deputado distrital.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Em 2010, o
governador José Roberto Arruda foi preso, acusado de comandar esquema de
corrupção que flagrou até corrupto recebendo e escondendo pilhas de dinheiro na
cueca. Em novembro de 2011, Benício Tavares perdeu o mandato de distrital no
exercício da sexta legislatura, por decisão do Tribunal Superior Eleitoral
(TSE), que considerou, por unanimidade, que o deputado coagiu eleitores e praticou
abuso de poder econômico.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="line-height: 115%; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><span style="font-family: verdana;">Janeiro
de 2005, Jornal Nacional, TV Globo. Uma série de reportagens, intitulada <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Povos das Águas</i>, focaliza o trânsito de
balsas em Breves, na ilha do Marajó, Pará. Nessas balsas, na cabine de carros,
crianças marajoaras eram estupradas durante o cruzamento do rio. De um modo
geral, os municípios marajoaras são miseráveis, apesar da natureza pujante da
maior ilha flúvio-marítima do mundo. O Marajó é do tamanho da Suíça. A ilha é
banhada pelos rios Amazonas, Pará e Tocantins, e pelo Oceano Atlântico.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="line-height: 115%; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><span style="font-family: verdana;">2006,
Altamira, Pará. Adolescentes caem nas garras de uma quadrilha de exploração
sexual, a denunciam e são ameaçadas de morte se dessem com a língua nos dentes
perante a Justiça. A polícia paraense, despreparada, não pôde dar segurança às
vítimas e só conseguiu provas contra três dos 15 acusados. A ação da quadrilha
envolvia políticos e empresários. “É uma rede complexa de exploração sexual,
com várias vítimas e vários adultos envolvidos; é preciso que haja vontade
política para que se chegue aos outros envolvidos” – disse, à época, Ana Lins,
advogada da Sociedade Paraense de Defesa dos Direitos Humanos (SPDDH). Em março
daquele ano, a polícia de Altamira localizou várias adolescentes, algumas dadas
como desaparecidas por suas famílias, em uma chácara, onde eram embebedadas e
servidas em banquetes sexuais fotografados. As fotos eram divulgadas na
internet. As orgias ocorriam também em motéis da cidade e em imóveis de um dos
acusados, além de chácaras e balneários no município, onde as bacanais duravam
dias. Ameaçadas de morte, vítimas e suas famílias, e testemunhas, desdisseram
nos depoimentos à Justiça as declarações prestadas no inquérito policial. Uma
das vítimas contou que foi ameaçada na porta da escola onde estudava, e sua
família recebeu bilhetes com ameaças de morte. A jornalista Iolanda Lopes, que
denunciou a quadrilha em várias reportagens, disse que recebeu três telefonemas
ameaçadores. As adolescentes foram, ainda, humilhadas na Câmara de Vereadores
de Altamira, onde tiveram seus nomes divulgados durante sessão plenária. “A
vergonha, a humilhação, o sentimento de desesperança e a depressão são alguns
sintomas encontrados em várias das vítimas desse tipo de crime” – comentou a
advogada Ana Lins. “A revitimização é o calvário de ter que reviver os momentos
do crime ao ter que relatá-los várias vezes. Esse calvário vai desde não ser
atendida dignamente na delegacia, às vezes esperando horas e horas, até
conseguir registrar a ocorrência policial, a realização de exames periciais sem
a devida humanização do servidor responsável, e ver os algozes soltos
livremente e voltando a delinquir em alguns casos.”<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="line-height: 115%; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><span style="font-family: verdana;">Novembro
de 2007, Abaetetuba, no quintal de Belém. Delegados da Polícia Civil do Pará,
com a conivência de gente do Judiciário, atiraram uma menina a dezenas de
criminosos na cadeia da cidade. Essa criança foi currada dia após dia, durante
um mês. Assassinos, estupradores, espancadores de mulheres e crianças, ladrões,
arrombadores, batedores de bolsa de velhinhas, psicopatas, drogados, caíram em
cima da garotinha como hienas, e os policiais, ali perto, ouvindo e vendo tudo.
Os berros de terror eram ouvidos pelos delegados e pelos moradores da cidade,
já que a delegacia era um prédio velho praticamente aberto para a rua, e
ninguém moveu uma palha pela menina. “Minha filha tinha cabelos lindos e
encaracolados que iam até o meio das costas” – disse a mãe. “Cortaram o cabelo
dela com um terçado para disfarçar que se tratava de uma menina. Cortaram é
modo de dizer, escalpelaram a minha filha.” O tempo todo, L ficou com as roupas
que usava ao ser presa, uma saia curta e blusinha, cobrindo seios adolescentes.
Ela media 1,40 m. “Aqui, no Pará, colocar homem e mulher na mesma cela é mais
comum do que se imagina” – disse, na época, frei Flávio Giovenale, bispo de
Abaetetuba. Há registro de caso de atirarem uma mulher a 70 presos. “Era um
show isso daqui. Todo mundo sabia que a menina estava lá no meio daqueles
homens todos, mas ninguém falava nada” – disse uma mulher na delegacia a
jornalistas. “Antes de comer, os presos se serviam dela” – afirmou outra
mulher, explicando que a menina só comia se não dificultasse a curra. “Ela
gritava e pedia comida para quem passava, chamava a atenção para si, e, como
ela era conhecida por aqui, não dava para ignorar” – afirmou outra mulher,
explicando que era possível ver e ouvir da rua muito do que se passava na
delegacia. Seis delegados estiveram na delegacia durante o suplício da garota.
A delegada plantonista responsável pelo flagrante foi Flávia Verônica Monteiro
e o delegado titular de Polícia de Abaetetuba, Celso Viana. “Embora ela
estivesse misturada com os homens, o setor onde ela estava é aberto e permite
uma ampla visão de qualquer policial” – declarou o delegado Celso Viana. Flávia
Verônica Pereira e três policiais tinham conhecimento dos estupros. Nada
fizeram. E policiais ameaçaram a menina de morte se não participasse de fraude
em cartório para lhe alterar a idade na certidão de nascimento. O delegado
Celso Viana alegou em depoimento que a adolescente disse ser maior de idade e
afirmou que a responsabilidade da prisão da menor seria do sistema penal, e a
delegada Flávia Verônica Monteiro afirmou que foi enganada ao ver o documento
falso da jovem, indicando que ela tinha 20 anos. Flávia disse ainda que não
transferiu a adolescente da delegacia para outra instituição porque esse
procedimento só poderia ser feito com ordem judicial. Em 27 de novembro de
2007, durante audiência pública na Comissão de Direitos Humanos do Senado
Federal, o então delegado-geral do estado do Pará, Raimundo Benassuly Maués
Júnior, insinuou que a jovem é que foi responsável pelo episódio e que devia
ter “alguma debilidade mental” por não ter dito que era menor de idade. “Não
sou médico legista nem tenho formação na área, mas essa moça tem certamente
algum problema, alguma debilidade mental. Ela, em nenhum momento, declarou sua
menoridade penal” – afirmou o gênio. No dia 3 de outubro de 2013, João do
Bailique leu na mídia que a juíza Clarice Maria de Andrade Rocha, que atuava em
Abaetetuba quando a adolescente esteve presa, fora promovida, em 2 de outubro
daquele ano, pelo Tribunal de Justiça do Pará, a titular da Vara de Crimes
contra Crianças e Adolescentes de Belém. Segundo portaria da desembargadora
Luzia Nadja Guimarães Nascimento, o critério para a promoção de Clarice foi por
merecimento. Clarice foi considerada omissa pelo Conselho Nacional de Justiça
(CNJ) durante o período em que a jovem paraense foi supliciada, e recebeu a
punição de aposentadoria compulsória, em 2010. Mas a Associação dos Magistrados
do Pará (Amepa) recorreu da decisão e a aposentadoria foi anulada pelo Supremo
Tribunal Federal (STF), que entendeu que a punição foi exagerada, já que a
magistrada não teria como saber da situação da carceragem da delegacia de
Abaetetuba. Quando o caso estourou na mídia, em novembro de 2007, a então
governadora do Pará, Ana Júlia Carepa, do Partido dos Trabalhadores (PT),
tratou-o com habitual alienação, e tudo mergulhou no esquecimento.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="line-height: 115%; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><span style="font-family: verdana;">O
rio Jari divide o Amapá do Pará desde a Serra do Tumucumaque, na fronteira com
o Suriname, até desaguar no rio Amazonas, no sul do Amapá. O Beiradão, no
município amapaense de Laranjal do Jari, é apenas uma das zonas nas quais a
escravidão sexual infantil é crime banalizado e recorrente. O comércio de
crianças amapaenses e paraenses é também intenso na Guiana Francesa,
principalmente em cidades como Kourou, onde fica a base francesa de lançamento
de satélites, e também no balneário de Montjoly e em Saint Laurent. Moças amapaenses
e paraenses são bastante apreciadas em bacanais, corrompidas por promessas de
casamento com franceses ou a fantasia de ir para a Europa e faturar até 100
euros por programa, escapando, assim, da miséria. Dos 200 mil habitantes da
Guiana Francesa, 50 mil são brasileiros ilegais, amapaenses em sua maioria, que
fogem do Amapá, estado assolado pela miséria social, roubalheira de colarinho
branco, nepotismo, corrupção endêmica e imigração insuportável, inclusive de
gente importante, como o maranhense José Sarney.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="line-height: 115%; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><span style="font-family: verdana;">Macapá
é uma fotografia dessa tragédia; sem rede de esgoto, cheia de ruas esburacadas,
com fornecimento precário de energia elétrica e água encanada, apesar de se
situar na margem do maior rio do mundo, torna-se, a cada dia, mais inchada e
violenta.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="line-height: 115%; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><span style="font-family: verdana;">Próximo
de Caiena, localiza-se a cidade amapaense de Oiapoque, uma das portas de
entrada para a prostituição internacional na Amazônia. Antes de as crianças,
adolescentes e mulheres adultas seguirem para as três Guianas, passam,
geralmente, por um estágio em Oiapoque. Boates locais são o internato que
prepara meninas e meninos para o horror. Guianenses que atravessam o rio
Oiapoque atraídos por sexo são recebidos na cidade de braços abertos – inúmeros
bares nos quais o lenocínio prospera 24 horas por dia. No Amapá, cidades como
Laranjal do Jari, Tartarugalzinho, Calçoene e Santana, são, como Oiapoque,
vitrines de uma tragédia.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="line-height: 115%; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><span style="font-family: verdana;">O
holandês Kunathi, um dos maiores traficantes de pessoas, em atividade na
Amazônia, já foi preso em flagrante no Pará, mas a Justiça o soltou para
responder ao processo em liberdade. Não deu outra, Kunathi fugiu para o
Suriname, onde é dono de boate na qual só trabalham brasileiras, muitas delas
do Pará e do Amapá.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="line-height: 115%; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><span style="font-family: verdana;">Danielle
contou a João do Bailique o que lhe acontecera em Sucuriju.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="line-height: 115%; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><span style="font-family: verdana;">–
Acho que sei quem está por trás disso, e tu também sabes quem é, pois quando
ele vem a Macapá se hospeda no Caranã: o nome dele é Jules Adolphe Lunier, da
Cunani Exportações, um francês que passa bastante tempo na Vila Progresso, em
Bailique; tem um iate grande, e costuma costear o Amapá e as Guianas, e tem
também uma lancha, que, às vezes, enche de mulheres. Gosta também de pescar
marlin azul na altura de Sucuriju e da ilha de Maracá. O delegado Malafaia, da
Polícia Federal, me informou que ele vem sendo monitorado, e já se encontrou
com Kunathi, em Paramaribo. É impressionante como as coisas acontecem. Te
acomodas bem para não caíres! Descobri, hoje de manhã, cedo, que foi Jules
Adolphe Lunier que emprenhou a Patrícia – disse João do Bailique, pondo de volta
no mostruário o uirapuru. Era uma das joias da coleção. “Quando ele canta, toda
a floresta se cala para ouvi-lo. Por isso, os cabocos acreditam que levar
consigo um uirapuru empalhado é garantia de fortuna financeira e amorosa, razão
pela qual o uirapuru é caçado sem trégua” – pensou. Era capaz de sopesar um
uirapuru mentalmente. Sabia tudo sobre aquele pássaro, e os amava por isso
também. O uirapuru-verdadeiro (Cyphorhinus aradus) mede cerca de 12,5
centímetros de comprimento e pesa entre 18 e 24 gramas. Apresenta a garganta e
a região superior do peito castanhas, o ventre e os flancos cinza pálido, e o
dorso é marrom. A cauda é curta e as patas, grandes. Nativo da América do Sul,
vive em quase toda a Amazônia brasileira – exceto no alto rio Negro e na região
oriental do Rio Tapajós –, nas Guianas, Venezuela, Colômbia, Equador, Peru e
Bolívia. Para João do Bailique, o canto do uirapuru era, de longe, o mais
melodioso de todos os pássaros canoros. Costumam cantar ao amanhecer, enquanto
constroem o ninho, para atrair a fêmea, durante apenas 15 ou 20 dias do ano,
entre meados de setembro a outubro. Bailique se lembrou da letra do <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Uirapuru</i>, do maestro Waldemar Henrique:
“Certa vez de montaria/Eu descia um paraná/O caboclo que remava/Não parava de
falar, ah, ah/Não parava de falar, ah, ah/Que caboclo falador!/Me contou do
lobisomem/Da mãe-d'água, do tajá/Disse do juratahy/Que se ri pro luar, ah,
ah/Que se ri pro luar, ah, ah/Que caboclo falador!/Que mangava de visagem/Que
matou surucucu/E jurou com pavulagem/Que pegou uirapuru, ah, ah/Que caboclo
tentador/Caboclinho, meu amor/Arranja um pra mim/Ando roxo pra pegar/Unzinho
assim.../O diabo foi-se embora/Não quis me dar/Vou juntar meu dinheirinho/Pra
poder comprar/Mas no dia que eu comprar/O caboclo vai sofrer/Eu vou
desassossegar/O seu bem querer, ah, ah/Ora deixa ele pra lá...” Também Heitor
Villa-Lobos imortalizou o uirapuru em poema sinfônico homônimo, utilizando
solos de violino, flauta, oboé e clarinete.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="line-height: 115%; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><span style="font-family: verdana;">–
O que? Como tu descobriste isso? – Danielle perguntou, estupefata.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="line-height: 115%; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><span style="font-family: verdana;">–
Ela finalmente contou para o Maurício e ele me contou.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="line-height: 115%; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><span style="font-family: verdana;">–
Meu Deus! Ela vai parir este mês e o filho dela vai ser também nosso afilhado!
Nunca quis dizer quem era o pai e agora descubro que o dito cujo mandou me
apagar. Só pode ter sido ele; quem mais teria interesse em me apagar? – ela
disse.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="line-height: 115%; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><span style="font-family: verdana;">–
Sim! Ele é o principal atravessador de grude, embora não apareça – disse João
do Bailique.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="line-height: 115%; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><span style="font-family: verdana;">Patrícia,
que nascera na Vila Progresso e ia sempre que podia lá, estava com 17 anos
quando engravidou. De rosto absolutamente simétrico, olhos imensos, gateados,
lábios de rosa vermelha, colombiana, pele de jambo novo, 60 quilos de peso
distribuídos em 1,70 metro de altura, seios fartos, quadris enlouquecedores,
pernas longas e bem torneadas, riso de cristais, e no primeiro ano do nível
médio no Colégio Amapaense, enlouquecia professores e colegas. Praticamente
morava no Hotel Caranã, pois era tratada como uma filha por Danielle.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="line-height: 115%; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><span style="font-family: verdana;">–
Era para tu teres me avisado do perigo que corrias!<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="line-height: 115%; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><span style="font-family: verdana;">–
Tu sabes que todo último sábado do mês eu preciso ir lá; mesmo com o festival
eu precisava ir lá, pois o sujeito que tentou me matar vinha ameaçando todo
mundo na cooperativa, e havia prometido que iria lá, ontem, para receber uma
resposta, a de que todo o grude conseguido pelos pescadores da vila teria de
ser vendido para ele, e pelo preço que ele determinasse. Eu confesso que não
imaginei que ia acontecer o que aconteceu. Pensei que não seria difícil pôr
tudo em pratos limpos. E depois tu estás assoberbado de trabalho, fechando a
edição especial da <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Trópico Úmido</i>.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="line-height: 115%; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><span style="font-family: verdana;">Ele
a olhou, sério.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="line-height: 115%; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><span style="font-family: verdana;">Danielle
casara-se com João do Bailique no verão anterior, mas moravam separadamente,
embora houvesse se tornado companheiros desde a faculdade de Oceanografia.
Queriam um filho, mas ambos concordavam que Bailique estava com idade avançada
demais para gerar filho, o que, em si, não seria problema; o problema era que Danielle
sabia que, segundo a Medicina Tradicional Chinesa, gerar filhos com idade
avançada era garantia de falta de energia e problemas renais para a criança.
Assim, esperavam adotar, embora como afilhado, o bebê de Patrícia, que seria
menina.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="line-height: 115%; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><span style="font-family: verdana;">–
Agora que sabemos que Jules Adolphe Lunier é o pai, e que ele estuprou a
Patrícia, que é menor de idade, podemos pegá-lo – disse Bailique. – Mas teremos
que pegá-lo, ou seja, a Polícia Federal, pelo tráfico de grude. O delegado
Malafaia descobriu que ele tem um navio que leva grude clandestino para a
China, especialmente para Hong Kong, e isso tu poderás confirmar com teus
contatos em Hong Kong. Quanto a Patrícia, seis meses depois de ter a menina,
passará uma temporada em Paris, que é o que ela quer, e poderá inclusive fazer
curso de modelo e de arte cênica. Ela já está bem adiantada no francês e no
inglês, e tem facilidade para decorar textos. O mais importante de tudo é que
ela já conseguiu superar o trauma do sequestro. O tratamento a que a submeteste
foi realmente maravilhoso. <o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="line-height: 115%; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><span style="font-family: verdana;">Abraçaram-se.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="line-height: 115%; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><span style="font-family: verdana;">Naquela
já distante manhã, na Vila Progresso, Patrícia Valente Melo, 11 anos e seis
meses, se levantou da rede e foi ao banheiro, olhou-se ao espelho e apreciou
seu rosto, simétrico, olhos imensos, gateados, lábios de rosa vermelha, pele de
jambo novo. Era extraordinariamente bonita, e sensual, embora tivesse apenas 11
anos de idade. Tudo aconteceu muito rápido. Um homem peludo entrou na casa,
colocou algo no seu nariz e ela acordou num barco, que, soube mais tarde, se
chamava <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Virgem de Nazaré</i>; levava crianças
para a boate Senzala, especializada em servir europeus que atravessavam o rio
Oiapoque, oriundos de Caiena. O carregamento, meninas sequestradas no Amapá e
Pará, seria leiloado com lance inicial de mil euros para usufruto de uma
semana, após o que seriam transportadas para Paramaribo.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="line-height: 115%; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><span style="font-family: verdana;">–
Aquele francês louco, mas que paga muito bem, o tal de Humbert Humbert, já
reservou a Patrícia. Ele vem exigindo uma menina assim igual a ela faz tempo.
Ele vai pagar nada menos do que 6 mil euros para passar uma semana com ela na
propriedade dele na Guiana Francesa, aí então a devolverá para o Caixinha de
Pose, que é o dono da boate Senzala, em Oiapoque. Aí a pegarei de volta e a
levarei para o Kunathi, por mais mil euros – contabilizou Jules Adolphe Lunier
a Tota, capitão do barco. <o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="line-height: 115%; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><span style="font-family: verdana;">A
manhã imobilizou-se, tensa como tumor maduro. Um raio chicoteou o céu quase
noturno, seguido de trovoada. A tempestade desabou com toda a fúria. Cerca de
40 minutos depois passou completamente e o mar voltou a ficar calmo. Giselle e
João do Bailique estavam pescando marlim azul na altura do Cabo Caciporé quando
avistaram o ponto flutuando. Aproximaram-se e viram uma menina com salva-vidas,
agarrada a um grande banco de madeira. Era Patrícia.</span><o:p></o:p></span></p>Unknownnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5855568031215680198.post-20272943318651866392024-02-24T20:26:00.006-03:002024-02-24T20:28:50.769-03:00JAMBU, de Ray Cunha, será autografado dia 2 de março no Belém Belém Amazônia, no Rio<p></p><table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgUW_uAnyln9mW1nnyzQzDMBUmuV2Ijk4WyhtjYk6rqAan5akwM2Z6xoUSzNNcdDIJiEVerFXfmJyz2GlpGYOP2Qg2hPHp85hvmEdorKvP_sFIIV40HYIDuWtBvR_ZSLKc9_NrC2upPBM00Lv2YLFeijj2Ad0XkXfOLx1xfpoUIAbS5AUiyHeU0Pr60OKqJ/s982/Jambu%20-%202%20de%20mar%C3%A7o%20de%202024.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="982" data-original-width="982" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgUW_uAnyln9mW1nnyzQzDMBUmuV2Ijk4WyhtjYk6rqAan5akwM2Z6xoUSzNNcdDIJiEVerFXfmJyz2GlpGYOP2Qg2hPHp85hvmEdorKvP_sFIIV40HYIDuWtBvR_ZSLKc9_NrC2upPBM00Lv2YLFeijj2Ad0XkXfOLx1xfpoUIAbS5AUiyHeU0Pr60OKqJ/w400-h400/Jambu%20-%202%20de%20mar%C3%A7o%20de%202024.jpg" width="400" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><div style="text-align: justify;"><b style="font-family: verdana;">JAMBU (Clube de Autores,</b><span style="text-align: center;"><span style="font-family: verdana;"><b> 190 páginas, 50 reais)</b></span></span><b style="font-family: verdana;"> é um thriller policial ambientado na Amazônia </b><b style="font-family: verdana;">real. Durante o Festival Gastronômico do Pará e Amapá, </b><b style="font-family: verdana;">o jornalista João do Bailique trabalha em uma edição </b><b style="font-family: verdana;">especial da revista <i>Trópico Úmido</i> sobre a Questão </b><b style="font-family: verdana;">Amazônica e investiga o tráfico de crianças para </b><b style="font-family: verdana;">escravidão sexual e grude de gurijuba. No romance, </b><b style="font-family: verdana;">personagens de ficção se cruzam com pessoas reais, </b><b style="font-family: verdana;">vivas ou mortas, como a cantora lírica Carmen Monarcha, </b><b style="font-family: verdana;">os compositores Heitor Villa Lobos e Waldemar Henrique, </b><b style="font-family: verdana;">o pintor Olivar Cunha e o poeta Isnard Brandão Lima Filho.</b></div><div style="text-align: justify;"><b style="font-family: verdana;"><br /></b></div><div style="text-align: justify;"><b style="font-family: verdana;">Ray Cunha estará autografando JAMBU, sábado, 2 de março, no templo da culinária paraense no Rio de Janeiro, o restaurante Belém Belém Amazônia, em um dos endereços mais incensados da Cidade Maravilhosa, na Avenida Rainha Elizabeth </b><span style="text-align: center;"><span style="font-family: verdana;"><b>da Bélgica 122, Loja A. Essa via liga as avenidas Atlântica, no Posto 6 de Copacabana, à Vieira Souto, em Ipanema.</b></span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="text-align: center;"><span style="font-family: verdana;"><b><br /></b></span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="text-align: center;"><span style="font-family: verdana;"><b>Abaixo, na foto 1, capa da edição que será autografada, mostrando uma cuia de tacacá; na foto 2, <a href="https://clubedeautores.com.br/livro/jambu">capa da edição atual</a>, exibindo a Fortaleza de São José de Macapá, ambas </b></span></span><b style="font-family: verdana; text-align: center;">do Clube de Autores. Você pode adquirir JAMBU também na <a href="https://www.amazon.com.br/JAMBU-RAY-CUNHA-ebook/dp/B07YQCRY53/ref=sr_1_1?__mk_pt_BR=%C3%85M%C3%85%C5%BD%C3%95%C3%91&crid=18YN09BYHT6V9&dib=eyJ2IjoiMSJ9.M1SpPjp0dhg_eyQKuJtvc47kfP9PuBEPjQ7nKJi01xu2f9yNutGyDeLBiiKTpjWKZh9qCpQJPOicSIW6CCLfilVmxOsmFAGdP_aCPaXCkzViFLu5QGj_AdG5-EFKW9t-acHWR7fjOWttNlryGXU-OyQxb7st0bBhYiore_yRAi8sd-Xs1spDO6X04MgOuV0n1V_CN5hJ9ekogZ69S_ChFA.HWBnjvac7WE8hIiTYjb8Pwue3Lzdg-P_Rgjs3yRdQhY&dib_tag=se&keywords=Jambu+Ray+Cunha&qid=1708816790&s=books&sprefix=jambu+ray+cunh%2Cstripbooks%2C284&sr=1-1-catcorr">amazon.com.br</a> e na <a href="https://loja.uiclap.com/titulo/ua44982/">Uiclap</a>.</b></div><div style="text-align: justify;"><span style="text-align: center;"><span style="font-family: verdana;"><b> </b></span></span></div><div style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhfQEZ84CG8XkbMZWsPRX9-3yD-96OQBLhdHvMhxzc67IYoK9IA6meBCqGlIXmddj0SFFGr5Akf8xNdlYyCxFE9RuxGgn39-HgRbLjhYqDVHTSJwD8kroXUDx9k2ktOvhwVIApGDFdtbXIDZtX1VywH6yh9NHVncqs5-VzUkFhKJMmf9ph2khovSoq1PNcz/s643/Capa.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="643" data-original-width="453" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhfQEZ84CG8XkbMZWsPRX9-3yD-96OQBLhdHvMhxzc67IYoK9IA6meBCqGlIXmddj0SFFGr5Akf8xNdlYyCxFE9RuxGgn39-HgRbLjhYqDVHTSJwD8kroXUDx9k2ktOvhwVIApGDFdtbXIDZtX1VywH6yh9NHVncqs5-VzUkFhKJMmf9ph2khovSoq1PNcz/w450-h640/Capa.jpg" width="450" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><span style="text-align: center;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgy9vHZBVk6_cDpfHR2lAoSOGIw6TkXBkTKAxSvkoLTIw80hRmDq2SoRM8bP39Bpkcp7gEopS4E4DtnRwBy_usf3aTle33OIuEAqQhkZD0YYjVMNrcEG6O-Frdpo_nvRf51buRWse1mbaqFtc9enpw_Eh1fR690z-IIs3PFcy3vUPb16O1s1aiKrr0PVggY/s643/Jambu%20Nova%20Capa.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="643" data-original-width="453" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgy9vHZBVk6_cDpfHR2lAoSOGIw6TkXBkTKAxSvkoLTIw80hRmDq2SoRM8bP39Bpkcp7gEopS4E4DtnRwBy_usf3aTle33OIuEAqQhkZD0YYjVMNrcEG6O-Frdpo_nvRf51buRWse1mbaqFtc9enpw_Eh1fR690z-IIs3PFcy3vUPb16O1s1aiKrr0PVggY/w450-h640/Jambu%20Nova%20Capa.jpg" width="450" /></a></div></span></div></td></tr></tbody></table><p></p>Unknownnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5855568031215680198.post-67506259669902972452024-02-24T19:04:00.001-03:002024-02-24T19:05:38.381-03:00O que acontece na ilha de Marajó é de arrepiar os cabelos. É de deixar os pedófilos malucos<p></p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjT6eLcsC4zDFmRpq9mb1cJ2tW4gmWdfC-sMSOdExlyDq6tKMJMR_a6O8lKwVd6_MvXgoBuET-VX4NueCUFVmaJ75DwAp9QNuL2p1uIpJDB_Xt-HX0ow3bArUYDpvoTzh4caKBWXQpHilfWRDlMZprBdtpBuq86EiGUaOoY-qMUiAMRnAqeZBpceiDpAG8J/s235/Capa%20nova.png" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="235" data-original-width="158" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjT6eLcsC4zDFmRpq9mb1cJ2tW4gmWdfC-sMSOdExlyDq6tKMJMR_a6O8lKwVd6_MvXgoBuET-VX4NueCUFVmaJ75DwAp9QNuL2p1uIpJDB_Xt-HX0ow3bArUYDpvoTzh4caKBWXQpHilfWRDlMZprBdtpBuq86EiGUaOoY-qMUiAMRnAqeZBpceiDpAG8J/w430-h640/Capa%20nova.png" width="430" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="font-family: verdana;"><b>Compre o romance-reportagem O CLUBE DOS ONIPOTENTES no<br /><a href="https://clubedeautores.com.br/livro/o-clube-dos-onipotentes">Clube de Autores</a> ou na <a href="https://www.amazon.com.br/Clube-dos-Onipotentes-Ray-Cunha-ebook/dp/B09BDDYS9Q/ref=sr_1_1?__mk_pt_BR=%C3%85M%C3%85%C5%BD%C3%95%C3%91&crid=F6FZ0JDAB5B6&dib=eyJ2IjoiMSJ9.ZFzs7leZWkI5LrQzU_rAZrMxKAilYyJX3o0FmljfuNQAG7BLpbZoUFiCaaYxGXHp.DpzUQVJSlY81rnix7o72YnrGJqE6XgLnUuy_YZtrrSo&dib_tag=se&keywords=O+Clube+dos+Onipotentes&qid=1708812212&s=books&sprefix=o+clube+dos+onipotente%2Cstripbooks%2C285&sr=1-1">amazon.com.br</a>: um perfil do Brasil real</b></span></td></tr></tbody></table><span style="font-family: verdana;"><b> </b></span><div><b style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">RAY CUNHA</span></b><b style="text-align: justify;"><o:p><span style="font-family: verdana;"> </span></o:p></b><p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><b>BRASÍLIA, 24 DE FEVEREIRO DE
2024 </b>– Há décadas que Dom José Luís Azcona Hermoso, bispo emérito prelado
de Marajó, no estado do Pará, denuncia a exploração sexual de crianças no
arquipélago. Desde 12 de abril de 1987, vive em Soure, na ilha de Marajó, e vem
denunciando a situação miserável da população do arquipélago, a devastação
ambiental, a pesca predatória e a exploração de crianças na prostituição e
escravidão sexual, e tráfico de crianças e mulheres para a Guiana Francesa e a
Europa.</span><span style="font-family: verdana;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">A senadora Damares Alves (Republicanos/DF) também já denunciou o crime
horrendo que se passa no Marajó, e que é do conhecimento de todos, até dos
jacarés. Durante seu exercício como ministra da Mulher, da Família e dos
Direitos Humanos, de 2019 a 2022, durante o governo do presidente Jair
Bolsonaro, Damares Alves, que é advogada e pastora evangélica, pôs a boca no
trombone. O resultado é que líderes e artistas da esquerda mugiram que Damares
estava mentindo; fake news, como se diz.</span><span style="font-family: verdana;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">A artista de televisão Xuxa Meneghel queria a cassação de Damares e o
Ministério Público Federal cobrou dela uma indenização de 5 milhões de reais por
fake News. Mas os ecos do coração das trevas no Marajó é tão indecente que é
como água represada que se avoluma e transborda.</span><span style="font-family: verdana;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Agora, o assunto volta, como pedrada na cara dos coronéis paraenses. A
cantora gospel Aymeê Rocha divulgou uma canção-denúncia, <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Evangelho de Fariseus</i>, que mexe no inferno da Ilha de Marajó: abuso
sexual e tráfico de órgãos. “Marajó é uma ilha a alguns minutos de Belém, minha
terra. E lá tem muito tráfico de órgãos. Lá é normal isso. Tem pedofilia em
nível hard. As crianças de 5 anos, quando veem um barco vindo de fora com
turistas... Marajó é muito turístico e as famílias lá são muito carentes. As
criancinhas de 6 e 7 anos saem numa canoa e se prostituem no barco por 5 reais”.</span><span style="font-family: verdana;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">No meu livro-reportagem O CLUBE DOS ONIPOTENTES, que traça um perfil
do Brasil de agora, eu abordo a questão marajoara: “A ilha de Marajó é maior do
que a Jamaica, Porto Rico ou Trinidad e Tobago, no Caribe, ou do que a Córsega,
na França mediterrânea, ou a ilha de Creta, no mesmo mar europeu-africano, e o
arquipélago é rico: suas praias atlânticas são deslumbrantes; seus açaizais,
imensos; seu rebanho bubalino é o maior do Brasil; sua cerâmica é exportada
para o mundo inteiro, via Icoaraci, ou Vila Sorriso, bairro de Belém; e sua
produção de pescados contribui para que o Pará seja um grande produtor de
peixes.</span><span style="font-family: verdana;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">“Mas neste arquipélago ratos d’água atacam casas de ribeirinhos,
roubam e estupram as mulheres; curumins morrem devorados por verme, ameba,
giárdia, malária, ou são estuprados dentro de carros enquanto balsas cruzam os
rios, e no interior de embarcações, silenciadas, no seu sofrimento, por comida;
nas balsas que cruzam os rios do arquipélago crianças são empurradas aos mais
torpes atos, às vezes a troco de querosene, para acender lamparinas.</span><span style="font-family: verdana;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">“Quando as embarcações se aproximam, meninas partem em grupo em canoas
e remam em direção a balsas, barcos e navios. É lançada uma corda para ajudar
as “balseiras”, como são chamadas, a subir às embarcações, onde tentam vender
produtos agrícolas. Mas os homens geralmente estão interessados em outra coisa,
e as estupram a troco de pacotes de biscoito, leite em pó ou condensado, ou
óleo diesel.</span><span style="font-family: verdana;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">“Em declaração ao jornal <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Beira
Rio</i>, da Universidade Federal do Pará (UFPA), a pesquisadora Monique Loma
explicou que as famílias não veem isso como exploração sexual, mas como “uma
oportunidade para eles; além de gerar renda, os pais olham para a prática como
uma chance de as meninas se casarem com algum marinheiro e terem uma chance
melhor na cidade”.</span><span style="font-family: verdana;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">“E revela: “Quando contamos à família o que está acontecendo, o que
essa atitude gera, percebemos que eles não tinham noção sobre a legislação ou
sobre os Direitos da Criança e do Adolescente. Jamais poderiam fazer uma
ocorrência, pelo simples fato de aquilo ser o cotidiano deles, não um crime”.</span><span style="font-family: verdana;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">“E o choque: “Foi uma surpresa ver que, para elas, aquilo era
brincadeira. Algumas afirmaram estar procurando o príncipe encantado. A
naturalidade com que elas falavam de tudo foi um choque. Como eu poderia falar
de violência sexual, de exploração, se elas nunca tinham ouvido esses termos?”</span><span style="font-family: verdana;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Se houvesse vontade política, o Marajó sozinho faria do Pará um dos
mais ricos estado da União, mas aí os coronéis não ficariam bilionários. O
CLUBE DOS ONIPOTENTES: “Ana Sá estava sondando a instalação de uma base de
lançamento de foguete no cabo Maguari, município de Soure, ilha de Marajó,
Pará, onde possuía um mundo de terras e de búfalos.</span><span style="font-family: verdana;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">“O cabo Maguari é talvez o melhor ponto do planeta para o lançamento
de foguetes. Situado praticamente na Linha Imaginária do Equador, afastado de
aglomerações humanas e defronte para o Oceano Atlântico, área de escape por
excelência em caso de acidente, localiza-se no maior arquipélago
marítimo-fluvial do mundo, o Marajó, formado por cerca de 2.500 ilhas, mas que,
na verdade, ninguém sabe quantas são, pois algumas surgem de repente, ou somem.</span><span style="font-family: verdana;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">“A maior delas, homônima, mede 42 mil quilômetros quadrados, quase do
tamanho da Suíça, constituindo-se na maior ilha na costa do Brasil e a maior
ilha marítimo-fluvial do planeta. O arquipélago é banhado ao norte e a oeste
pelo delta do Amazonas, o maior rio do mundo; ao sul, pelo rio Pará, que é um
canal formado pelas águas de inúmeros rios, principalmente o Amazonas e o
Tocantins, e que desemboca, a sudeste, na baía de Marajó; e, a leste, o
arquipélago é banhado pelo Oceano Atlântico. A cidade de Soure fica a 80
quilômetros de Belém, a capital do Pará, o estado mais emblemático da Amazônia,
pois encerra nele amostras de todo o Trópico Úmido.</span><span style="font-family: verdana;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">“Ana pretendia fabricar foguetes, satélites e componentes no Distrito
Industrial de Barcarena, com energia hidroelétrica da usina de Tucuruí,
transportá-los de balsa do Porto de Vila do Conde, o maior do Pará, para Soure,
e lançá-los do cabo Maguari. A primeira série de foguetes já tinha até nome:
Jacuraru.</span><span style="font-family: verdana;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">“O topônimo do município de Soure tem origem na vila homônima no
distrito de Coimbra, em Portugal, a qual os romanos chamavam de Saurium,
“lagarto”. Os marajoaras apreciam, na panela, jacuraru, uma espécie de camaleão
comum nas ilhas. Agora, começariam a enviar jacuraru para o espaço.</span><span style="font-family: verdana;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">“Como a Linha do Equador é o local de rotação mais veloz da Terra, o
Jacuraru teria tudo para ampliar a fortuna dos Sá Dourado, assim como o PIB
francês é ampliado por três foguetes lançados na base espacial em Kourou, no
meio da selva, no Departamento Ultramarino francês, a Guiana Francesa: Ariane,
Soyuz e Vega. O maior deles, o Ariane 5, foi criado em 1996, levando para o
espaço alguns dos maiores satélites de telecomunicações e meteorologia do
planeta.</span><span style="font-family: verdana;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">“O projeto do Ariane 6, foguete de 62 metros de altura, desenvolvido
para lançar espaçonaves ainda maiores do que as transportadas pelo Ariane 5,
tem orçamento de 2,4 bilhões de euros, dinheiro dos países da Agência Espacial
Europeia (ESA); mais barato e eficiente do que o Ariane 5. Cada lançamento do
Ariane custa em torno de 100 milhões de dólares.</span><span style="font-family: verdana;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">“Mas uma nova geração de foguetes reduziu os custos. A SpaceX, Space
Exploration Technologies, do bilionário Elon Musk, pode fazer a mesma coisa que
o Ariane 5 dezenas de milhões de dólares mais barato. Os dois primeiros
foguetes da empresa são os Falcon 1 e Falcon 9, homenagem à Millennium Falcon,
de Star Wars, e sua primeira nave espacial é a Dragon, em homenagem ao filme
Puff the Magic Dragon, tudo isso concretizado em apenas sete anos”.</span><span style="font-family: verdana;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">O maior romancista da Amazônia, Dalcídio Jurandir, é de Marajó, de
Ponta de Pedras. Do tamanho de Machado de Assis e de João Guimarães Rosa,
Dalcídio só é um ilustre desconhecido porque, na Amazônia, o sucesso leva a
banimento. Eu morava em Manaus quando Márcio Souza começou a fazer sucesso com <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Galvez, o Imperador do Acre</i>. Aí, correu
nos meios literário que os originais de <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Galvez</i>,
apócrifos, chegaram às mãos de Márcio por acaso, e ele os teria publicado como
autor. Fake. Ou boato invejoso.</span><span style="font-family: verdana;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Dalcídio aparece também em O CLUBE DOS ONIPOTENTES: “Alex olhava para
a fauna que desfilava à sua frente quando foi apresentado a Bob Herman,
assessor de William Popp. Acabaram engatando uma conversa em inglês. Formado em
Literatura Americana e especializado em Literatura Ibero-Americana, Herman era
surpreendente. Lembrava um Baby Herman negro, nascido na Louisiana. E Alex era
leitor voraz; tomou gosto por literatura com seu avô, Dorinato Kubitschek
Dourado, que tinha na figura de João Guimarães Rosa o escritor máximo
brasileiro.</span><span style="font-family: verdana;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">“Com efeito, Guimarães Rosa criou uma das personagens femininas de
ficção mais extraordinárias de toda a literatura brasileira, e mundial:
Reinaldo, ou Diadorim, ou Maria Deodorina da Fé Bittencourt Marins, mulher
travestida de homem, capaz de fazer quase qualquer coisa que um homem faz.
Quando a TV Globo transpôs <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Grande Sertão:
Veredas</i> para a telinha, quem encarnou Diadorim foi Bruna Lombardi, uma das
mais belas atrizes brasileiras, entre tantas e tantas beldades. Porém, quando
se tratava de mulher, Alex estava mais para Capitu do que para mulheres
ambíguas.</span><span style="font-family: verdana;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">“– Gosto muito de Machado de Assis – disse Bob, puxando papo
exatamente para um terreno familiar a Alex.</span><span style="font-family: verdana;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">“– Trata-se do escritor mais emblemático do Brasil, por ser muito conhecido
e mulato. Na escola, tanto no ensino fundamental como no médio, os professores
costumam apresentar uma foto dele feita talvez com o propósito de disfarçá-lo,
de maquiá-lo como branco, uma tentativa de esconder que a mestiçagem é base da
etnia brasileira; somos um caldeirão étnico misturando três elementos: o
europeu, o ameríndio e o africano. O resultado é o povo mais maravilhoso que há
na face da Terra, um povo que não discrimina a cor da pele nem religiões –
disse Alex.</span><span style="font-family: verdana;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">“Bob ouvia atentamente. Pensou um pouco.</span><span style="font-family: verdana;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">“– Machado de Assis é o meu escritor brasileiro favorito – disse Bob.</span><span style="font-family: verdana;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">“– Machado é o escritor que melhor representa o Brasil, que, por sua
vez, tem uma importância fundamental no concerto das nações. O Brasil é
fundamental para o resto do mundo porque o nosso potencial em produzir
alimentos, o nosso continente tropical, o nosso sincretismo, nos fazem o
coração do mundo, a pátria do Evangelho, a potencial pátria de uma nova
humanidade. Machado é emblemático porque nasceu no morro; era pobre, é claro.
Estudou em escolas públicas, jamais frequentou universidade e foi funcionário
público a vida toda. Mas, mesmo assim, fundou a Academia Brasileira de Letras.
Os brasileiros gostam de academias. Acho que em cada uma das 5.570 cidades
brasileiras há uma academia de letras; e seus membros se sentem tão importantes
quanto Machado. Não sei o que os portugueses, que são os criadores do Brasil,
acham de Machado; talvez achem que é mais um negro tentando dizer alguma coisa
da senzala. Só não é conhecido mundialmente porque era brasileiro e escrevia em
português. Se tivesse nascido, hoje, estaria ferrado. Brasileiro, e não sei se
sempre foi assim, fazer sucesso é uma ofensa pessoal. Não sei de onde vem essa
inveja, mas é assim. Jorge Amado só fez sucesso porque foi ajudado pelo Partido
Comunista, que é uma espécie de igreja: de um lado, os cardeais; do outro lado,
a miudeza dos corruptos e a multidão de ingênuos. Amado era cardeal. Creio que
o ponto mais alto de Machado é <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Dom
Casmurro</i>, romance que tem como sinopse o ciúme. Ou fofoca? Ciúme é um
elemento muito forte na cultura brasileira. O que é ciúme? É possessividade,
uma pessoa dona do outro; e é assim que é, todo mundo é dono do outro, aqui no
Brasil. Contudo, Machado cria, em <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Dom
Casmurro</i>, senão a personagem feminina mais sensual de toda a literatura
brasileira, o que eu identifico como a mulher carioca. O fato é que Capitu é
uma personagem deliciosa, o embrião da carioca moderna, que mora ou frequenta
Copacabana, Ipanema e o Baixo Leblon, é malemolente e tem olhos de ressaca do
mar. Para muitos, Capitu simplesmente metia chifre no marido, com o melhor
amigo dele, ou amigo da onça, como se dizia nos anos sessenta do século
passado. Para outros tantos, Capitu era apenas objeto de fofoca, e seu marido,
Bentinho, paranoico. A questão é que o brasileiro, como de resto o machão
ibero-americano, se pela de medo de imaginar sua santa esposa sendo trabalhada
por terceiros. Mas fale-me de Faulkner, o grande escritor americano – Alex
pediu.</span><span style="font-family: verdana;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">“– William Faulkner usava a técnica do fluxo de consciência, também
utilizada por James Joyce, Marcel Proust, Thomas Mann, Virginia Woolf. Foi ele
que narrou, como nenhum outro escritor, a decadência do sul dos Estados Unidos,
criando inclusive um condado imaginário, Yoknapatawpha. Ele também criava
múltiplos pontos de vista simultaneamente e utilizava mudanças bruscas de tempo
narrativo. Foi genial, genial! Hoje, meu país é muito diferente do país de
Faulkner, que nasceu trinta anos após o Sul ter sido derrotado pelo Norte. O
Sul, então, vivia sob a supremacia dos brancos de origem inglesa, protestantes,
puritanos e coloniais. Antes de se tornar um dos maiores escritores de todos os
tempos, foi um faz-tudo. Como era baixinho, media 1,65 metro, foi recusado pelo
serviço militar americano, e, assim, se alistou na Força Aérea canadense.
Depois, passou um ano na Universidade do Mississippi, em Oxford, onde estudou
inglês, francês e espanhol. De lá, foi trabalhar em uma livraria em Nova York,
onde, em vez de vender livros, os lia. Foi demitido e voltou para Oxford, onde
trabalhou como carpinteiro, pintor de parede e agente dos Correios. Seu
primeiro livro foi de poemas, <i style="mso-bidi-font-style: normal;">The Marble
Faun</i>, publicado em 1924. No ano seguinte, foi para Nova Orleans, onde
conheceu e foi influenciado por Sherwood Anderson, escreveu artigos para
jornais e revistas e publicou seu primeiro romance, <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Paga de Soldado</i>, em 1926. Deixou Nova Orleans em 1929 e se
estabeleceu em Oxford, onde se casou com Estela Oldham e publicou <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Sartoris</i>, o primeiro romance passado em
Yoknapatawpha. Aí, vieram alguns livros que granjeariam respeito da crítica,
mas só começou mesmo a vender bem com <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Santuário</i>,
de 1931; porém, quando estava precisando muito de dinheiro conseguia grana em
Hollywood, como roteirista. Acho que ele chegou ao seu maior apuro com O Som e
a Fúria, de 1929, a história dos Compson, decadente família do Mississippi.
Faulkner disse que esse romance surgiu a partir da imagem de uma garotinha,
Candance, Caddy, com a calcinha suja de lama, trepada numa árvore, descrevendo
para seus irmãos pequenos e para os empregados domésticos negros o funeral da
sua avó. A trajetória de Caddy é contada por meio do ponto de vista de seus
irmãos, como Benjamin, Ben ou Benjy, que é idiota. “Uma história contada por um
idiota, cheia de som e fúria”, do monólogo de <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Macbeth</i>, de William Shakespeare, em um fluxo contínuo de passado e
presente, com o ar gasto de tanto carregar sons. Quanto à fúria, é a da
derrocada. O próprio cansaço. Quando a personagem Dilsey assume a narrativa ela
diz que os brancos se cansam facilmente, enquanto ela tinha que fazer todo o
trabalho pesado e envelhecia. Mas ela sabia que todos são iguais. Ela diz,
abrir aspas: “Os brancos morrem também. A tua avó morreu que nem qualquer
negro”. Fechar aspas. Porém o que mais me impressiona na obra de Faulkner é a
transcrição para o papel do fluxo de pensamento. Ele faz isso em longos
parágrafos, longos períodos, com pontuação irregular. É o tal fluxo de
consciência de Proust e Joyce, o que exige, no mínimo, cumplicidade do leitor,
além de muita concentração e mais ainda interesse, se não o leitor não irá
adiante – disse Bob, ao longo de uma dose dupla de bourbon.</span><span style="font-family: verdana;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">“– No Brasil, temos um escritor que me lembra Faulkner, um Faulkner
amazônida, Dalcídio Jurandir, que, por acaso, e não existe acaso, nasceu em
Ponta de Pedras, na ilha de Marajó. Ele é pouco conhecido, porque os paraenses,
que é também o povo da ilha de Marajó, não são bons para aplaudir e vender seus
próprios escritores, pelo que já observei. No seu livro mais emblemático, <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Chove Nos Campos de Cachoeira</i>, publicado
em 1941, Dalcídio cria personagens de carne, osso e alma. O personagem central
do romance, o menino Alfredo, sonha em sair do Marajó e morar em Belém, sonho
que ele reparte com um caroço de tucumã, que é um coquinho da Amazônia. Em
contraste com Alfredo, seu irmão, Eutanázio, de 40 anos, é destituído de
sonhos; não tem sequer um objetivo, nem sentido na própria vida. Vive em um
mundo absurdo. Para completar sua miséria, a jovem Irene o despreza. E assim
como fazia Faulkner, as personagens de ficção de Dalcídio povoam seus livros
como fantasmas, ora em um, ora em outro, em épocas diferentes, às vezes com o
mesmo nome. Enquanto Faulkner recria o sul dos Estados Unidos mergulhado em
sangue coagulado, espirrado da negrura do preconceito, Dalcídio apresenta uma
Amazônia suja de lama, caboclos, ou cabocos, com a alma amortecida por cachaça,
da mesma forma que seu doce linguajar silencia no amortecimento da língua pelo
espilantol, o princípio ativo do jambu, a emblemática erva do tacacá, que é uma
comida de origem indígena. Mas a lama pode surpreender, pois dela pode sair o
Saurium.</span><span style="font-family: verdana;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">“Ficaram em silêncio durante alguns segundos. Bob tomou mais um gole
de bourbon. Parecia empolgado com o conhecimento literário de Alex.</span><span style="font-family: verdana;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">“– Preciso ler esse Dalcídio – disse.</span><span style="font-family: verdana;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">“– Foram publicados 15 romances dele; creio que conseguirei pelo menos
metade, em Belém, onde uma editora, Cejup, deve ter acervo dele em estoque,
pois editou a obra de Dalcídio, senão toda, mas quase toda.</span><span style="font-family: verdana;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">“– Maravilha!</span><span style="font-family: verdana;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">“– Como nunca entraram no mercado para valer, os livros de Dalcídio
são raros, e desconhecidos, é claro. Ele é o tipo de escritor que deveria ser editado
e distribuído em edições comentadas, mas, como eu disse, os paraenses não são
bons para vender arte. Creio que haja vários trabalhos acadêmicos sobre
Dalcídio, mas não chegam às livrarias. Aliás, pouco da produção acadêmica do
Brasil, quanto mais da Amazônia, chega ao mercado. Dalcídio está naquele grupo
de escritores clássicos, como William Shakespeare, Miguel de Cervantes
Saavedra, Fiódor Mikhailovitch Dostoiévski, e todo esse pessoal que escreve em
vernáculo, e que deve ser lido em edições comentadas, a menos que o leitor os
conheça muito, ou se identifique muito com eles.</span><span style="font-family: verdana;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">“A conversa acabou bruscamente, pois William Popp chamou Bob.</span><span style="font-family: verdana;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">“– Vou providenciar para que os livros cheguem às suas mãos – disse
Alex, meio gritando, enquanto Bob se afastava, e se preparando para dar o fora
também. Ele ia dar o fora porque aquela segunda-feira começara atípica,
fazendo-o voltar a pensar em um assunto que surgiu na sua vida devido a uma
adolescente georgiana escravizada pela máfia russa.”</span><span style="font-family: verdana;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Em entrevista a este repórter, em 2008, o deputado federal Nilson
Pinto (PSDB/PA), doutor em geofísica, ex-reitor da Universidade Federal do Pará
(UFPA), afirmou: “A Hidrovia do Marajó é uma obra de infraestrutura fundamental
para o estado do Pará, promovendo a ligação mais eficiente entre Belém e
Macapá, passando pelo centro da ilha do Marajó e economizando horas de viagem.
Essa obra, que é simplíssima, enfrenta percalços por falta de conhecimento,
pelo excesso de zelo gerado pelo desconhecimento de algumas autoridades.</span><span style="font-family: verdana;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">O Ministério Público entende que a obra criaria problemas ambientais e
tem procurado impedir de todas as formas que seja realizada, e tem conseguido
isso, até agora. Há excesso de zelo de um lado e desconhecimento de causa por
outro lado. Tem-se apenas de construir um canal de 32 quilômetros, numa região
plana, desabitada, sem, absolutamente, nenhum tipo de problema que possa surgir
com a construção do canal. A obra se resume, praticamente, na construção do
canal.</span><span style="font-family: verdana;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">“Para quem acha que isso é algo portentoso e agressivo ao meio
ambiente, eu recomendo que faça uma visita, in loco, ou pela internet, ao canal
Reno-Danúbio, na Alemanha, concluído há várias décadas e que liga a bacia do
rio Reno à bacia do rio Danúbio. O Reno deságua no Mar do Norte. O rio Danúbio
deságua no Mar Negro. Assim, os alemães ligaram o Mar do Norte ao Mar Negro.
Trata-se de um canal de 171 quilômetros de extensão, com 66 eclusas, com
desníveis fantásticos, tudo em plena operação, no coração da Alemanha,
avançando por terras que têm toda uma história pretérita, que vem do tempo do
Império Romano, passando por preciosidades arqueológicas e pelo coração de um
país que tem um amor pela questão ambiental fantástico. A obra foi feita no
meio da Alemanha e não gerou absolutamente nenhuma reclamação, no país que mais
cuida do meio ambiente no mundo.</span><span style="font-family: verdana;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">“Para fazer uma obra cinco vezes menor, de impacto ambiental mil vezes
menor, na ilha do Marajó, nós temos um problema terrível com o Ministério
Público. Eu não acredito que seja por conhecimento de causa, o que mostraria
que essa obra não causará praticamente nenhum impacto ambiental. Acredito, sim,
que é desconhecimento de quem acha que vai preservar a Amazônia impedindo que
as pessoas que nela moram de ter melhores condições de sobrevivência. É um
enorme equívoco do Ministério Público, que não tem competência técnica para
opinar e está exorbitando da sua função. Deveriam se basear nos trabalhos dos
órgãos técnicos competentes nessa área e não emitir pareceres apenas para
defender uma posição aparentemente de defesa da Amazônia, do meio ambiente, mas
que, na verdade, é uma posição absolutamente retrógrada, que nada tem a ver com
desenvolvimento sustentável.</span><span style="font-family: verdana;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">“O Ministério Público se arvora o direito de defender uma causa que
não é de ninguém, mas causa de um ou outro visionário que resolveu fazer de uma
questão pequena algo grandioso, não sei com que finalidade. O caso está na
Justiça, que tem de se basear naquilo que é correto do ponto de vista do
aproveitamento das nossas hidrovias, dos rios, que são as vias naturais que
temos para deslocamento na Amazônia; tem que se basear na verdade extraída da
competência técnica das instituições amazônicas, para poder dar a decisão. Não
podemos ficar com uma visão unilateral emperrando o desenvolvimento da região,
a melhoria da qualidade de vida da população. O Ministério Público precisa se
reciclar. A minha sugestão é que o pessoal do Ministério Público estude mais.
Não basta trabalhar com a visão ideológica. Aliás, o Ministério Público não existe
para trabalhar com visão ideológica. Ele tem de trabalhar pelo interesse da
sociedade, dentro da visão legal.</span><span style="font-family: verdana;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">“Há um claro exagero por parte dos ambientalistas. É necessário para
qualquer obra importante, em qualquer lugar e, principalmente, na Amazônia, que
se tomem os cuidados para se evitar impactos ambientais de porte. Isso é
necessário e existe conhecimento técnico em várias instâncias, neste país, para
assessorar a realização de uma obra sempre que isso é necessário. O que nós não
podemos aceitar é a visão da redoma. Somos frontalmente contra a visão
preservacionista que vê apenas a floresta e esquece as pessoas que moram na
floresta, uma posição absolutamente atrasada” – argumentou Nilson Pinto.</span><span style="font-family: verdana;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Segundo o marajoara ex-senador Mário Couto (PSDB/PA), “o Ministério
Público Federal já recebeu mais de 50 quilos de documentos da parte do governo
do Pará, mostrando que os impactos ambientais da hidrovia serão mínimos,
comparados aos impactos positivos que ela proporcionará; as medidas mitigadoras
e ações compensatórias, já detalhadas em farta documentação, superam qualquer
dano que a obra possa causar”.</span><span style="font-family: verdana;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">O projeto da Hidrovia do Marajó é fruto de convênio celebrado entre os
governos estadual e federal, com contrapartida de 50%. Segundo relatório da
Administração das Hidrovias da Amazônia Oriental (Ahimor), “já foram realizados
todos os estudos técnicos e ambientais (EIA/Rima) para a dragagem de 32
quilômetros do canal destinado a perenizar a interligação das bacias dos rios
Atuá e Anajás, interligação já existente pela própria natureza, mas durante
somente seis meses de cheia”.</span><span style="font-family: verdana;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">A construção da hidrovia consiste na dragagem de 9 milhões de metros
cúbicos de sedimentos entre os rios Atuá e Anajás, a fim de garantir a
navegação na época da seca, de comboios com até 2.800 toneladas de capacidade
de carga em quatro chatas, de Belém a Macapá, vice-versa. Segundo o projeto, a
hidrovia atravessará pelo meio o arquipélago no sentido sudeste-noroeste,
levando novas oportunidades de emprego e de renda para a população local e
facilitando o escoamento da produção de todo o Marajó. Os 580 quilômetros que
hoje separam Belém de Macapá, porque a ilha do Marajó tem de ser contornada,
diminuirão para 432 quilômetros pelo meio da ilha. Haverá uma redução de 148
quilômetros entre a capital do Pará e a capital do Amapá.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">A proximidade da hidrovia com o porto de Santana, na zona
metropolitana de Macapá, possibilitará que produtos paraenses, como, por
exemplo, açaí, piramutaba, cerâmica de Icoaraci e minérios cheguem aos Estados
Unidos, Europa e Japão com redução de custo.</span><span style="font-family: verdana;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">“Além disso, a obra vai permitir acesso aos diversos recursos naturais
da região marajoara, modernização do seu parque agropecuário e suprimento dos
mercados consumidores de Belém e Macapá, viabilizando a criação de bacias
leiteiras e estimulando a piscicultura” – observa ainda o relatório da Ahimor,
alinhando. A hicrovia desenvolverá o turismo flúvio-ecológico e a integração
nacional do Marajó e do Amapá, por meio da Hidrovia Araguaia-Tocantins, outra
obra da maior importância para a Amazônia.</span><span style="font-family: verdana;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">A Secretaria Executiva de Transportes do Pará e a Ahimor cumpriram
todas as exigências legais, tais como elaboração de EIA/Rima e realização de
audiências públicas. Em setembro de 1998, a Secretaria Executiva de Ciência,
Tecnologia e Meio-Ambiente do Pará concedeu a licença ambiental para instalação
da obra, que foi renovada anualmente, até 2002. Acontece que, por força da ação
civil pública proposta pelo Ministério Público Federal, até hoje o projeto da
hidrovia não conseguiu sair do papel e a consequência disso é que a população
do Marajó sofre os efeitos devastadores de doenças infectocontagiosas,
principalmente malária, de erradicação remota diante da dificuldade de ações
necessárias para debelar a doença.</span><span style="font-family: verdana;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">O governo do estado e o Ministério dos Transportes chegaram a tomar
todas as providências para o início das obras, inclusive a avaliação das terras
localizadas nos municípios de Anajás e Muaná, feita por técnicos do Instituto
de Terras do Pará (Iterpa). Procuradores do estado foram ao encontro dos
comunitários para fazer o pagamento das indenizações no próprio local. Um
convênio para distribuição do material lenhoso também foi celebrado com as
prefeituras de Anajás e Muaná. Além disso, um plano de saúde foi elaborado para
atender a área de influência da futura hidrovia. O plano envolve a construção
de ambulatórios, proteção aos operários que trabalharão na obra e imunização
contra doenças endêmicas. O fato é que está tudo pronto para que a obra seja
realizada. Só depende do Ministério Público Federal.</span><span style="font-family: verdana;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Mas a Hidrovia do Marajó sairá do papel se os parlamentares do Pará e
do Amapá no Congresso Nacional e nas assembleias legislativas dos dois estados
quiserem. No Congresso Nacional, quando uma bancada se une em torno de um
projeto, pode qualquer coisa. Nem Alexandre de Moraes, nem os 11 supremos
barram.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Na Amazônia, era Deus no céu e o Exército na Terra. Agora, a coisa
está mudando. O crime organizado está cada vez mais organizado, e à vontade.</span><o:p></o:p></p></div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5855568031215680198.post-66057316076001159222024-02-22T07:33:00.002-03:002024-02-22T12:06:50.626-03:00Para sempre, agora<p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"></span></p><div style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhuTkYPSUwFbYJHNw45G-hZRYDx8VbeOwRujZrsSdR6l-8QDPB_KNbM-cpNuTOZ6Qnr1rIeARlTGvg60LTU7fSY2EyNb6-KRuI2h2iG3C7z_e5J99L6hNvS28eadPHtejqazaWRK6fdadp7pyN_bbfTE5NFgHQeUzbsFY83ElPZQtj23jR7xuVejkbegaTc/s1280/Iasmim%20-%2010-06-2020.jpg"><img border="0" data-original-height="1280" data-original-width="1280" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhuTkYPSUwFbYJHNw45G-hZRYDx8VbeOwRujZrsSdR6l-8QDPB_KNbM-cpNuTOZ6Qnr1rIeARlTGvg60LTU7fSY2EyNb6-KRuI2h2iG3C7z_e5J99L6hNvS28eadPHtejqazaWRK6fdadp7pyN_bbfTE5NFgHQeUzbsFY83ElPZQtj23jR7xuVejkbegaTc/w400-h400/Iasmim%20-%2010-06-2020.jpg" width="400" /></a></div><b style="font-family: verdana;"><p style="text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.blogger.com/video.g?token=AD6v5dx1QvjZ9pHLKHZH2bflv--txSV8SiDpDeXMlHibO6VacnaJoIoqxOkLRBo9CW3IcjYmoh9NUtCVXpF4OvLeaw' class='b-hbp-video b-uploaded' frameborder='0'></iframe></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen="" class="BLOG_video_class" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/FUBsqFTTaI0" width="320" youtube-src-id="FUBsqFTTaI0"></iframe></div><b><p style="text-align: justify;"><b><br /></b></p><p style="text-align: justify;"><b>RAY CUNHA</b></p></b><p></p><p style="text-align: justify;"> </p></b><p></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Onde vive Iasmim?<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">No Planalto Central<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Onde jorra leite e mel<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Terra da manga, do abacate, do morango<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">A irmã de Roma<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Flor do Cerrado<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Brasília, onde pulsa o Coração do Brasil<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><o:p><span style="font-family: verdana;"> </span></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Onde estará Iasmim?<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Na Península Ibérica, portal da História<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Terra dos seus ancestrais <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Nas cidades mediterrâneas<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Bebendo vinho de deuses<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Estará em Paris, Londres, </span><span style="font-family: verdana;">Roma</span><span style="font-family: verdana;">?</span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Está na Cidade do Porto, em Portugal<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><o:p><span style="font-family: verdana;"> </span></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Vive no mundo todo <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Na Velha Europa, na Ásia, na África, na Amazônia <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">No mar, nas montanhas<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Escalando o Pico da Neblina e pousando em Copacabana, no Posto 6<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Como elétron, porque ela ama <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Sua missão é ser feliz, fazer felizes os outros<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Como luz que se eterniza, agora</span></p>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5855568031215680198.post-42127426885250385812024-02-18T19:01:00.007-03:002024-02-18T19:01:57.940-03:00TRÓPICO: qualquer semelhança com a realidade é mera coincidência. Em Brasília é assim mesmo<p style="text-align: justify;"><b><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhDZCTXQKd1snq8ccOGsZ_9Foo7e_rQJcELq66jintmuCkjS4oF1gHz7BSMstL35HUEHx3c3XZW0sQYEXKkf4Dx2v57wupcKcM7JHADvgAUG5mPKLYXmkgEjwPFpPOV89aIAx_l6DIL5pcRpMqivlu6-g3grCPMVcSzy512Kp8wJmNTMlzVD0e4ukILZ-aA/s673/Tr%C3%B3pico.png" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="673" data-original-width="453" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhDZCTXQKd1snq8ccOGsZ_9Foo7e_rQJcELq66jintmuCkjS4oF1gHz7BSMstL35HUEHx3c3XZW0sQYEXKkf4Dx2v57wupcKcM7JHADvgAUG5mPKLYXmkgEjwPFpPOV89aIAx_l6DIL5pcRpMqivlu6-g3grCPMVcSzy512Kp8wJmNTMlzVD0e4ukILZ-aA/s16000/Tr%C3%B3pico.png" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="font-family: verdana;"><b>Edição do Clube de Autores: Tuiuiú Crucificado, de Olivar Cunha</b></span></td></tr></tbody></table></b></p><p style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: verdana;">RAY CUNHA</span></b><b><o:p><span style="font-family: verdana;"> </span></o:p></b></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="mso-bidi-font-size: 12.0pt;">BRASÍLIA, 18 DE FEVEREIRO DE 2024</span></b><span style="mso-bidi-font-size: 12.0pt;"> – Desde 1987, acompanho o dia a dia da
política em Brasília. Trabalhei nos maiores jornais da cidade e alguns portais,
como repórter, redator e editor, bem como prestei assessoria de imprensa para
vários congressistas, durante mais de meia década, o que me proporcionou um
filão de personagens, situações e ambientes para meu trabalho de criação.</span></span><span style="font-family: verdana;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><span style="font-family: verdana;">Esse tipo de experiência
que o jornalismo fornece ao escritor é usado por todos nós. Ernest Hemingway,
por exemplo, usou esse recurso largamente. Seu mais ambicioso romance, <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Por Quem os Sinos Dobram</i>, é ambientado
no que Hemingway viveu durante a Guerra Civil da Espanha, como jornalista.</span></span><span style="font-family: verdana;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><span style="font-family: verdana;">Basta lermos um
pouco sobre a imprensa brasileira durante a virada do século XIX para o XX para
vermos escritores, como Machado de Assis, acompanhando a política com artigos e
crônicas e usando também esse material no seu trabalho de criação. Aliás, é uma
tradição mundial os escritores ganharam a vida como jornalistas. É claro que,
quem pode, procura ficar longe das redações, principalmente, hoje, no Brasil,
com uma imprensa tão podre que fede longe.</span></span><span style="font-family: verdana;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><span style="font-family: verdana;">Pois bem, conheço
razoavelmente o Congresso Nacional, a Praça dos Três Poderes e a Esplanada dos
Ministérios. Atualmente, aparece, eventualmente, algum político encomendando um
editorial, ou algum empresário da mídia me pedindo um artigo ou uma matéria. Desde
que isso não signifique empurrar uma peixeira no ventre da verdade, escrevo-os,
e isso me proporciona algum dinheiro. Mas procuro reservar meu tempo para
escavar minha memória e alicerçar meu trabalho de invenção.</span></span><span style="font-family: verdana;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">TRÓPICO (Editoras
<b><a href="https://clubedeautores.com.br/livro/tropico">Clube de Autores</a></b> e <a href="https://www.amazon.com.br/TR%C3%93PICO-RAY-CUNHA-ebook/dp/B0CVNQGJHQ/ref=sr_1_1?__mk_pt_BR=%C3%85M%C3%85%C5%BD%C3%95%C3%91&crid=OWLALPBVV6HP&keywords=tr%C3%B3pico+ray+cunha&qid=1708293656&s=books&sprefix=tr%C3%B3pico+rsay+cunh%2Cstripbooks%2C369&sr=1-1"><b>amazon.com.br</b></a>, 229 páginas) reúne 29 contos, a maioria
ambientada na Brasília política. Porque existe a Brasília dos candangos, dos
brasilienses, gente trabalhadora e honesta. A Brasília política abriga uma
fauna enviada por todos os estados do Brasil; nenhum com marca na testa.</span><span style="font-family: verdana;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><span style="font-family: verdana;">Já teve até um
deputado, Hildebrando Pascoal Nogueira Neto, do Acre, que matava pessoalmente
seus desafetos com motosserra, cortando-os vivos, a partir dos membros. E tem
deputado que já foi flagrado pela polícia com a cueca recheada de dinheiro
roubado, assim como colarinho branco graduado com malas de dinheiro clandestino,
compra de parlamentares, assalto a estatais, o cão chupando manga verde no
despautério do mundo.</span></span><span style="font-family: verdana;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><span style="font-family: verdana;">Em TRÓPICO, há esse
ambiente. Bandidos de alta periculosidade, matadores de aluguel, rede de prostituição,
jornalistas canalhas, excrescências capazes de entregar até suas filhas aos
mandachuvas. Mas, caro leitor, uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra
coisa. A fauna que pulula em TRÓPICO são apenas personagens de ficção.</span></span><span style="font-family: verdana;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><span style="font-family: verdana;">Selecionei um conto
de TRÓPICO para o distinto leitor. Boa leitura!</span></span><span style="font-family: verdana;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: verdana;">O Deputado</span></i><span style="font-family: verdana; text-indent: 35.4pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: verdana;">O deputado parecia uma égua
prenha de tão barrigudo. Acabara de comer de uma marmita de um quilo a mesma
comida gordurosa que seu chefe de gabinete, e soltava pequenos arrotos em
sequência.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: verdana;">– É pegar ou largar – disse para seu
assessor de imprensa.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: verdana;">O caso era o seguinte: o deputado
fora eleito líder da Minoria e colocaria seu assessor de imprensa lá, desde que
ele concordasse em lhe repassar um terço do seu salário.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: verdana;">– Eu lhe dou a resposta, amanhã,
deputado – disse o assessor de imprensa.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: verdana;">O deputado pensou um pouco.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: verdana;">– Está bem – disse. – Amanhã!<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: verdana;">A esposa do deputado, que estava
presente, disfarçava lixando as unhas, mas estava atenta ao diálogo. Era uma
dessas mulheres fúteis, que passava a vida participando de festas com o único
objetivo de aparecer nas colunas mundanas.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: verdana;">“Liderança da Minoria, meu Deus,
onde fui parar” – pensava o jornalista, ao deixar o gabinete do deputado. “E
ainda ter que continuar a dar o suor do meu rosto a esse depravado...” Ele
sabia o que é que o deputado fazia, de vez <st1:personname productid="em quando. Enquanto" w:st="on">em quando. Enquanto</st1:personname>
uma assessora dirigia seu carro, ele comia a outra no banco traseiro. Depois, a
que acabara de ser comida ia ao volante enquanto a outra era papada. O deputado
parecia um porco reprodutor. A mulher dele devia saber de tudo, mas não se
importava. Certamente tinha seu pé de pano. “Bom, de qualquer forma tenho que
dar uma resposta a esse filho de uma égua.”<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: verdana;">No dia seguinte, o assessor de
imprensa se apresentou ao novo líder da Minoria, para dar a resposta.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: verdana;">– Consegui um salário de 10 mil
reais, mas tu vais repassar 5 mil para o Machado (o chefe de gabinete) e vais
ter que atender ao gabinete e à liderança. Outra coisa: para de replicar
matéria falando mal do Presidente. Vamos publicar no site somente matérias
positivas, mostrando o crescimento do país. Que mania, só ver o lado ruim das
coisas! Quero que tu cries um blog para mim e também quero ter um Twitter –
disse o deputado, igual uma metralhadora.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: verdana;">O soco pegou-o na boca e ele caiu
igual Silvio Berlusconi quando tomou aquela porrada... Levantou-se grogue. O
chefe de gabinete, que também estava na sala, ficou amarelo.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: verdana; text-indent: 35.4pt;">– Filho duma égua, eis teu
Twitter, ladrão do caralho. Acho que vou fazer teu parto, mensaleiro buchudo.
Mete esse ultraje, que é a liderança da minoria, na flor do teu jardim de trás
– disse o assessor de imprensa.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: verdana;">– Você não pode fazer isso –
balbuciou o chefe de gabinete e levou um tabefe na cara.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: verdana;">Estavam somente os três homens no
gabinete e um gabinete ao lado passava por reforma, de modo que o barulho na
sala era abafado pela barulheira ao lado.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: verdana;">– E mais, patife, tu vais me
pagar 24 mil reais, agora, referentes aos 1 mil reais que repasso todo mês, há
dois anos. Agora! Anda, assinas o cheque! Tenho todos os recibos bancários dos
depósitos na conta desta anta corrupta, aqui – disse, apontando para o chefe de
gabinete. – Vamos! Vamos! Não há sobre o que pensar. Se não, vou rebentar com
vocês. Tenho alguém no jornal <i style="mso-bidi-font-style: normal;">O Estado de
S.Paulo</i> que publicará minha história com prazer, pois tenho documentos
também daqueles favores que tu fizeste para o Sarnento Filho. Anda! Anda!...<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: verdana;">“Ai, que alívio deixar esse
esgoto” – disse o assessor de imprensa, de si para si. Do zebrinha ele via a
Esplanada dos Ministérios, “capital da corrupção”. Com os 24 mil reais iria
respirar um pouco em Salinópolis.</span><o:p></o:p></p>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5855568031215680198.post-53279225447781969532024-02-17T13:07:00.002-03:002024-02-17T13:07:43.333-03:00Histórias nas grandes cidades da Amazônia<p style="text-align: justify;"><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgFDvVBnxcv4Y3iXoLb2u62PSJT_nQiISgOCnWw6iGV8z0l88GMgNEe70JrW2rdXXEObtRO8-JBb0_EaBqjnFtOA08KAUkmplfEdPQLZqyqf6nl4MO3B-hWQBqzv1X_I76pZlCjyguacokhw9t-Vcr8pV65NnhOU9P2QQTULun72PQzA9JxjHNH-yi7WIfo/s3264/Ray%20Cunha%20-%20Amaz%C3%B4nia.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="2448" data-original-width="3264" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgFDvVBnxcv4Y3iXoLb2u62PSJT_nQiISgOCnWw6iGV8z0l88GMgNEe70JrW2rdXXEObtRO8-JBb0_EaBqjnFtOA08KAUkmplfEdPQLZqyqf6nl4MO3B-hWQBqzv1X_I76pZlCjyguacokhw9t-Vcr8pV65NnhOU9P2QQTULun72PQzA9JxjHNH-yi7WIfo/w400-h300/Ray%20Cunha%20-%20Amaz%C3%B4nia.jpg" width="400" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="font-family: verdana;"><b>AMAZÔNIA: 28 contos ambientados nas cidades e na Hileia</b></span></td></tr></tbody></table></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><b>RAY CUNHA</b></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><b>BRASÍLIA, 17 DE FEVEREIRO DE 2024</b> </span><span style="font-family: verdana;">– AMAZÔNIA (Editoras <a href="https://clubedeautores.com.br/livro/amazonia-4">Clube de Autores</a> e <b><a href="https://www.amazon.com.br/AMAZ%C3%94NIA-CONTOS-RAY-CUNHA-ebook/dp/B0CTWRGDTS/ref=sr_1_1?__mk_pt_BR=%C3%85M%C3%85%C5%BD%C3%95%C3%91&crid=2XC0PFPF5OI2E&keywords=amazonia+ray+cunha&qid=1708186042&s=books&sprefix=amaz%C3%B4nia+ray+cunha%2Cstripbooks%2C306&sr=1-1">amazon.com.br</a></b>, 29 contos, 363 páginas), deste escritor, acaba de ser publicado. A diferença de outros autores da região é que a maioria desses contos se desenrola nas grandes cidades da Hileia.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Ribeirinho nascido na Macapá/AP de 1954, repórter nos maiores jornais da Amazônia e leitor da literatura científica, histórica e de ficção do Trópico Úmido, posso trafegar com familiaridade pelas grandes cidades da região, como Belém e Manaus, bem como pela selva ínvia.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">São contos prenhes de dramas urbanos e tragédias na selva, com personagens de ficção que sobrevivem nas cidades da grande floresta e, às vezes, se internam na selva, de onde somente alguns logram retornar. O contrário também ocorre; cabocos migram para a cidade grande e, sem compreendê-la, encurtam suas vidas.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Selecionei, aqui, um dos contos de Amazônia. Boa leitura!</span></p><p style="text-align: center;"><span style="font-family: verdana;">MUITO ALÉM DE MIM</span></p>
<p class="MsoNormal" style="mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: verdana;">Tenho tentado escrever ficção. A gente não precisa de
muito para produzir. Basta comer o suficiente para não adoecer. Vinha tendo bem
mais que isso, mas tudo acabou como num passe de mágica. No mesmo dia, perdi
emprego, mulher, casa, comida e roupa lavada. Conheci Celina Madeira Machado
Silva e Silva no Bar do Parque, defronte ao Hotel Hilton Belém, na Praça da
República. Ela estava na companhia de uma tipa grande como uma elefanta e de
uma outra que era toda uma enguia. Naquela época, andei publicando umas
resenhas sobre cinema em <i>O Liberal</i> e Celina era cinéfila. O papo foi
longe. Ela me convidou para ir à sua casa no dia seguinte. Morava em um casarão
em Nazaré. O pai, com o estômago estourando de câncer, vivia recluso esperando
a hora de bater as botas. Para não me estender muito, o caso é o seguinte:
Celina e eu nos casamos dias depois. Eu era seu quarto marido. Celina andara à
procura de um pai camarada. A mãe de Celina, uma índia que seu pai comprara em
Santarém, fora escravizada a vida toda, mas não morrera sem gerar a filha
rebelde. Ao chegar de Portugal, o pai de Celina começou como padeiro em Belém.
Anos de economia, comendo restos estragados de frutas e se vestindo com duas
mudas de roupa, fizeram dele um magnata do pão. Celina vivia esbanjando a fortuna
e batendo perna com suas amigas aliá e peixe-elétrico. Era a cadela no trio.
Pôs-me um par de cornos de alce. Mas nosso jogo era tácito. Ela me tirara da
sarjeta e me usava como atleta sexual. Naquela manhã, peguei o carro que Celina
me dera e fui para o trabalho, uma revista picareta que só me pagava com vales,
embora, antes de conhecer Celina, era lá que eu repousava a carcaça, em um
quartinho decrépito, nos fundos do prédio. Cheguei a tempo de ver o pessoal da
Justiça do Trabalho levando tudo. Depois soube que o editor tinha vencido uma
causa trabalhista contra o dono da empresa. Voltei para casa. Flagrei minha
mulher gemendo, empalada no vergalho do jardineiro em nossa santa cama. Não
quis fazer drama. Sentia-me vulnerável e cansado. Fui à cozinha beber água. “A
vida é um jogo perdido; o melhor que podemos fazer é jogar bem” – pensei. “A
criação literária é minha igreja; e eu, o padre que oficia a missa. A razão da
minha vida é escrever ficção. Se não escrevo, sinto-me vazio, despencando na
fossa, no nada. Por isso, necessito criar. E quando estou no lugar ideal nada
pode me atingir. Nada! Eu sempre soube que esse casamento é apenas uma passagem
de chuva.” Passado algum tempo voltei ao quarto, peguei minhas coisas. Na sala,
encontrei Celina.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none;"><span style="font-family: verdana;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>– Estou
indo embora – disse-lhe. Quase não acreditei no que ela respondeu.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none;"><span style="font-family: verdana;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>– Tu
pegaste a roupa na lavanderia? – eram uns casacos que ela usava quando viajava
e que eu levara à lavanderia.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoBodyText" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span><span style="font-size: 12.0pt;">Nessas alturas, tinha feito novas amizades e um amigo,
um verdadeiro irmão, que me acolheu na casa dele. Minha passagem pela casa de
Celina proporcionou-me a oportunidade de me preparar para o vestibular. Ela
pagara o cursinho e eu consegui entrar na Universidade Federal do Pará, para
fazer o curso de jornalismo. Foi desse modo que obtive uma vaga na Casa do
Estudante Universitário do Pará (Ceup).<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none;"><span style="font-family: verdana;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Naquela
manhã lamacenta de abril a Ceup dormia ainda, por trás do alto muro na Rua São
Francisco, bairro da Campina. Era um conjunto de três prédios: a Casa Nova, já
com sinais de decrepitude; a Vila Sapo, com quatro quartos lado a lado; e a
Casa Velha, um casarão do século dezenove, em ruínas. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none;"><span style="font-family: verdana;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>–
Gostaria de falar com o presidente – disse a um ancião escaveirado que surgiu
no vão da porta, imaterial como um fantasma.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none;"><span style="font-family: verdana;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Fui
conduzido a um quarto no terceiro andar da Casa Nova. Bati na porta. Apareceram
dois olhos negros, famintos. Pertencia a um camponês de cabeça excessivamente
chata. Estendi-lhe a carta da reitoria da Universidade Federal do Pará. Ele a
leu.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none;"><span style="font-family: verdana;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>– Meu
nome é Ribamar – disse, e me convidou para entrar no quarto.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none;"><span style="font-family: verdana;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>O quarto
fedia a mofo, roupa suja e gordura. Encostada à parede havia uma bicicleta toda
enfeitada. “Parece chapéu de vaqueiro nordestino” – pensei.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none;"><span style="font-family: verdana;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>– Você
vai para o quarto do Rei Momo – disse o presidente.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none;"><span style="font-family: verdana;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>O quarto
do Rei Momo ficava na Vila Sapo. Era o primeiro de quem ia da Casa Nova para a
Casa Velha. Estava fechado. Ribamar bateu na porta. Ouviu-se movimento lá
dentro e depois a porta foi aberta. Vi uma aparição de olhos esbugalhados, um
homem de meia idade, barrigudo e assustado.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none;"><span style="font-family: verdana;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>– Este
aqui é o João. Ele vai morar aí – disse o presidente.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none;"><span style="font-family: verdana;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>– Aqui? –
Rei Momo não acreditou no que ouviu. Desde que viera de Santarém, há dez anos, não
dividia o quarto. Agora, o subversivo do Piauí vinha com aquela conversa. – Um
momento – disse Rei Momo, fechando a porta. Daí a alguns minutos reapareceu.
Vestira uma camisa e escovara os cabelos. – Podem entrar – convidou-nos.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none;"><span style="font-family: verdana;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>O fedor
de mofo era sufocante. Em um dos lados do quarto havia uma cama com um bom
colchão, com trapos espalhados sobre ele. No outro lado, encostada à parede, vi
uma dessas camas de armar e desarmar. Na parede dos fundos erguia-se uma
respeitável pilha de livros, ao lado de um guarda-roupa em ruínas, e no centro
do quarto jazia uma mesinha atulhada de tudo quando se possa imaginar. Rei Momo
sentara-se sobre a cama e o presidente e eu ficamos em pé.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none;"><span style="font-family: verdana;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>– Eu
sempre morei sozinho – disse Rei Momo, zangado.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none;"><span style="font-family: verdana;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>– Isto
aqui está precisando de uma limpeza. Vou convocar um mutirão para pôr em ordem
este quarto – disse o presidente, que era recém-empossado. Eu soube mais tarde
que o presidente anterior permanecera no cargo durante dez anos.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none;"><span style="font-family: verdana;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Rei Momo
olhou-o apavorado.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none;"><span style="font-family: verdana;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>– Não
será preciso um mutirão. Nós dois nos daremos bem – eu disse, estendendo a mão
para Rei Momo. Ele pareceu não ter visto meu gesto. – Parece-me que ambos
gostamos de Fellini – apontei para uma lombada que se salientava na pilha de
livros. – E não te preocupes com barulho; gosto também de silêncio.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none;"><span style="font-family: verdana;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Nasci em
22 de abril de 1939. Estamos em 22 de abril de 1972. Tenho, portanto, 33 anos
de idade. Sinto que já comecei a descer o morro da vida. Para um escritor
permanecer no embalo dos 21 anos só com muita dedicação – dedicação religiosa –
a tudo o que diz respeito à criação literária, como: disciplina espartana e
trabalho duro como um assalto de boxe, sem trégua, contínuo, árduo e nunca
desestimulado. E é assim que venho fazendo na Ceup, aproveitando essa
oportunidade que Deus me deu. O fim do meu casamento serviu para que
descobrisse o quanto realmente as coisas valem. A Ceup foi o gatilho que eu
precisava disparar para me tornar escritor e, antes dela, Celina.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none;"><span style="font-family: verdana;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>As
melhores horas eram as da madrugada, quando o silêncio se impunha à horda
piolhenta que ali se escondia. Às vezes, deixava-me sentar em frente à
televisão para ver um resto de filme, ou simplesmente ficava ali, no <i>hall</i>
de entrada da Casa Nova, mais pela claridade das inúmeras lâmpadas
fluorescentes. Nas férias, quando todos iam para suas cidades natais e a Ceup
ficava quase abandonada, eu varava as noites escrevendo, absolutamente fiel a
mim mesmo. Escrevia todos os dias, mesmo que fosse por alguns minutos apenas.
Se não dava, tentava no dia seguinte. E dormia bastante. Lia tudo e
atentamente. Rezava, meditava, via, ouvia, sentia, cheirava, degustava, bebia,
comia, vagabundava, batia papo e escrevia cartas. Escrever não me saciava
nunca. Atingia picos de concentração, lucidez e produção que pareciam a
embriaguez do primeiro gim fizz. Vivia o agora e o agora, o momento mesmo da
vida. Nada de nostalgia, nada de remorso, o passado era feito do que havia de
melhor; nada de sonho, pois a realidade proporcionava prazer intenso; nada de
preocupação, pois não havia futuro; nada de raivas, pois a raiva, acionada, só
a morte pode detê-la, é tão devastadora que atinge tudo ao seu redor, incluindo
objeto e sujeito; nada de reclamações; nada de se meter na vida dos outros, nem
deixar que os outros se metessem na minha vida. Eu era, apenas, um mero
observador da realidade, embora, sempre que achasse necessário, interviesse na
realidade. Hoje, sei que não se pode intervir na realidade, pois a realidade é.
Nossa vida é apenas o caminho que leva à realidade. Até as mulheres se tornaram
para mim, naquela época, abstrações, e somente pensando nelas é que ousava
sonhar. Sonhava com uma companheira, amiga, amante, o colo onde repousava minha
cabeça, ainda dolorida devido aos cornos. A luz do seu amor me conduzindo
naquelas encruzilhadas da vida mergulhadas nas trevas, guiando-me pela mão, com
segurança, emergindo comigo na claridade e na trilha segura. Nos meus mergulhos
interiores eu me via também como protetor das crianças, gentil e caridoso,
senhor de mim, poderoso como um anjo, e frágil, pois me via pedindo perdão a
todos quanto ofendi, ou causei mal.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none;"><span style="font-family: verdana;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Geralmente
me alimentava de pão dormido, que o padeiro da esquina me arranjava sempre. Fiz
amizade também com o açougueiro, que me dava ossos ainda munidos de excelentes
nacos de carne, que eu cozinhava e comia com a boa farinha d’água que minha
família me mandava de Oiapoque, cidade do Território Federal do Amapá. Às
vezes, eu faturava alguma coisa na mídia. Aí, almoçava no Ver-O-Peso. Meio
litro de pirão de açaí com dourada, e adormecia nocauteado pela canícula, até o
anoitecer, quando tomava banho, vestia a melhor muda de roupa de que dispunha e
ia para o Cosa Nostra bater papo com o <i>barman</i>, meu amigo. Mas, a maior
parte do tempo, vivia a minha vida de modo quase recluso, quase sem participar
da agitação que era sempre a Ceup. Minha participação no dia a dia da casa era
mais a de expectador. Os acontecimentos se sucediam como os bancos de uma
roda-gigante em movimento. Embora eu não me importasse com eles. Simplesmente
não influíam na minha vida. Eu estava ali com um objetivo e até alcançá-lo
vivia intensamente minha vida interior. O dia a dia da Ceup não alterava o
fluxo do meu rio interior. Mas eu dissecava os protagonistas desses episódios
e, às vezes, tomava nota deles. Uma madrugada, acordei com gritos medonhos à
porta do quarto. Abri-a e me deparei com uma mulher enrolada em um cobertor
imundo, cheio de nódoas de gozos antigos, suplicando que a socorressem. Mão de
Sucuri, um vaqueiro, nosso vizinho, havia levado aquela mulher para o quarto
dele, onde morava com Punheteiro, que se masturbava a noite inteira enquanto Mão
de Sucuri trabalhava nas putas que levava para lá. Naquela noite, Mão de
Sucuri, que tinha esse apelido de tanto ordenhar vaca e ficara com uma força
descomunal nas mãos, queria que a mulher desse uma chupada nele. Ela ficou com
vergonha de fazer aquilo na frente de Punheteiro. Apesar de não se aguentar em
pé de tão porre, Mão de Sucuri imobilizou-a na sua rede tão limpa quando o
cobertor em que ela havia se envolvido na fuga e lhe ferroou uma dentada na
bunda. Depois pô-la nua, a bofetadas, ao relento. Ela conseguira levar o
cobertor e ao ver-se ao relento pôs-se a berrar. Mão de Sucuri caiu na rede em
coma e Punheteiro batia uma feroz punheta para aquela égua nua que passou
roçando seu nariz. Outra madrugada, na Casa Nova, o Doutor, conhecido também
como Distribuidor de Esperma, começou a berrar. Ele queria ser cirurgião
plástico. Logrou ingressar na universidade após doze vestibulares bem contados.
Jamais tomava banho e lembrava um pedaço de sebo. Dizia a todos que vendia
esperma para inseminação artificial. Recebia carne seca do Maranhão e
guardava-a sobre uma sucata de geladeira. Todo dia tirava dali alguns pedaços,
que cozinhava e comia com farinha d’água. Um dia, ratos começaram a brigar
sobre a carne seca e um caiu no Distribuidor de Esperma, que acordou com uma
ratazana na cara. Em agosto, houve o caso do Padre. Um dia, encontrava-me no
salão da Casa Velha. Duende estava encostado à janela. Era meio-dia e o sol
dava até para fritar ovo.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none;"><span style="font-family: verdana;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>– Não dou
uma semana para que o Padre seja levado para o hospício – disse Duende, um
goiano vermelho e miúdo, que só usava camisas de mangas compridas abotoadas nos
punhos e no colarinho, mesmo sob o calor de quarenta e cinco graus. Três dias
depois, houve um corre-corre na Casa Velha. Apareceram quatro enfermeiros, meteram
o Padre numa camisa de força e sumiram. Naquela noite, encontrei-me com Duende
e lhe perguntei como é que ele sabia do internamento de Padre.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none;"><span style="font-family: verdana;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>– Ele
andava de camisas de mangas compridas abotoadas nos punhos e no colarinho em
pleno sol de meio-dia – disse.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none;"><span style="font-family: verdana;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Fui a
última pessoa a falar com Duende, que vivia sozinho em um quarto grande da Casa
Velha. Como tivesse perdido a chave da porta, entrava no quarto por meio de um
buraco na janela, vedado com um pedaço de compensado. Duende desaparecera já há
três dias. Naquela manhã, seu Miguer, o faxineiro esquálido, vislumbrou por uma
brecha na janela um movimento qualquer no quarto de Duende. Olhou melhor e viu
uma ratazana agarrada a uma perna. Apurou o olhar e distinguiu um homem
enforcado, com ratazanas aqui e ali no corpo, especialmente na cara. Seu Miguer
emitiu um guincho semelhante ao de seus irmãos roedores e deu o alarme. Foi uma
perda para Rei Momo, já que Duende costumava manter discussões quilométricas
com Rei Momo sobre Khrisnamurt, de quem lera todos os livros. Ironicamente,
Khrisnamurt era sua ansiedade.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none;"><span style="font-family: verdana;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Quando eu
não estava na Ceup, estava na universidade. Tive uma professora gorda como uma
vaca que promovia debates sobre marxismo sem jamais ter lido <i>O Capital</i>.
Vivia com uma aluna magrinha, que a gorda agarrava nos corredores da faculdade
e lhe aplicava beijos escandalosos. Durante três semestres vi-me perseguido por
um professor de técnica de alguma coisa, homossexual, coxo, com uma nádega seca
e analfabeto. Um dia, no banheiro, segurei-o pelo cabelo e o fiz beber água do
vaso sanitário. Um santo remédio. Outro mestre inesquecível foi um idiota
nascido no Piauí, educado em Goiás e doutorado numa dessas universidades
perdidas nas estradas dos Estados Unidos. O tipo lecionava uma disciplina chamada
Estudos de Problemas Brasileiros. Suas aulas eram, invariavelmente, um elogio
às obras faraônicas dos ditadores militares. À noite, livrava-me de tudo aquilo
com um bom gole de gim fizz no Cosa Nostra, por conta da casa.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none;"><span style="font-family: verdana;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Rei Momo
morreu no Natal daquele derradeiro ano de minha permanência na Ceup. Caiu como
um passarinho baleado diante da parede nua do quarto, onde sempre estivera seu
tesouro. Rei Momo era um ladrão de livro. Possuía uma pilha de dois mil
volumes. Ao mudar-me para o quarto dele tive de colocar Sequoia em ordem.
Sequoia chegou a dar uma surra de cinto em Rei Momo. Mas eu ainda não morava na
Ceup. Eu era pugilista amador e sempre que podia estava lá com a turma da Joe
Louis. Acabei com Sequoia apenas com um tabefe na cara. Ele não revidou. Ficou
se cagando de medo. Então, deixou Rei Momo em paz. Eu gostava de conversar com
Rei Momo, que levava uma vida de rei, mesmo. Matriculava-se em uma única
disciplina na universidade e fazia de conta que estava estudando. Sua família o
mantinha ali porque o consideravam retardado mental. Ele não se importava.
Recebia uma mesada relativamente gorda. Consumia suas tardes conversando fiado
nas bancas de tacacá e com os vigias das redondezas. Pois bem, Sequoia
mudou-se. Aproveitou para dar um golpe fatal em Rei Momo. Na madrugada daquele
Natal, ao entrar no tugúrio onde nos enterrávamos, Rei Momo encontrou um
bilhete pregado com fita Durex na parede nua onde sempre estiveram os livros, a
primeira coisa que Rei Momo checava ao entrar no quarto. “Agradecido pelo
livros, bicha louca” – dizia o bilhete.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Vocês
sabem como Ernest Hemingway morreu? Segundo Milt Machlin, no livro <i>O Inferno
Privado de Hemingway</i>, era cedo da manhã. “Desceu à sala de armas e tirou do
armário uma de suas espingardas favoritas, uma Angelini e Bernardon calibre
doze, fabricada especialmente para ele. Era uma bela arma, e ele sempre a
tratava com a reverência de um objeto religioso. Carregou-a com dois cartuchos,
depois meteu os dois canos na boca e puxou os gatilhos ao mesmo tempo.” Houve um
tempo em que pensei matar-me. Possuía – e isto era uma das minhas pequenas
riquezas – uma pistola, a PT 58, da Taurus. Se eu quisesse me suicidar como
Hemingway teria de pôr a boca do cano no céu da boca, de modo que a bala
atravessasse o cérebro. A gente não sente nada. Os que ficassem, logo me
esqueceriam. Como minha família é de Oiapoque e muito pobre eu seria enterrado
como indigente e, assim, desapareceria sem deixar rastro. Cheguei a cogitar
isso na época em que aquela cadela, aquela índia duma figa, galinha do caralho,
me empurrou de volta para a sarjeta, depois de quase um ano principesco. Mas
agora sou grato a ela. Ajudou bastante. E depois somente nós temos a
responsabilidade pelo que passamos. Antes de conhecer Celina, estivera sentado
em uma cadeira olhando para uma parede. A sorte é que ouvia Wolfgang Amadus
Mozart. <i>Concerto para Piano e Orquestra em Ré Menor</i>. Para além da
parede, há um anoitecer azul. Azul escuro. Peguei meu canivete italiano, outra
joia que possuo, e vibrei contra o céu. O sangue escorreu pelo corte. E o azul
intenso respingou mim. Atravessei o portão da Ceup e tomei pela Rua São
Francisco e depois pela Avenida Almirante Tamandaré até a Avenida Presidente
Vargas. Sentei-me em um banquinho no Milano e pedi uma Antarctica pequena.
“Como vou desforrar!” – pensei, pois acabara de conseguir uma vaga em <i>O
Liberal</i>. Já tinha renda garantida, agora. Só precisava escrever um romance
que vendesse como <i>Cem anos de solidão</i>, como pão francês. Então compraria
um iate para vagabundar por toda a Amazônia e o Caribe.</span><o:p></o:p></p>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5855568031215680198.post-91416010855050592782024-02-16T20:15:00.007-03:002024-02-16T20:15:48.465-03:00Em TRÓPICO, novo livro de contos de Ray Cunha, Brasília arde nas chamas da corrupção<p style="text-align: justify;"><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgnRjGjVuNP4-7eeCPbEISOpjBPJDkry55O0A-GqQU_damALwfWPrGpIgMZS43ky6_7NdG5xQ78ceDAHqd4ybm66NM7PWAcj3zbnf6Hf3u3HtLn7M9hHzXV2LeuUCuXGLbc_5LSQ0u4y3LU6BCTm_fyCg8DaIQmx1zMCGaCuA82k28Jc4nnvH3iDfM3785P/s673/Tr%C3%B3pico.png" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="673" data-original-width="453" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgnRjGjVuNP4-7eeCPbEISOpjBPJDkry55O0A-GqQU_damALwfWPrGpIgMZS43ky6_7NdG5xQ78ceDAHqd4ybm66NM7PWAcj3zbnf6Hf3u3HtLn7M9hHzXV2LeuUCuXGLbc_5LSQ0u4y3LU6BCTm_fyCg8DaIQmx1zMCGaCuA82k28Jc4nnvH3iDfM3785P/s16000/Tr%C3%B3pico.png" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="font-family: verdana;"><b>Edição do Clube de Autores: a bacanal diária na ilha da fantasia</b></span></td></tr></tbody></table></p><p style="text-align: justify;"><b style="font-family: verdana;">BRASÍLIA, 16 DE FEVEREIRO DE 2024 </b><span style="font-family: verdana;">– TRÓPICO (Editoras <b><a href="https://clubedeautores.com.br/livro/tropico">Clube de Autores</a></b> e <b><a href="https://www.amazon.com.br/TR%C3%93PICO-RAY-CUNHA-ebook/dp/B0CVNQGJHQ/ref=sr_1_1?__mk_pt_BR=%C3%85M%C3%85%C5%BD%C3%95%C3%91&crid=2HCXVCDE9XGWP&keywords=tropico+ray+cunha&qid=1708125277&s=books&sprefix=tr%C3%B3pico+ray+cunh%2Cstripbooks%2C225&sr=1-1">amazon.com.br</a></b>,
229 páginas) reúne 29 contos que mostram o Brasil, Coração do Mundo, Pátria do
Evangelho, o Paraíso na Terra. Banhado pelo sol e pelo Oceano Atlântico, com
9,2 mil quilômetros de litoral, as mais belas praias do planeta, com terras
férteis a se perderem de vista, onde brancos, negros e índios se misturam
naturalmente e onde todas as religiões convivem entre si, um câncer lateja:
corrupção.</span><span style="font-family: verdana;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><span style="mso-bidi-font-size: 12.0pt;">Leia o conto <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Planalto em Chamas</i>:</span></span><span style="font-family: verdana;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Assim que foi absolvido na Comissão de Ética da Câmara dos
Deputados abriu um grande sorriso e elevou a mão direita fechada, como fazia
Pelé. A diferença é que Pelé é o maior atleta de todos os tempos. E não deverá
ser ultrapassado. Ao passo que o braço peludo do deputado corpulento e branco,
quase albino, remetia à pata de um porco Yorkshire. O gesto continha alguma
coisa indecente. Os “trouxas”, como ele chamava a todos que não fossem da
organização à qual pertencia, iludiram-se pensando que o pegariam com míseros
10 mil reais. Fora flagrado com um depósito de 10 mil reais na sua conta
bancária, feito por um dos operadores da sangria na Petrobras. A oposição –
aquilo era oposição, mesmo? – fez a maior grita e ele teve que enfrentar,
enfrentar não, apenas teve que passar por aquele tédio, que era a encenação da
Comissão de Ética. Não havia o que temer, o país estava todo aparelhado; os
três poderes, inclusive as Forças Armadas, já estavam beijando as mãos do
presidente da República e do ministro da Defesa. O Supremo, a Receita, o BNDES,
tudo estava aparelhado. Temer o quê? O poder, especialmente o poder de esmagar
quem atravessasse seu caminho, excitava-o. Lembrou-se da sua sobrinha, gostosa
que só ela, 17 anos. Seu irmão caipira enviara-a para fazer o vestibular na
UnB. Sua esposa teve que passar uma semana fora, ele dispensou a empregada e no
primeiro dia sozinho com a sobrinha imobilizou-a e em meio a uma tonelada de
“não, titio” estuprou-a durante aquela semana inteira, deixando bem claro que
se desse com a língua nos dentes seria morta. Simples assim. Quando a esposa do
Yorkshire chegou, a menina disse que precisava ir à sua casa, conseguiu
dinheiro, foi-se embora, e, em casa, se matou. Ironia, havia furtado o revólver
do bicho e se matou com ele. Ficou por isso mesmo, pois ela não deixou um
bilhete sequer, mas somente o revólver. E depois ele era da cúpula da
organização, pois o projeto para calar a imprensa não era dele, tanto o que
tramitava na Câmara quanto o de calar a boca da mídia por meio de verba
pública? “A esmagadora maioria dos jornalistas, especialmente donos de empresas
jornalísticas, é de putas, daquelas que chupam durante três horas seguidas e
ainda perguntam se estão chupando direito” – dizia. Chegava a Brasília
terça-feira à tarde e retornava para São Paulo quinta-feira à noite. Às
quintas-feiras à tarde já só ficavam ele e o chefe de gabinete. Estavam os
dois, lá, e o Yorkshire começou a arrumar sua maleta. Era uma maleta especial.
Embutidos no seu couro, o porco traficava, a cada saída de Brasília, 10 mil
dólares, em cédulas de 1 mil dólares, lavados na agência de publicidade do seu
cunhado, em São Paulo.</span><span style="font-family: verdana;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Os três estudantes chegaram por volta das 14 horas, pela
entrada do Senado. A segurança, uma senhora de nariz empinado, olhou suas
carteiras de identidade e perguntou a cada um deles aonde iam. À biblioteca,
responderam. Passaram pelo detector de metais, sempre sob o olhar vigilante do
magote de seguranças, que pareciam se esforçar para parecerem policiais de
verdade, e foram diretamente para a Câmara, tomaram a esteira rolante para o
Anexo IV e pouco depois entraram no corredor do pavimento onde ficava o
gabinete do deputado Yorkshire. Quase não havia movimento naquela hora. Um
deles se atrasou e ficou em um ponto de onde podia ver o hall e o corredor. Os
outros dois foram entrando no gabinete. Enquanto um cumprimentava o chefe de
gabinete e lhe desferia, com a mão esquerda, forte pancada na nuca, o outro
estava prestes a fazer a mesma coisa com o deputado. Corpulento, com pescoço de
touro, o Yorkshire ficou apenas tonto, mas quando ia reagir recebeu tremenda
estocada de caneta Bic na glote e começou a estrebuchar. Lembrava porco morto
na roça; depois de uma porretada na cabeça levou uma peixeirada no pescoço. Ele
se levantou, guinchando pela glote, derrubou tudo ao seu redor, recebeu um
telefone nas orelhas e desabou na sua grande mesa, sempre guinchando, até ficar
quieto. O assassino tirou da sua mochila uma faixa e a abriu sobre a mesa, na
frente do cadáver, que se tornara ainda mais monstruoso. A faixa dizia:
“Comando de Caça aos Corruptos. Este canalha é o primeiro de muitos que irão
tombar!” Quando o assassino saiu da sala do deputado o chefe de gabinete
começava a recobrar os sentidos, então o atingiu no bulbo occipital, próximo ao
nervo vago; quem conhece acupuntura sabe que se trata do ponto da viúva, o
VG-15.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Ligaram para o que ficara no corredor. Tudo tranquilo.
Tomaram novamente as escadas e saíram pela portaria do Anexo IV, onde um
automóvel negro já os aguardava. Dentro do carro tiraram as perucas, barbichas
e óculos escuros. Estavam na faixa dos 30 anos. O do volante parecia ter o
dobro da idade deles. Entraram no túnel do Itamaraty e pegaram o Eixo Monumental,
ladearam a Praça dos Três Poderes até o Palácio do Planalto e dobraram à
esquerda, seguindo novamente pelo Eixo Monumental. Antes de chegarem à
Rodoviária do Plano Piloto, dobraram à esquerda, em direção ao Setor de
Autarquias Sul. A temperatura ficara insuportável e o chão de concreto do
Conjunto Cultural da República parecia em chamas.</span><o:p></o:p></p>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5855568031215680198.post-6689419341706892452024-02-15T12:48:00.001-03:002024-02-15T12:48:57.268-03:00JAMBU coloca açaí na mesa. Romance de Ray Cunha será autografado dia 2 de março no restaurante carioca Belém Belém Amazônia<p style="text-align: justify;"><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgDt1HwTJU6xcn3GrzhK1wNJZqTvsZfKFrQaRL0cLdcpmAfm9gSuoiRL_r7Rdw3SlDjEdOhSDBuC6E0I8HoKA7nmhyqFHxEuZpDBD44N1Zlz2dfvNngUqocYGNYsf8f7FtWASLut7p4y8acUcdQnwKOfFoaHwYCc3Ll7boOYVZlAVZVwXPfC0QHDuKga6Z3/s643/Jambu%20Nova%20Capa.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="643" data-original-width="453" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgDt1HwTJU6xcn3GrzhK1wNJZqTvsZfKFrQaRL0cLdcpmAfm9gSuoiRL_r7Rdw3SlDjEdOhSDBuC6E0I8HoKA7nmhyqFHxEuZpDBD44N1Zlz2dfvNngUqocYGNYsf8f7FtWASLut7p4y8acUcdQnwKOfFoaHwYCc3Ll7boOYVZlAVZVwXPfC0QHDuKga6Z3/s16000/Jambu%20Nova%20Capa.jpg" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="font-family: verdana;"><b>Capa da edição do Clube de Autores: Fortaleza de São José de Macapá</b></span></td></tr></tbody></table></p><p style="text-align: justify;"><table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; font-family: verdana; text-align: justify;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjAv5Ga1ZFdNdNWyV_M8KjL-9Ul13I7IlPiV8hZUPmgjHtDBhvkybMZWA54GTUsxRDNq_zmAjQb2_OFxJQOSkb8LMfbyKK9j7JwG_z51dG66MuVllJhkrgZIScWVGqIUFGlxQec2dYmiBRakT6lY8Yy8kcrp-VW6jpbqWpiXw2DaQLFq6v3PxrvTy3BzFFA/s643/Capa.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="643" data-original-width="453" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjAv5Ga1ZFdNdNWyV_M8KjL-9Ul13I7IlPiV8hZUPmgjHtDBhvkybMZWA54GTUsxRDNq_zmAjQb2_OFxJQOSkb8LMfbyKK9j7JwG_z51dG66MuVllJhkrgZIScWVGqIUFGlxQec2dYmiBRakT6lY8Yy8kcrp-VW6jpbqWpiXw2DaQLFq6v3PxrvTy3BzFFA/s320/Capa.jpg" width="225" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><b>Edição que será autografada</b></td></tr></tbody></table></p><div style="text-align: justify;"><b style="font-weight: bold;"><span style="font-family: verdana;">BRASÍLIA,
15 DE FEVEREIRO DE 2024 </span></b><span style="font-family: verdana;">– Açaí se tornou o suco de fruta nativo
da Amazônia mais consumido no planeta, pelo seu sabor e propriedades
nutricionais e terapêuticas. Na Amazônia, especialmente no Pará e Amapá, ele é
um dos principais alimentos da população. Começa a ser consumido desde a
mamadeira. Acompanhado com farinha d’água ou de tapioca, com camarão, peixe, charque
ou carne, é carro-chefe na singular cozinha paraense. Mas também pode ser
misturado com quase qualquer alimento. </span></div><p></p><p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">O açaí está presente no romance-reportagem JAMBU (Editoras
<b><a href="https://clubedeautores.com.br/livro/jambu">Clube de Autores</a></b> e <b><a href="https://www.amazon.com.br/JAMBU-RAY-CUNHA-ebook/dp/B07YQCRY53/ref=sr_1_1?__mk_pt_BR=%C3%85M%C3%85%C5%BD%C3%95%C3%91&crid=2948X2O40THTN&keywords=Jambu+Ray+Cunha&qid=1708012094&s=books&sprefix=jambu+ray+cunh%2Cstripbooks%2C303&sr=1-1-catcorr">amazon.com.br</a></b>, 190 páginas, 50 reais), que será autografado
dia 2 de março, um sábado, a partir das 18 horas, no restaurante Belém Belém
Amazônia, um dos redutos da culinária paraense no Rio de Janeiro, situado na
Avenida Rainha Elisabeth da Bélgica 122, Loja A. Essa via liga as avenidas
Atlântica, em Copacabana, à Vieira Souto, em Ipanema.</span><span style="font-family: verdana;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><span style="font-family: verdana;">O enredo de JAMBU é o seguinte: Durante o Festival
Gastronômico do Pará e Amapá, o jornalista João do Bailique escreve as matérias
que comporão uma edição especial da revista <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Trópico
Úmido</i> sobre a Questão Amazônica e investiga um traficante de crianças e de
grude de gurijuba. No festival, os mais famosos pratos da culinária paraense
são preparados e servidos aos comensais – personagens de ficção e reais, vivas
e mortas. Segue-se trecho de JAMBU.</span></span><span style="font-family: verdana;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><span style="font-family: verdana;">O açaí começou a ser apresentado durante o almoço do dia
seguinte, por alunos de Gastronomia da Universidade Federal do Pará (UFPa). O
prato principal, durante três dias, foi açaí grosso, quase papa, com farinha
d’água torrada ou farinha de tapioca do Curiaú, com ou sem açúcar, mascavo ou
branco. No primeiro dia, o acompanhamento foi mapará fresco assado na brasa; no
segundo, camarão pitu também assado na brasa; e, no terceiro, pirarucu.</span></span><span style="font-family: verdana;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><span style="font-family: verdana;">Apanhado no arquipélago do Marajó, o açaí foi posto de molho
em tonéis e batido com água mineral na amassadeira do hotel. A sobremesa, no
primeiro dia, foi pudim de papa de açaí, leite Moça, maisena, ovos caipiras e
calda de açúcar; creme de açaí com leite Moça e creme de leite; e sorvete e
picolé de açaí.</span></span><span style="font-family: verdana;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><span style="font-family: verdana;">Do tupi “yasa'i”, é a “fruta que chora”, frutos roxos, em
cachos, encontrada na várzea da região amazônica, especificamente na Venezuela,
Colômbia, Equador, Guianas, Trinidad e Tobago, além do Brasil, neste, nos
estados do Pará, Amapá, Amazonas, Rondônia, Acre, Maranhão e Tocantins. Segundo
pesquisadores, já se tomava açaí nos tempos pré-colombianos. O açaizeiro é
semelhante à juçara (Euterpe edulis), da Mata Atlântica, diferenciando-se
porque a juçara tem somente um caule e o açaizeiro cresce em touceiras de 4 a 8
troncos, cada um com até 20 metros de altura e 14 centímetros de diâmetro, em
média.</span></span><span style="font-family: verdana;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><span style="font-family: verdana;">Na Amazônia, a dose de açaí é tomada na tigela ou no prato,
em cinco variações, batidos na amassadeira ou amassado à mão: papa, grosso,
médio, fino e chula. O açaí papa é tão grosso que a colher enfiada nele não se
inclina. A chula é obtida jogando-se um pouco de água potável no recipiente do
açaí, o que rende um pouco de refresco. Tomar uma dose de açaí médio, puro, ao
dia, previne doenças cardiovasculares, pois contém grande quantidade de
antioxidantes. Isso foi informado, durante o evento, em palestra de professores
do Laboratório da Faculdade de Engenharia de Alimentos da UFPa.</span></span><span style="font-family: verdana;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><span style="font-family: verdana;">De 2000 a 2008, o Pará exportou 37 mil toneladas de açaí. O
Pará é o maior produtor de açaí do planeta, e o município de Igarapé-Miri, no
Baixo Tocantins, é o que mais produz no estado, o ano todo, principalmente de
julho a novembro. De dezembro a junho, estação de chuvas na Amazônia, a
produção cai e o sabor do açaí fica menos apurado. Em Belém, há cerca de 3 mil pontos
de venda. Somente em 2010, o Brasil produziu 350 mil toneladas do ouro negro.</span></span><span style="font-family: verdana;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><span style="font-family: verdana;">Pesquisa do cardiologista amapaense Eduardo Augusto da Silva
Costa, professor da Faculdade de Medicina da UFPa, no município de
Igarapé-Miri, onde açaí é tomado no café, almoço e jantar, mostrou tratar-se de
uma população com baixíssimo índice de aterosclerose, o entupimento de veias e
artérias, responsável por 46% das mortes no planeta.</span></span><span style="font-family: verdana;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><span style="font-family: verdana;">Em 1999, a pesquisa de doutorado na área de Engenharia
Química do professor francês Hervé Rogez mostrou que o açaí contém o mesmo
corante presente nas uvas, a antocianina, em quantidade muito maior. “Para se
ter uma ideia, um litro de açaí médio contém 33 vezes mais antocianina que um
litro de vinho tinto francês” – comparou. Antocianina é uma substância que
impede a oxidação do colesterol na parede das artérias; assim, não se formam
placas, responsáveis pelo entupimento dos vasos. De modo que quem toma açaí
reduz o risco de infarto e derrame.</span></span><span style="font-family: verdana;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><span style="font-family: verdana;">É claro que, mesmo tomando açaí todos os dias, indivíduos
cronicamente estressados, fumantes inveterados, diabéticos, hipertensos, obesos
e sedentários são vítimas de colesterol alto, isso sem contar com o agravante
da idade e a herança genética. A lesão da parede de veias e artérias mata
lentamente, pois quando o sangue passa pelos vasos sanguíneos feridos,
carregando muito LDL (colesterol maléfico), a gordura oxidada entra na parede
dos vasos e forma placas, os ateromas, que entopem as vias sanguíneas. Se o
entupimento for em vias cardíacas, o indivíduo sofre infarto; e nas vias
cerebrais, um acidente vascular cerebral (AVC) ou derrame.</span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><span style="font-family: verdana;">Também o cardiologista observa que açaí engorda: “Possui 30%
de gordura. Um prato de açaí tem a mesma quantidade de calorias que um prato de
arroz, feijão, farinha e carne. Então, quando a gente almoça tomando açaí,
almoçamos duas vezes. Essa é a contrapartida”. O caboco costuma comer no almoço
um prataço de comida e pelo menos meio livro de açaí com farinha, e, às vezes,
com açúcar, como sobremesa, e depois bebe outro tanto de água. Não dá outra, a
barriga cheia como a de uma sucuri que engoliu uma capivara, vai para a rede e
mergulha no calor da tarde, desenvolvendo uma barriga de égua prenha.</span><o:p></o:p></span></p>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5855568031215680198.post-48004559394563117442024-02-14T14:39:00.001-03:002024-02-14T14:39:45.257-03:00JAMBU, que será autografado no dia 2 de março no Belém Belém Amazônia, trata também da Questão Ianomâmi, além da culinária paraense<p style="text-align: justify;"><b><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhvvy7nkrfpiRqZ55WTNFEYdCLyMPHIyoQ9YIEVkacoWbu4CBRz1afKEoaVNXv8u5j3ihoRUhCRLgA2dQ5-nP6taXiFl9027vKpSdqH02Afgm7R-kEnEH9MbuTslq2GQKgBncW8bfz2PkGJBpZD0c8OVr305HSXpvl2YTmErCt1IF9yo5qDIfHtWdqc9PtQ/s643/Jambu%20Nova%20Capa.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="643" data-original-width="453" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhvvy7nkrfpiRqZ55WTNFEYdCLyMPHIyoQ9YIEVkacoWbu4CBRz1afKEoaVNXv8u5j3ihoRUhCRLgA2dQ5-nP6taXiFl9027vKpSdqH02Afgm7R-kEnEH9MbuTslq2GQKgBncW8bfz2PkGJBpZD0c8OVr305HSXpvl2YTmErCt1IF9yo5qDIfHtWdqc9PtQ/s16000/Jambu%20Nova%20Capa.jpg" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><b style="font-family: verdana;">Romance jornalístico <a href="https://clubedeautores.com.br/livro/jambu">JAMBU</a> n</b><span style="font-family: verdana; font-weight: bold;"><b>a atual </b></span><b style="font-family: verdana;">edição</b><b style="font-family: verdana;"> do Clube de Autores</b></td></tr></tbody></table></b></p><p style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: verdana;">RAY
CUNHA</span></b></p>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiTEanYq56mXv50r6oQ9MeicyhVogOqC2_v-MpIjfkUOgwOUvI4XkiyUeiq_vBxgQxLYnYa3uBe9Xs9DZy6yK-yhFFsEnWUugBE2PDCIFUSpycP1OcQWCWvnXf51wWUfj0RxbVqd0pkYxV_IpmwL_AebpFb3iDpouO9yQ_vdgqNWuzwjITeMuA5dbSJk4Lw/s643/Capa.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="643" data-original-width="453" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiTEanYq56mXv50r6oQ9MeicyhVogOqC2_v-MpIjfkUOgwOUvI4XkiyUeiq_vBxgQxLYnYa3uBe9Xs9DZy6yK-yhFFsEnWUugBE2PDCIFUSpycP1OcQWCWvnXf51wWUfj0RxbVqd0pkYxV_IpmwL_AebpFb3iDpouO9yQ_vdgqNWuzwjITeMuA5dbSJk4Lw/s320/Capa.jpg" width="225" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="font-family: verdana;"><b>Capa do <a href="https://clubedeautores.com.br/livro/jambu">JAMBU</a> a ser autografado</b></span></td></tr></tbody></table><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b style="font-family: verdana;">BRASÍLIA,
14 DE FEVEREIRO DE 2024</b><span style="font-family: verdana;"> – A Questão Ianomâmi, que viralizou atualmente
na internet, é também abordada no meu romance jornalístico <b><a href="https://clubedeautores.com.br/livro/jambu">JAMBU</a></b> (Editoras
Clube de Autores e amazon.com.br, 190 páginas, 50 reais), que será autografado dia 2 de
março, um sábado, a partir das 18 horas, no restaurante Belém Belém Amazônia,
um dos redutos da culinária paraense no Rio de Janeiro, situado na </span><span style="font-family: verdana;">Avenida
Rainha Elisabeth da Bélgica 122, Loja A. Essa via liga as avenidas Atlântica,
em Copacabana, à Vieira Souto, em Ipanema.</span><span style="font-family: verdana;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">A sessão de autógrafos em um restaurante paraense tem uma
razão de ser. A sinopse de JAMBU é a seguinte: Durante o Festival Gastronômico
do Pará e Amapá, o jornalista João do Bailique escreve as matérias que comporão
uma edição especial da revista <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Trópico
Úmido</i> sobre a Questão Amazônica e investiga um traficante de crianças e de
grude de gurijuba. Durante o festival gastronômico desfilam os principais
pratos paraenses, como tacacá, maniçoba, pato no tucupi; peixes de primeira
categoria e frutos do mar; além de açaí.</span><span style="font-family: verdana;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Sobre a Questão Ianomâmi, segue-se trecho de <b><a href="https://clubedeautores.com.br/livro/jambu">JAMBU</a></b>:</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b style="font-family: verdana;"><span style="font-size: 24.0pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman";">J</span></b><span style="font-family: verdana;">oão do
Bailique tinha relido a entrevista que o coronel <b><a href="https://www.raycunha.com.br/2019/08/gelio-fregapani-amazonia-sera-ocupada.html">Gelio Fregapani</a></b> concedera a um
repórter do site <i>ABC Politiko</i>, de
Brasília, em fevereiro de 2005, quando Fregapani afirmou que a reserva
Ianomâmi, do tamanho de Portugal e na tríplice fronteira, em litígio, Brasil,
Venezuela e Guiana, é a maior e mais rica província mineral do planeta, e que
já havia manifestação na Organização das Nações Unidas (ONU) de torná-la nação
independente do Brasil.</span><span style="font-family: verdana;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><span style="font-family: verdana;">Fregapani foi o mentor da Doutrina Brasileira de Guerra na
Selva e fundou e comandou o Centro de Instrução de Guerra na Selva. No seu
livro <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Amazônia – A Grande Cobiça
Internacional</i> (Thesaurus Editora, Brasília, 2000, 166 páginas), Fregapani
critica ONGs como a WWF (Wold Wildlife Found).</span></span><span style="font-family: verdana;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><span style="font-family: verdana;">Os ianomâmis são uma nação verdadeira ou forjada? –
perguntou o repórter. “Absolutamente forjada. São quatro grupos distintos,
linguisticamente, etnicamente, e, por vezes, hostis entre eles. A criação dos
ianomâmis foi uma manobra muito bem conduzida pela WWF com a criação do Parque
Ianomâmi, para, certamente, criar uma nação que se separe do Brasil.</span></span><span style="font-family: verdana;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><span style="font-family: verdana;">“O Parque Ianomâmi é uma região do tamanho de Portugal, ou
de Santa Catarina, onde, segundo afirmação da Funai (Fundação Nacional do
Índio), há 10 mil índios. A Força Aérea, que andou levando o pessoal para
vacinação, viu que os índios não passam de 3 mil. Ainda que fossem 10 mil, há
motivo para se deixar a área mais rica do país virtualmente interditada ao
Brasil? O esforço deveria ser no sentido de integrá-los na comunidade nacional.
Nenhuma epidemia vai deixar de atingir índios isolados. A única salvação, nesse
caso, é a ciência médica.</span></span><span style="font-family: verdana;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><span style="font-family: verdana;">“A área ianomâmi é imensa e riquíssima, está na fronteira e
há outra área ianomâmi, similar, no lado da Venezuela. Então, está tudo pronto
para a criação de uma nação. Um desses pretensos líderes, Davi Ianomâmi,
orientado naturalmente pelos falsos missionários americanos, já andou pedindo
na Organização das Nações Unidas (ONU) uma nação, e a ONU andou fazendo uma
declaração de que os índios podem ter a nação que quiserem.”</span></span><span style="font-family: verdana;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><span style="font-family: verdana;">Ianomami é uma palavra criada por antropólogos, com o
significado de “ser humano”. No Brasil, os índios que os ingleses denominam de
ianomâmi ocupam as montanhas da fronteira com a Venezuela numa área contínua de
9.419.108 hectares, mais de duas vezes o estado do Rio de Janeiro,
constituindo-se na região mais rica da Terra em minerais preciosos, e que as
potências hegemônicas, com ajuda da ONU, querem transformar em colônia.</span></span><span style="font-family: verdana;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><span style="font-family: verdana;">Na Venezuela, os ianomâmis ocupam uma área de 8,2 milhões de
hectares. Somando-se as duas áreas, dá um total de 192 mil quilômetros
quadrados, abrangendo terras das bacias dos rios Amazonas e Orinoco, território
coberto por densa floresta e as serras Parima e Pacaraima, com solos
inadequados à agricultura. O Pico da Neblina, ponto culminante do Brasil, dorme
na Terra Indígena Ianomâmi e Parque Nacional do Pico da Neblina, na fronteira
do Brasil com a Venezuela.</span></span><span style="font-family: verdana;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><span style="font-family: verdana;">O Projeto Radar da Amazônia (Radam), operado entre 1970 e
1985 pelo Ministério das Minas e Energia, coletou imagens aéreas de radar
especialmente para análises geológicas, inclusive da Terra Indígena Ianomâmi.
Entre 1987 a 1992, a região sofreu invasão de 45 mil garimpeiros, que sempre
são acompanhados de todo tipo de aventureiros; queriam principalmente ouro.
Cerca de 1.800 ianomâmis sucumbiram à invasão, principalmente vítimas dos
microrganismos letais que os garimpeiros conduziam, além da violência.</span></span><span style="font-family: verdana;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><span style="font-family: verdana;">Em julho de 1993, garimpeiros invadiram uma aldeia ianomami,
fuzilaram e mataram a golpes de facão 16 índios, entre os quais idosos,
mulheres e crianças. Pela primeira vez, a Justiça brasileira condenou os réus
por genocídio. Em novembro de 2014, uma equipe de pesquisadores visitou 19
aldeias e coletou 239 amostras de cabelo dos indígenas, e 35 amostras de
peixes; 92% das amostras apresentaram alto índice de contaminação por mercúrio.</span></span><span style="font-family: verdana;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><span style="font-family: verdana;">O livro <i style="mso-bidi-font-style: normal;">A Farsa
Ianomâmi</i>, do coronel Carlos Alberto Lima Menna Barreto, ex-comandante do
Segundo Batalhão Especial de Fronteira, em Roraima, e ex-secretário de
Segurança do antigo Território Federal de Roraima, procura provar que os
ianomâmis são tribos indígenas espalhadas ao longo da fronteira do Brasil com a
Venezuela, e não uma única tribo.</span></span><span style="font-family: verdana;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><span style="font-family: verdana;">O almirante Braz Dias de Aguiar, que morreu em 17 de
setembro de 1947, dedicou 30 anos à Amazônia, ajudando na demarcação dos 10.948
quilômetros que a separam dos países vizinhos. Relatório de Braz de Aguiar dão
conta de que as tribos indígenas do Vale dos Rios Negro e Branco pertencem às
famílias aruaque e caribe.</span></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Segundo Menna Barreto, uma jornalista e fotógrafa suíça,
Claudia Andujar, mencionou, pela primeira vez, em 1973, o grupo indígena por
ela denominado “ianomâmi”, numa faixa na fronteira entre Brasil e Venezuela.
Ela não agiu por conta própria, mas sob a orientação da Christian Church World
Council, ou Conselho Mundial de Igrejas, sediada na Suíça, e dirigida por um
Conselho Coordenador formado por seis entidades internacionais: Comitê
International de la Defense de l´Amazon; Inter-American Indian Institute; The
International Ethnical Survival; The International Cultural Survival; Workgroup
for Indigenous Affairs; e The Berna-Geneve Ethnical Institute.</span><span style="font-family: verdana;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><span style="font-family: verdana;">Consta, nas diretrizes da Christian Church World Council: “É
nosso dever garantir a preservação do território da Amazônia e de seus
habitantes aborígines, para o seu desfrute pelas grandes civilizações
europeias, cujas áreas naturais estejam reduzidas a um limite crítico”.</span></span><span style="font-family: verdana;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><span style="font-family: verdana;">Claudia Andujar promoveu a criação da organização
não-governamental Comission for the Creation of the Yanomami Park, que, durante
15 anos, pressionou o governo brasileiro no sentido de criar uma área exclusiva
para aqueles índios, que, na época, totalizavam pouco mais de 11 mil
indivíduos. Em 1992, a organização foi vitoriosa. Fernando Collor de Mello,
ex-presidente defenestrado do Palácio do Planalto, foi quem homologou a reserva
Ianomâmi, em 25 de maio de 1992. São 97 mil quilômetros quadrados para um
punhado de índios, além de ocupar faixa de fronteira, passando por cima da
Constituição.</span></span><span style="font-family: verdana;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><span style="font-family: verdana;">A área contém as maiores jazidas de nióbio do planeta. O
nióbio é de alto valor estratégico. Mais leve que o alumínio, adicionado ao aço
é mais resistente do que aço amalgamado com cromo-niquelado. Além do seu uso na
indústria aeroespacial, o nióbio é valioso na indústria bélica. A construção de
cosmonaves e satélites depende de nióbio, resistente ao frio cósmico e ao
impacto de pequenos meteoritos, além de ser um grande condutor de energia, em
celulares, computadores e turbinas de aviões; 98% do nióbio do mundo estão na
Amazônia.</span></span><span style="font-family: verdana;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><span style="font-family: verdana;">Outro ex-presidente (atualmente, reconduzido ao poder), Luiz
Inácio Lula da Silva, preso em 2018 por corrupção, homologou outra reserva,
imensa, em Roraima, a Raposa Serra do Sol, onde só vivem índios aculturados.</span></span><span style="font-family: verdana;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><span style="font-family: verdana;">Ongs estrangeiras se amontoam na Amazônia, exatamente sobre
gigantescas jazidas de minérios, especialmente nióbio. A Raposa e Serra do Sol
mede 1.743.089 hectares para abrigar outro punhado de índios aculturados.</span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><span style="font-family: verdana;">João do Bailique olhou para a mesa dos jurados. Danielle
continuava lá, conversando com aquele chefe francês. Deu uma bocada numa
colherada de açaí com farinha de tapioca.</span></span><span style="font-family: verdana;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><span style="font-family: verdana;">A Raposa e Serra do Sol fica no nordeste do estado de
Roraima, abrangendo terras dos municípios de Normandia, Pacaraima e Uiramutã,
entre os rios Tacutu, Maú, Surumu e Miang, e a tríplice fronteira com a
Venezuela e a Guiana. Nela, vivem cerca de 20 mil índios, ingaricós, macuxis,
patamonas, taurepangues, uapixanas e patamonas.</span></span><span style="font-family: verdana;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><span style="font-family: verdana;">A maior parte da reserva é de cerrado; a porção montanhosa
culmina com o monte Roraima, marco na tríplice fronteira Brasil, Venezuela e
Guiana; o Monte Caburaí, onde fica a nascente do rio Ailã, ponto extremo do
norte do país, também fica na reserva, demarcada no governo do presidente
Fernando Henrique Cardoso, em 1998, e homologada pelo seu sucessor, Luís Inácio
Lula da Silva, em 2005.</span></span><span style="font-family: verdana;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><span style="font-family: verdana;">Nos anos de 1970, colonos começaram a plantar arroz nas
terras, chegando a produzir 160 mil toneladas de grãos por ano, em uma área de
100 mil hectares, às margens do rio Surumu, na borda sul da reserva. Em junho
de 2007, o Supremo Tribunal Federal (STF) determinou a desocupação da reserva;
em março de 2008, a Polícia Federal iniciou a Operação Upatakon III.</span></span><span style="font-family: verdana;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><span style="font-family: verdana;">Houve resistência, sob o argumento de que a área ocupada
pelos arrozeiros correspondia a 1% do total da reserva, mas responsável por 6%
da economia do estado Roraima. Em abril de 2008, o governo de Roraima entrou
com representação no STF reivindicando a suspensão da ordem de desocupação. O
governo federal enviou tropas da Força de Segurança Nacional, mas a representação
foi acatada por unanimidade no Supremo e a Operação Upatakon III foi suspensa.</span></span><span style="font-family: verdana;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><span style="font-family: verdana;">Em 20 de março de 2009, o Supremo confirmou a homologação da
Terra Indígena Raposa e Serra do Sol, determinando a retirada dos não indígenas
da região. Na época, o general Augusto Heleno Ribeiro Pereira, então comandante
Militar da Amazônia, perguntou: “Como um brasileiro não pode entrar numa terra
porque é uma terra indígena?”</span></span><span style="font-family: verdana;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><span style="font-family: verdana;">As reservas indígenas na Amazônia constituem uma
inacreditável província mineral, mas é nelas que cerca de 100 mil Ongs
estrangeiras deitam e rolam sobre esse tesouro brasileiro, segundo o general
Durval Nery, do Centro de Estudos Estratégicos do Exército, e que comandou
durante vários anos um Batalhão de Forças Especiais na Amazônia.</span></span><span style="font-family: verdana;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><span style="font-family: verdana;">Essas Ongs teriam a missão de desestabilizar o governo
brasileiro e provocar uma intervenção internacional na Amazônia? É impensável,
hoje, a Inglaterra, ou os Estados Unidos, ou, seja lá quem for, tomar na marra
a Amazônia, embora seja aparentemente fácil ocupar o próprio Brasil. Bastaria
bombardearem Itaipu, Tucuruí e mais duas ou três hidrelétricas para invadir o
país quase sem resistência. Não temos navios de guerra, nem submarinos, nem
caças, muito menos mísseis.</span></span><span style="font-family: verdana;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><span style="font-family: verdana;">Mas a Amazônia já está ocupada. Por exemplo: o Japão não
importa mais apenas bauxita, mas alumina, produzida graças à energia de Tucuruí
agregada ao produto. Uma das matérias da <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Trópico
Úmido</i> era sobre a New Steel, mineradora americana que levou de Serra do
Navio, no Amapá, 40 milhões de toneladas do manganês mais puro do mundo,
deixando um buraco gigantesco.</span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><span style="font-family: verdana;">Aguardo meus amigos que moram no Rio de Janeiro, dia 2 de
março, no Belém Belém Amazônia, a partir das 18 horas.</span><o:p></o:p></span></p>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5855568031215680198.post-55765576978397876162024-02-13T19:37:00.002-03:002024-02-13T19:37:14.088-03:00RAY CUNHA publica TRÓPICO com 38 contos <table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg8wKjV__yqq_k3YYiOWxyPCURsa_qpuZ38P5B0G9PLw_0Ji3CW7h7sjUbWibjokZ9X-88-cVIqJhe21YZhepTz9HaYMi6huHHEitTK3IGurPx-0esVqTb1dW7yRL_bfmKJZrYlbmVbUtxaTOgJEzMmMHVDCvqHCjYiHpCRv756NuSxHOu4DYbmckuqJiSG/s673/Tr%C3%B3pico.png" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><img border="0" data-original-height="673" data-original-width="453" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg8wKjV__yqq_k3YYiOWxyPCURsa_qpuZ38P5B0G9PLw_0Ji3CW7h7sjUbWibjokZ9X-88-cVIqJhe21YZhepTz9HaYMi6huHHEitTK3IGurPx-0esVqTb1dW7yRL_bfmKJZrYlbmVbUtxaTOgJEzMmMHVDCvqHCjYiHpCRv756NuSxHOu4DYbmckuqJiSG/s16000/Tr%C3%B3pico.png" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="font-family: verdana;"><b>TRÓPICO, em edição do Clube de Autores. </b></span><b style="font-family: verdana;">A maioria dos contos é uma explosão de corrupção na capital do trópico. </b><b style="font-family: verdana;">A foto da capa é TUIUIÚ </b><span style="font-family: verdana;"><b>CRUCIFICADO, grafite sobre tela do pintor amapaense Olivar Cunha</b></span></td></tr></tbody></table>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5855568031215680198.post-68385639999064187782024-02-11T20:24:00.005-03:002024-02-13T19:37:58.929-03:00Contos de uma Amazônia diferente da fantasia de Leonardo DiCaprio. Memorial dos Gatos<p style="text-align: justify;"></p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhIgwm24QYEh0GqIDmrhl2A1BJU22ymKjAAA8GFam3qlK6lWZlALG7ItCvzp2SweFdNA2mILYlqcS2fwJk4R14q0UWKNZhnu2ph4PwPSP-0mCyPl1gSH2ftZeuIGt3RTEazaUsO0Pw3cXQvaXHSJjhPxGVK5H5vLmyvn5UiQ90gXe-Ijkn6QdwonUwTNCNv/s673/Amaz%C3%B4nia.png" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="673" data-original-width="453" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhIgwm24QYEh0GqIDmrhl2A1BJU22ymKjAAA8GFam3qlK6lWZlALG7ItCvzp2SweFdNA2mILYlqcS2fwJk4R14q0UWKNZhnu2ph4PwPSP-0mCyPl1gSH2ftZeuIGt3RTEazaUsO0Pw3cXQvaXHSJjhPxGVK5H5vLmyvn5UiQ90gXe-Ijkn6QdwonUwTNCNv/s16000/Amaz%C3%B4nia.png" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="font-family: verdana;"><b>Edição de AMAZÔNIA do Clube de Autores: a Hileia real, nuazinha</b></span></td></tr></tbody></table><p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><b style="font-family: verdana;">BRASÍLIA, 11 DE FEVEREIRO DE 2024 </b><span style="font-family: verdana;">– A Amazônia povoa o imaginário
das pessoas em todo o planeta. Porém, geralmente, é uma Amazônia irreal. Em
<b><a href="https://clubedeautores.com.br/livro/amazonia-4">AMAZÔNIA</a></b>, Ray Cunha ambienta 29 contos na última fronteira da Terra, despindo-a
de qualquer enfeite e exibindo-a como ela é, em toda a sua nudez e realidade –
tanto a Hileia quanto as grandes cidades incrustadas na selva.</span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Algumas dessas histórias curtas
são inéditas, mas a maioria compõe a reunião da trilogia homônima, publicada
nos livros: <b><a href="https://clubedeautores.com.br/livro/a-grande-farra">A GRANDE FARRA</a></b>, <b><a href="https://www.estantevirtual.com.br/livros/ray-cunha/tropico-umido-tres-contos-amazonicos/2749426660">TRÓPICO ÚMIDO</a></b> e <b><a href="https://www.amazon.com.br/Boca-Jacar%C3%A9-a%C3%A7u-Amaz%C3%B4nia-Como-Ela/dp/8564898454/ref=sr_1_1?__mk_pt_BR=%C3%85M%C3%85%C5%BD%C3%95%C3%91&crid=C0VBWPTY9LNZ&keywords=Na+Boca+do+Jacar%C3%A9&qid=1707693549&s=books&sprefix=na+boca+do+jacar%2Cstripbooks%2C263&sr=1-1">NA BOCA DO JACARÉ</a></b>.</span><span style="font-family: verdana;"> </span></div>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Quanto às personagens ou
situações destes contos, qualquer semelhança com a realidade é mera
coincidência, pois são apenas frutos da criação do escritor.</span><span style="font-family: verdana;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Ray Cunha nasceu em Macapá/AP,
cidade situada na esquina do maior rio do mundo, o Amazonas, com a Linha
Imaginária do Equador, e, durante uma década e meia, trabalhou como repórter
nos maiores jornais da Amazônia Clássica, viajando amplamente por todo o
Trópico Úmido brasileiro.</span><span style="font-family: verdana;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">É autor dos romances: <b><a href="https://www.raycunha.com.br/2024/02/carmen-monarcha-marca-presenca-em-jambu.html">JAMBU</a></b>, <b><a href="https://clubedeautores.com.br/livro/o-clube-dos-onipotentes">OCLUBE DOS ONIPOTENTES</a></b>, <b><a href="https://clubedeautores.com.br/livro/fogo-no-coracao">FOGO NO CORAÇÃO</a></b>, <b><a href="https://clubedeautores.com.br/livro/hiena">HIENA</a></b>, <b><a href="https://clubedeautores.com.br/livro/a-confraria-cabanagem">A CONFRARIA CABANAGEM</a></b> e <b><a href="https://clubedeautores.com.br/livro/a-casa-amarela">A CASA AMARELA</a></b>, todos à venda no <b><a href="https://clubedeautores.com.br/books/search?where=books&what=Ray+Cunha">Clube de Autores</a></b> e na <b><a href="https://www.amazon.com.br/s?k=rAY+cUNHA&i=stripbooks&__mk_pt_BR=%C3%85M%C3%85%C5%BD%C3%95%C3%91&crid=299R6TTCWXVSU&sprefix=ray+cunha%2Cstripbooks%2C376&ref=nb_sb_noss_1">amazon.com.br</a></b>.</span><span style="font-family: verdana;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Segue-se o conto <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Memorial dos Gatos</i>.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b style="font-family: verdana; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-size: 24pt;">O</span></b><span style="font-family: verdana; text-indent: 35.4pt;">s
três animais, com seus donos, estavam quietos, na antessala do ambulatório do
Curso de Graduação em Veterinária da Faculdade de Ciências Agrárias do Pará. Eu
os via através do vidro que separava o ambulatório da antessala. Não sei por
que me lembravam criminosos baleados, capturados pela polícia e levados ao
pronto-socorro. Atendi primeiramente o cachorro, que fora esfaqueado.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; text-indent: 35.4pt;"><span> </span>– Doutor, este
meu cachorro não tem culpa. Não deixe prenderem ele. Só atacou meu vizinho, que
é açougueiro de profissão e assassino de cachorro por prazer. Só porque meu
Hércules avançou nele deu essa baita facada no bichinho. Sorte que não degolou
o pobre. Se a facada não tivesse pegado de jeito nele, meu Hércules teria
arrancado os colhões daquele assassino, com licença da palavra.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: verdana;">– Foi só de
raspão, madame.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: verdana;">– Sempre me
disseram que aqui o tratamento é de primeira; posso consultar o senhor?<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: verdana;">– Só animais,
senhora.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: verdana;">– Me disseram
que o senhor é o mandachuva daqui, por isso faço questão que meu Hércules seja
atendido pelo senhor.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: verdana;">– Sou apenas
um dos professores e atendo a comunidade todas as segundas e sextas-feiras –
disse à mulher.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: verdana;">– Mas o senhor
merecia ser médico. Tem jeito para pegar no meu Hércules. Como é que eu vou lhe
pagar, meu santo doutor?<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>–
Aqui, tudo é de graça.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: verdana;">– Meu Deus,
onde já se viu isso! Vou acender uma vela para o dono disso aqui. Na minha
cidade, Abaetetuba, o médico de lá cobra por tudo e corta todo mundo. Diz que
todo mundo tem o tal de câncer. Depois que vim pra cá pra Belém tudo é de graça
e do bom e do melhor. Até remédio é de graça; o senhor não poderia me arranjar
alguns?<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: verdana;">– O que é que
a senhora sente?<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: verdana;">– Uma opressão
aqui no peito! Quando vi meu Hércules sangrando na peixeira daquele assassino
tive uma vertigem. Só não fui dar parte na polícia porque ainda iam querer
prender meu Hércules. O Geronço açougueiro é irmão de um investigador muito
brabo. Mas vou mandar darem uma surra naquele assassino. Só tenho medo do investigador
descobrir, me prender, bater em mim e em todo mundo lá em casa e depois
expulsar a gente da cidade sem direito a levar nada. Mas vou acender uma vela
preta que é pra ele ver o que é bom.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: verdana;">– A senhora
tem de trazer o cachorro de novo, sexta-feira. Traga neste mesmo horário. E não
o deixe atacar as pessoas.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: verdana;">– Mas ele é
manso, doutor. Avança nos outros só de brincadeira.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>–
Dê esse remédio para ele, de seis em seis horas. Dilua num pouco d’água.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: verdana;">– Vou trazer
uns peixes para o senhor.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: verdana;">– Tudo bem, obrigado.
Agora leve o Hércules para descansar e esqueça o açougueiro. Vá com Deus.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: verdana;">– O senhor é
um santo! Que Deus lhe pague. Sexta-feira, vou trazer de novo meu Hércules,
doutor. Que Deus lhe abençoe!<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: verdana;">Olhei os
outros dois pacientes. O galo inspirava mais cuidado.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: verdana;">– O que foi
que aconteceu a este galo? – perguntei ao dono da ave.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: verdana;">– Este galo é
um rei aposentado, doutor. Lutou, ontem à noite, contra o Gigante da Terra
Firme. Perdeu um olho, mas acabou com a raça do Gigante; não sei se o dono, o
Dicão de Abaeté, comeu ele, ou enterrou. Se fosse este meu rei, aqui, seria
enterrado com missa de corpo presente. Conheço um padre que faria isso. Mas
agora este bicho vai descansar.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: verdana;">– Está cego
mesmo. Só vai dar para fazer um curativo.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: verdana;">– Eu lhe
agradeço muito, doutor, e quero convidar o senhor para comer uma tracajazada,
domingo, lá em casa. É uma casa humilde, mas farta, graças a Deus. Faça o que
for possível pelo meu campeão. Este galo já me deu muita alegria, mais até do
que o Paissandu, que só tem me dado raiva.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: verdana;">– Ele tem que
ficar de repouso.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: verdana;">– Ele vai é
ficar de repouso o resto da vida. Não vou deixar que a Geralda, minha mulher
gulosa, aquela mucura velha, coma ele. Já deixei ela comer muitos galos meus,
tudo pé-duro.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: verdana;">– Ele vai
ficar bem.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: verdana;">– Como é, o senhor
aceita a tracajazada?<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: verdana;">– Fica para
outra vez. Já tenho compromisso para domingo... É, ele só sofreu praticamente
uma bicada no olho.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: verdana;">– Que Deus
guie sempre suas mãos, doutor. Este galo é como Muhammed Ali, um bailarino, uma
borboleta! Mas agora este rei do tablado vai descansar, vai curtir do bom e do
melhor.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: verdana;">– Pronto!
Agora ele pode se aposentar com dignidade.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: verdana;">– O senhor não
sabe como eu fico feliz de ouvir isso, doutor! Sinceramente, não sei como
agradecer a sua fineza. Já que o senhor não pode ir domingo lá em casa vou
trazer pro senhor um quilo de tracajá e outro de tucunaré.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: verdana;">– Vá com Deus
e o seu campeão. Sei que ele terá uma aposentadoria esplêndida.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: verdana;">– Que Deus
abençoe essa sua mão de santo, doutor! Fique com Deus!<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: verdana;">Na antessala
aguardavam-me o gato e sua dona. O bichano estava quieto, no regaço da mulher.
A água fervente atingira-o apenas em alguns pontos.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: verdana;">– Ele já está
conformado com o que aconteceu. Foi a vizinha. Quando voltar pra casa vou tomar
satisfação daquele cabo de guarda-sol empertigado.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: verdana;">– Deixe isso
pra lá, madame, não é nada grave; por isso atendi primeiramente o cachorro
esfaqueado e depois o pugilista.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: verdana;">Adoro gatos.
Foi por causa deles que me tornei veterinário e me separei de Tharcilla. Ela
não os suportava na mesma medida em que os aprecio. São dóceis, voluntariosos,
macios, silenciosos. Valiosos apenas pela sua companhia silenciosa e limpa.
Valem pelo que são. Mas, sobretudo, inspiram-me caridade. Tenho, atualmente, 43
bichanos na minha casa, na Estrada do Coqueiro. Herdei de meus pais a casa na
Estrada do Coqueiro, onde continuo morando. Meus gatos andam por lá, à vontade,
caçando e dormindo. Gosto de vê-los. Minha preferida é uma gata homônima de
Tharcilla, grande e branca, que já cansou de me trazer rolinhas
recém-capturadas. Depeno-as, corto-lhes a cabeça e as pernas, limpo-as e
devolvo-as a Tharcilla, que as devora com grande prazer. Meu amor pelos gatos
remonta à minha infância; de tanto vê-los morrer. Eles morriam como crianças
que apanham até o fim. Eu tinha doze anos quando conheci Tom-Tom, um menino
novato no bairro, dono de uma cadela, chamada Barriga. Uma cadela bassê. Não
era bem bassê, mas uma mistura com vira-lata. Barriga era uma cadela assassina.
Matava gatos. Um dia, brincávamos no monturo onde nos reuníamos. Perguntei por
que o focinho de Barriga era só cicatrizes. Tom-Tom me chamou, e aos outros,
para o fundo do quintal de uma das casas da vizinhança. Um gato, desses comuns,
estava deitado numa parte do chão completamente sem mato. Era uma tarde
terrivelmente quente e o bicho estava ali, na frescura da terra. Barriga se
aproximou dele, devagar, farejando. O gato se voltou para ela, mas não se
levantou. Como quem não quer nada, a cadela chegou bem junto ao gato. Nós
estávamos escondidos. Então, de repente, rápida como uma cobra, ela mordeu uma
patinha do gato. Ele emitiu um miado horrível, mas já estava com uma pata fora
de combate. Então Barriga pegou-o na costela e deu-lhe uma dentada. A cadela
era rápida como um raio. O gato tentou se arrastar, mas a cadela abocanhou seu
pescoço e sacudiu-o. Logo o animal estava morto. Aquilo durou menos de um
minuto. Morto, o gato parecia muito feio, ensanguentado e sujo de terra.
Assemelhava-se a uma pasta feita de sangue, terra e pelo. Tom-Tom pegou um
pedaço de pau e começou a cavar. Nós o ajudamos. Barriga sentara-se próximo de
nós e acompanhava o serviço. Seu focinho era sulcado de cicatrizes, uma das
quais começava junto do olho esquerdo.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: verdana;">– Este foi
fácil – disse Tom-Tom, quando acabamos de enterrar o gato. – Sei onde tem um
grande. Vamos lá, cambada!<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: verdana;">O gato era
ainda jovem, mas estava a caminho de ser realmente grande e começava a ter a
cara de mau, com grandes olhos vermelhos e pelo amarronzado, que lhe dava um
tom sujo e antipático. Pertencia a um vendedor de peixe. Animal e dono eram
ultrajantes. Mas, apesar de repulsivo, aquele gato não merecia ter a morte que
teve. Quando o encontramos comia uns restos de peixe em um monturo próximo da
sua casa. Percebeu nossa aproximação ainda de longe e se pôs em guarda. Fizemos
um cerco, de maneira que ele ficou encantoado no muro de um clube que havia
ali, bastante frequentado nos fins de semana, onde aquele gato feio deveria
comer as sobras de comida, engordar e ficar daquele jeito. Na primeira
investida de Barriga o bicho ficou todo eriçado e acertou uma patada na orelha
da cadela, de onde minou sangue. Barriga conseguiu morder o rabo do bichano –
deve ter doído muito, a julgar pelo berro horripilante que o gato emitiu – e
pulou em cima dele. Embolaram-se. Ela visava sempre a barriga. Conseguiu morder
ali com tanta força que o gato se desequilibrou. A cadela aproveitou e quebrou
uma das patas dele com uma dentada terrível. O bichano tentou correr, mas foi
tarde demais, pois a cadela enfiou os dentes novamente na barriga dele. Dessa
vez o bicho caiu sem forças para resistir. Então, sem pressa, a cadela se
aproximou dele, procurando evitar a pata dianteira sã, e segurou-o pelo
pescoço. O gato emitiu um lamento lúgubre. Ela apertou os dentes, sem pressa. O
gato, agora, só fazia gemer. Barriga o ergueu e o atirou adiante. Fez isso
várias vezes. Pensamos que o gato estava morto, mas o animal ainda tentou se
arrastar. Aí Barriga acertou-o com uma daquelas dentadas implacáveis na
barriga, e o gato não mais se moveu. Enterramos aquele também.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: verdana;">– Mais um –
disse Tom-Tom. Era um menino mais velho do que nós, uns cinco garotos que
frequentemente brincávamos juntos. Devia ter uns quatorze anos. Lembrando-me
dele, agora, vejo-o, com seus olhinhos de tubarão e nariz de porco.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: verdana;">Certa vez
estávamos jogando peteca quando ouvimos os latidos de Barriga. Ela apareceu com
o focinho ensanguentado. Queria que a seguíssemos. Pouco adiante, o mato estava
revolvido e havia sinais de luta por ali. O gato, enorme, estava deitado, como
que descansando, ganhando força. Deve ter sido uma luta e tanto, pois Barriga
tinha um corte feio, do pescoço até quase o olho. Quando nos viu o gato tentou
se arrastar. Estava no fim. Barriga o moera literalmente. Tenho a impressão de
que aquela cadela chamou a gente para vê-la executar o gato, e isso me deixa
arrepiado. Sem pressa, o pescoço ensanguentado, ela se aproximou do bichano,
que ficou atento, e pegou-o pela única pata sã. Ouvimos quando suas mandíbulas
rebentaram aquela pata e ouvimos o lamento do gato. O animal era uma massa sanguinolenta.
Não podia mais sequer arrastar-se. Então Barriga o segurou na barriga e deu não
sei quantas dentadas, até que aquela massa sanguinolenta se aquietasse
definitivamente. Era quase noite. Tom-Tom fora embora para ver os cortes na
cadela e os outros meninos o acompanharam. Sentei-me na relva e fiquei ali,
sozinho, até que escurecesse de vez. Tom-Tom enterrava sempre os gatos que sua
cadela matava, mas dessa vez, como Barriga estivesse sangrando, deixou o
cadáver ali. Um pouco mais adiante de mim, mergulhado na negrura da noite que
se espalhava como neve, jazia o cadáver do gato. Então ouvi um miado. Parecia
que o miado viera de outro mundo. Talvez tenha sido impressão minha, mas um
grande cansaço tomou conta de mim. Naquele momento tomei duas decisões: matar
Barriga e me tornar veterinário.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: verdana;">Tom-Tom jamais
soube quem matou sua cadela. O caso aconteceu da seguinte maneira: um desses
circos caindo aos pedaços se instalou na Cidade Nova, no município de
Ananindeua, zona metropolitana de Belém. Eles tinham um leão velho e ossudo e
soube que o alimentavam com cachorros vira-latas. Combinei tudo com o tratador
do leão. Tom-Tom estudava de manhã. Eu também. Disse em casa que não haveria
aula naquele dia, peguei Floco de Neve, meu gatinho, agasalhei-o na cestinha da
bicicleta e passei defronte à casa de Tom-Tom. Barriga me viu e ficou
hipnotizada pelo meu bichano, um lindo gatinho que ganhara de presente. Chamei
a cadela. Ela veio. Atraí-a até um terreno baldio próximo de casa, onde já
havia guardado a caixa. Abri-a. Barriga viu o pedaço de carne e entrou na caixa
para pegá-lo. Fechei-a. Barriga era uma cadela silenciosa. Isso facilitou seu
fim. Fui rapidamente em casa, deixei Floco de Neve e a bicicleta e voltei para
pegar a caixa com Barriga. Apanhei um ônibus, levando a caixa comigo, e desci
na Cidade Nova. O tratador pegou Barriga com uma vara comprida e um laço na
extremidade. Vocês precisavam ver como a cadela se debatia e gania à caminho da
morte. O leão devia estar doente, pois parecia muito quieto. Era possível ver
suas costelas. O tratador abriu uma portinhola na parte de cima da jaula,
ergueu Barriga e atirou-a lá dentro. Ela defecou. O leão se levantou. A cadela
pulou, tentando sair pela portinhola por onde entrara, e que agora estava
fechada. O leão lhe deu uma patada e ela caiu tremendo. Então a fera abocanhou
a cadela no pescoço. Ouvimos ossos sendo partidos. Pedi ao tratador a cabeça de
Barriga, que pus num saco e a escondi numa árvore até tarde da noite, quando
dei um jeito de sair de casa e joguei a cabeça na varanda da casa de Tom-Tom.
Pouco depois sua família mudou-se do bairro e nunca mais o vi.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: verdana;">Minha
ex-mulher é policial, exímia atiradora. Eram duas horas da tarde. Fazia um
calor dos diabos. Tharcilla estava de folga e tentava cochilar. Naquela época,
eu criava um gato grande, branco, malhado de preto. Chamava-se Colhudo, porque
o bicho tinha um par de ovos que pareciam de carneiro. Era um gato sacana.
Vivia na sacanagem com as gatas da vizinhança. Pois bem, naquele dia, em pleno
sol de rachar, o bichano estava tentando comer uma gata. Minha ex-mulher se
levantou da cama aborrecida, pegou o rifle, foi para a janela e fez pontaria.
Foi tudo muito rápido. Eu estava sentado à escrivaninha, lendo e dormitando,
próximo à cama.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: verdana;">– Grita agora,
sacana! – ela disse.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: verdana;">Levantei-me e
olhei em direção ao tiro e vi Colhudo tombado sobre a latada de maracujá. Saí
de casa e corri para a latada. Colhudo parecia estar deitado. Sua cabeça fora
pulverizada. Seus miolos voaram longe. Retornei à casa.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: verdana;">– Cai fora,
cadela – disse à Tharcilla. Ela não se mexeu. Só se mexeu três dias depois,
quando viu que eu não estava brincando. Casáramos com separação de bens e a
casa era herança do meu velho.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: verdana;">Como se aquela
puta não fizesse barulho quando gozava.</span><o:p></o:p></p>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5855568031215680198.post-8737258501750166692024-02-09T18:16:00.003-03:002024-02-09T18:16:14.150-03:00Carmen Monarcha marca presença em JAMBU<p style="text-align: justify;"><b><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiUCFgxbc7Kr57sEXu0k4eKZ380GY875diCeY4-wDoBJW-gtS1dSnsYm07yyXbybQfzRDAusSapHlIbW-JMHFaVcWoiVZOpUzbmfpMeOXdQ2ecf7Bwu9q25An-Dfp6jLfdHs8zcKPtVf9pPyhkg_LyZ-WGPqzGjXwE83UiNZxcRUQWBTqLLYlRec2gSlPf9/s800/Carmen%20Monarcha.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="533" data-original-width="800" height="266" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiUCFgxbc7Kr57sEXu0k4eKZ380GY875diCeY4-wDoBJW-gtS1dSnsYm07yyXbybQfzRDAusSapHlIbW-JMHFaVcWoiVZOpUzbmfpMeOXdQ2ecf7Bwu9q25An-Dfp6jLfdHs8zcKPtVf9pPyhkg_LyZ-WGPqzGjXwE83UiNZxcRUQWBTqLLYlRec2gSlPf9/w400-h266/Carmen%20Monarcha.jpg" width="400" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="font-family: verdana;"><b><a href="https://carmenmonarcha.com.br/">Carmen Monarcha</a> no Teatro da Paz, em Belém do Pará</b></span></td></tr></tbody></table></b></p><p style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: verdana;">RAY
CUNHA</span></b><b><o:p><span style="font-family: verdana;"> </span></o:p></b></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">BRASÍLIA,
9 DE FEVEREIRO DE 2024 </span></b>– <b><a href="https://clubedeautores.com.br/livro/jambu">JAMBU</a></b> será autografado dia 2 de
março, um sábado, no restaurante Belém Belém Amazônia, da empresária Mira
Jatene. Santuário da cozinha paraense no Rio de Janeiro, o Belém Amazônia fica na
Avenida Rainha Elisabeth da Bélgica 122, Loja A. Essa via liga as
avenidas Atlântica, em Copacabana, à Vieira Souto, em Ipanema.</span><span style="font-family: verdana;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">A sinopse de <b><a href="https://clubedeautores.com.br/livro/jambu">JAMBU</a></b> é a seguinte: Durante o Festival
Gastronômico do Pará e Amapá, o jornalista João do Bailique escreve as matérias
que comporão uma edição especial da revista <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Trópico
Úmido</i> sobre a Questão Amazônica e investiga um traficante de crianças e de
grude de gurijuba.</span><span style="font-family: verdana;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Em <b><a href="https://clubedeautores.com.br/livro/jambu">JAMBU</a></b>, personagens de ficção se misturam com pessoas
reais, vivas ou mortas. Uma dessas pessoas é a cantora lírica Carmen Monarcha,
por duas razões. Além de paraense da gema, Carmen é filha de um grande amigo,
um dos gurus que me ajudaram a aprender a ler a bússola da vida: o poeta e
cineasta luso-manauara <b><a href="https://www.raycunha.com.br/2020/06/amigos.html">José Pereira Gaspar</a></b>.</span><span style="font-family: verdana;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Fui apresentado a ele pelo jornalista e líder negro <b><a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Nestor_Nascimento">Nestor José Soeiro do Nascimento</a></b>. Na época, 1976, eu assinava a coluna semanal <i style="mso-bidi-font-style: normal;">No Mundo da Arte</i> no jornal <i style="mso-bidi-font-style: normal;">A Notícia</i>, em Manaus. Gaspar e eu batíamos
papo de varar a madrugada. Ele revisou alguns contos meus e me mostrou alguns
dos seus raros poemas.</span><span style="font-family: verdana;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Mais adiante, casou-se com a cantora lírica belenense Marina
Monarcha e aí nasceu Carmen Monarcha, em 27 de agosto de 1979. Carmen aprendeu a
tocar violoncelo e piano ainda muito cedo e aperfeiçoou sua voz. Estudou no
Conversatorium Maastricht, nos Países Baixos, e lá foi contratada como
vocalista pelo maestro holandês <b><a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Andr%C3%A9_Rieu">André Rieu</a></b>, da Johann Strauss Orquestra, pela
qual Carmen Monarcha participa de turnês desde 2003. No Brasil, venceu o
Concurso Internacional de Canto Bidu Sayão.</span><span style="font-family: verdana;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Em JAMBU, Carmen Monarcha canta <b><a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Waldemar_Henrique">Waldemar Henrique</a></b>, em uma
homenagem do Festival Gastronômico ao grande compositor lírico belenense, de
quem um folder registrava um curto perfil biográfico: “O pianista, maestro,
compositor e escritor Waldemar Henrique nasceu em Belém, no dia 15 de fevereiro
de 1905, onde foi sepultado em 29 de março de 1995.</span><span style="font-family: verdana;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><span style="font-family: verdana;">“De ascendência portuguesa e indígena, foi educado em
Portugal. De volta ao Brasil, em 1918, viajou amplamente pela Amazônia. Começou
a fazer sucesso com <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Minha Terra</i>, de
1923. Em 1929, aos 24 anos, começa a estudar no Conservatório Carlos Gomes, em
Belém, e recebe o incentivo do professor e maestro italiano Ettore Bosio. Mas
seu pai não queria vê-lo músico e o empregou em um banco.</span></span><span style="font-family: verdana;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><span style="font-family: verdana;">“Porém, em 1933, Waldemar Henrique muda-se para o Rio de
Janeiro, para estudar piano, composição, orquestração e regência. Nunca mais
faria outra coisa na vida. Compôs mais de 150 canções, além de peças para piano
solo, coro, orquestra e música para novela, teatro e filmes. É autor da primeira
versão musical, em 1958, do poema <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Morte e
Vida Severina</i>, de João Cabral de Melo Neto.</span></span><span style="font-family: verdana;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><span style="font-family: verdana;">“Waldemar Henrique se apresentava em rádios, teatros e
cassinos do Rio de Janeiro, São Paulo e Belo Horizonte, e excursionou por
várias cidades do Brasil e pelo exterior – Argentina, Uruguai, França, Espanha
e Portugal. Por mais de dez anos, dirigiu o Theatro da Paz, em Belém”.</span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><span style="font-family: verdana;">Foi um show de duas horas, encerrado com <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Uirapuru</i>. Após aplausos intermináveis,
Carmen Monarcha repetiu <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Boi Bumbá</i>.</span><o:p></o:p></span></p>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5855568031215680198.post-65144395552034360402024-02-05T17:41:00.008-03:002024-02-05T19:40:14.777-03:00As três maiores causas de doenças e morte. Rir é o melhor remédio contra a ansiedade e o medo<p style="text-align: justify;"><b></b></p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg6W0CGX1UOd0n6-sLaz2iqxe42aboIYbbqmGlWZ6UDq-4-u4HxCMSisb3XcmMfoFwBnN-eypiKlWcb1etzLpfMPirYCtUarVNeeChW85ijpNNpkcI0WiWHCiE2udCraYMamSrwqleBpnd24hTaQWWirz8ifCwoFf1C9c1dT3jHje2EABvUlthpUEMsxi6_/s643/Fogo%20no%20Cora%C3%A7%C3%A3o%20-%20Clube%20de%20Autores.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="643" data-original-width="453" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg6W0CGX1UOd0n6-sLaz2iqxe42aboIYbbqmGlWZ6UDq-4-u4HxCMSisb3XcmMfoFwBnN-eypiKlWcb1etzLpfMPirYCtUarVNeeChW85ijpNNpkcI0WiWHCiE2udCraYMamSrwqleBpnd24hTaQWWirz8ifCwoFf1C9c1dT3jHje2EABvUlthpUEMsxi6_/w451-h640/Fogo%20no%20Cora%C3%A7%C3%A3o%20-%20Clube%20de%20Autores.jpg" width="451" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="font-family: verdana;"><b><a href="https://clubedeautores.com.br/livro/fogo-no-coracao">FOGO NO CORAÇÃO</a> é meu trabalho de conclusão de curso na<br />Escola Nacional de Acupuntura: um thiller policial com estudo<br />de caso ambientado no dia a dia de acupunturistas em Brasília</b></span></td></tr></tbody></table><p></p><p style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: verdana;">RAY CUNHA</span></b><b><o:p><span style="font-family: verdana;"> </span></o:p></b></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;">BRASÍLIA, 5 DE FEVEREIRO DE
2024 </b>– Formado em Medicina Tradicional Chinesa pela <b><a href="https://enacdf.com.br/">Escola Nacional de Acupuntura (ENAc)</a></b>, em curso técnico de 2013 a 2016, de 2.080 horas/aula
presenciais e 440 horas de estágio em ambulatório, em um total de 2.520
horas/aula, faço, atualmente, cerca de 400 atendimentos por ano, entre homens e
mulheres, crianças e velhos, portadores de todo tipo de doença.</span><span style="font-family: verdana;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">A maioria desses pacientes é atendida em trabalho voluntário aos
sábados, no Ambulatório Fernando Hessen, no Centro Comunitário da
Candangolândia, na equipe do professor Ricardo André; e aos domingos, no <b><a href="https://www.cealdf.org.br/novosite/">Centro Espírita André Luiz (Ceal)</a></b>, no Guará I, na equipe do acupunturista José
Marcelo. E há os pacientes que atendo na casa deles.</span><span style="font-family: verdana;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Minha linha de trabalho é espiritualista. Examino o paciente levando
em consideração quatro corpos: o espírito; o corpo astral, ou das emoções; o
corpo etéreo, onde se localizam os meridianos de acupuntura; e o corpo físico –
um espelho das emoções. E investigo a causa do sofrimento do paciente. É claro
que ao atender um paciente chorando de dor trato de anestesiá-lo com acupuntura.
Dor é um pedido de socorro, sintoma. Pois bem, nessa jornada observei três
causas principais das doenças.</span><span style="font-family: verdana;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">1 – Falta de água: Da mesma forma que nosso planeta, a Terra, 70 por
cento do corpo humano são água. Logo, água é fundamental para nossa existência.
Todos os dias, uma pessoa adulta perde cerca de dois litros de água. Tem que
haver a reposição dessa água, do contrário o corpo começa a falhar e o tempo de
vida dessa pessoa é reduzido drasticamente, com o agravante de que ela contrai
as mais diversas doenças e morre com dores.</span><span style="font-family: verdana;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">2 – Vida sedentária: Somos seres com quatro dimensões – altura, largura,
profundidade e movimento, que equivale ao tempo, ou quarta dimensão. Nosso
corpo foi projetado para movimentar-se, diferentemente dos vegetais. Assim,
temos duas pernas e dois braços. Viver no sofá ou na cama é matar-se
lentamente. Deve-se caminhar, todos os dias, pelo menos durante 40 minutos,
pois isso mobiliza todos os músculos e oxigena todo o corpo, especialmente o
cérebro.</span><span style="font-family: verdana;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Sou também escritor. Tenho um romance, <b><a href="https://clubedeautores.com.br/livro/hiena">HIENA</a></b>, que foi todo ele criado
enquanto eu caminhava. Em casa, apenas passava para o papel o que me vinha à
cabeça enquanto caminhava. Sequências de romances, contos inteiros, poemas e
artigos jornalísticos me vieram à cabeça enquanto caminhava. E caminhar ao ar
livre, tomando sol, é melhor ainda, porque a luz do sol é vital para a vida.</span><span style="font-family: verdana;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">3 – Ansiedade e medo: Ansiedade é viver no futuro. Como o futuro não
existe vive-se uma ilusão, gasto inútil de energia, frustração, estresse. Só
existe o agora. E quando a ansiedade é mesclada de medo, que é aquilo que não conseguimos
compreender, que não sabemos o que é, aí se instala uma bomba-relógio dentro do
coração.</span><span style="font-family: verdana;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">A coisa funciona assim: a ansiedade produz um jorro de adrenalina na
corrente sanguínea. Adrenalina é um hormônio que acelera o batimento cardíaco,
chegando a decuplicar a força muscular. Vi um caso, certa vez, de um cachorro
de tamanho médio que ultrapassou um muro de dois metros de altura para se
encontrar com uma cadela no cio presa no quintal de uma casa. O cheiro do cio
provocou a produção de adrenalina no cachorro e ele ficou super-forte.</span><span style="font-family: verdana;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Só que a adrenalina vem com fatura. Depois de se sentir super-forte, o
sujeito sente-se um lixo e a imunidade cai para quase zero. Imagine uma pessoa
cronicamente ansiosa, ou medrosa! Torna-se um morto-vivo, um armazém de microrganismos
e doenças, até o coração implodir.</span><span style="font-family: verdana;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Nosso corpo é apenas o instrumento que nos permite viver a experiência
da matéria. Pode acontecer de se encarnar em um corpo doente por questão
cármica. Inclusive há casos de pessoas que nascem parecidas a um pato, ou só
com cabeça e tronco etc. Nesses casos, não há o que fazer. Mas se gozarmos de
saúde poderemos então curtir os prazeres do darma.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Para manter nossa saúde basta tomar certos cuidados, como não
prejudicar os outros e pensar sempre no bem. Todos nós temos noção do que é o
bem. Pensar no bem gera vibração de luz. E jamais reclamar ou lamentar-se.
Comiseração de si mesmo também é mortal. E deve-se fazer a reposição diária de
água e movimentar o corpo. E rir. O riso põe o corpo todo em equilíbrio.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Há três alimentos: oxigênio, sem o qual vivemos apenas alguns minutos;
água e comida, sem as quais vivemos apenas alguns dias; e alegria, sem a qual
morremos em vida.</span><o:p></o:p></p>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5855568031215680198.post-65740928149489308522024-02-04T18:51:00.006-03:002024-02-04T18:52:59.071-03:00Macapá/AP completa hoje 266 anos, mais emblemática e comunista do que nunca<p style="text-align: justify;"><b></b></p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEicPphyphenhyphenyNPDvsW3_HXNK4Qm_biIi_34nuYazv0qI3fe1PNTjXdLKCsPHQRtEh3YGq14UOBP_khv_QWcywbkd47Ue5Z-Jq1h_RgP7O8S7z1vYj8lcV5QEGD7CvVDHQFZQZ1IzZPjCv29Bhmq4s4IzG-XRICxJUfy-Xm0UonLMq9P3R7tjD1yV_Dfl2HO7FOr/s643/Jambu%20Nova%20Capa.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="643" data-original-width="453" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEicPphyphenhyphenyNPDvsW3_HXNK4Qm_biIi_34nuYazv0qI3fe1PNTjXdLKCsPHQRtEh3YGq14UOBP_khv_QWcywbkd47Ue5Z-Jq1h_RgP7O8S7z1vYj8lcV5QEGD7CvVDHQFZQZ1IzZPjCv29Bhmq4s4IzG-XRICxJUfy-Xm0UonLMq9P3R7tjD1yV_Dfl2HO7FOr/s16000/Jambu%20Nova%20Capa.jpg" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="font-family: verdana;"><b><a href="https://clubedeautores.com.br/livro/jambu">JAMBU</a>, em edição do Clube de Autores: a Amazônia como ela é</b></span></td></tr></tbody></table><p></p><p style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: verdana;">RAY CUNHA</span></b><b><o:p><span style="font-family: verdana;"> </span></o:p></b></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;">BRASÍLIA, 4 DE FEVEREIRO DE
2024 </b>– A principal atração artística para comemorar o aniversário de
Macapá/AP, que completa, hoje, 266 anos, é o cantor baiano e apoiador de Lula, Carlinhos
Brown. Isso diz muito da atual situação da mais emblemática cidade da Amazônia.</span><span style="font-family: verdana;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Emblemática por dois motivos: a cidade é banhada pela margem esquerda
do maior rio do mundo, o Amazonas, e seccionada pela Linha Imaginária do
Equador, que divide a Hileia nos dois hemisférios; e sedia o maior forte
colonial português, a Fortaleza de São José de Macapá, símbolo de que a
Amazônia continua sendo uma colônia, agora de Brasília/DF e dos políticos e
empresários inescrupulosos, que só fazem empurrar a mandioca nos amazônidas.</span><span style="font-family: verdana;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Enquanto isso, o Amapá, que faz fronteira com a Guiana Francesa e é
banhado pelo oceano Atlântico, na boca do Caribe, está dominado por facções, que
é como é chamado no Brasil o crime organizado, a máfia. É estratégico para o
narcotráfico. Em entrevista para o <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Diário</i>,
o coronel PM Carlos Souza informou que os serviços de inteligência das forças de
segurança do Estado mapearam sete facções instaladas na região.</span><span style="font-family: verdana;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Com 442.933 habitantes (IBGE – 2024), 426 mil moradores de Macapá não contavam
com rede de esgoto, em 2017, segundo o Instituto Trata Brasil, e 197 mil
macapaenses não tinham acesso à água tratada, em 2022. Outro grave problema da
cidade é a falta de energia elétrica firme. Quando não falta água, falta luz.</span><span style="font-family: verdana;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">A imprensa macapaense é controlada pelos comunistas e o governo
federal vem amordaçando jornalistas e políticos conservadores, inclusive
jogando-os no cárcere, onde alguns já estão apodrecendo.</span><span style="font-family: verdana;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">A academia e até mesmo a escola locais são reduto da esquerda, e intelectuais
amapaenses são adoradores de Fidel Castro e Che Guevara, e rezam pela cartilha
de Antonio Gramsci.</span><span style="font-family: verdana;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Escritores de Macapá que não declararem publicamente que são
favoráveis à bandeira comunista são apagados na mídia e na academia. Precisam
ser favoráveis a liberar pequenos furtos, ao aborto, ao desarmamento –
inclusive da polícia, e ao fim mesmo da Polícia Militar –, à censura, à prisão
por “crime de opinião”, à invasão de terras, a pôr famílias para correr e ficar
com a casa, ao fim do direito à herança, ao fim de gênero, ao totalitarismo e
que “tode” mundo baixe a cabeça e empine a bunda.</span><span style="font-family: verdana;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">O romance jornalístico <b><a href="https://clubedeautores.com.br/livro/jambu">JAMBU</a></b>, deste escritor, e que será autografado
dia 2 de março no restaurante Belém Belém Amazônia, em Copacabana, Rio de Janeiro,
retrata bem a Questão Amazônica, e o romance <b><a href="https://clubedeautores.com.br/livro/o-clube-dos-onipotentes">O CLUBE DOS ONIPOTENTES</a></b>, o que
está acontecendo no Brasil.</span><o:p></o:p></p><p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"></p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEge39nVvj1bhCn4Hv2deP3t6k4yKN0ffk4OufNp7ZmC-z200cyFlgZr-vfelC0SZUeGwhtr7bkz0DY-9hjXZmGrxUCeTpVozr_MguXf5mmvSgoCtvzqjjq8jMjwTGUmGOitJgyGLubHG5TVb4YOsFFfYd1_joH2u3gbb-qNht57YaMJLJwZc2oJD39H09KJ/s235/Capa%20nova.png" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="235" data-original-width="158" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEge39nVvj1bhCn4Hv2deP3t6k4yKN0ffk4OufNp7ZmC-z200cyFlgZr-vfelC0SZUeGwhtr7bkz0DY-9hjXZmGrxUCeTpVozr_MguXf5mmvSgoCtvzqjjq8jMjwTGUmGOitJgyGLubHG5TVb4YOsFFfYd1_joH2u3gbb-qNht57YaMJLJwZc2oJD39H09KJ/w430-h640/Capa%20nova.png" width="430" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="font-family: verdana;"><b>O CLUBE DOS ONIPOTENTES, em edição do Clube de Autores</b></span></td></tr></tbody></table><p></p>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5855568031215680198.post-55465876683794662352024-02-02T20:03:00.007-03:002024-02-04T08:36:22.558-03:00AMAZÔNIA reúne 29 contos ambientados na Hileia e nas cidades do Trópico Úmido brasileiro<p style="text-align: justify;"><b style="font-family: verdana;"><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh7fa3GcYiSpd9bUlN45Vh65lA4Mzop9EKZAXuCLatykY5LLswLHvsgwVY7IiwXJanfxZdZn3tJ0MaUIJdYemODMwU7bvZkiVld9YWWLzoGZkb3mf2uJHJhUNHV8udn8im6yRGWVtLHN5mRrQOy-ylTtqMTLwvEpXMA_Xlx8ASAYlm7hXWc-OGWxxSXliEY/s673/Amaz%C3%B4nia.png" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="673" data-original-width="453" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh7fa3GcYiSpd9bUlN45Vh65lA4Mzop9EKZAXuCLatykY5LLswLHvsgwVY7IiwXJanfxZdZn3tJ0MaUIJdYemODMwU7bvZkiVld9YWWLzoGZkb3mf2uJHJhUNHV8udn8im6yRGWVtLHN5mRrQOy-ylTtqMTLwvEpXMA_Xlx8ASAYlm7hXWc-OGWxxSXliEY/w430-h640/Amaz%C3%B4nia.png" width="430" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><b>Capa da edição do Clube de Autores - 363 páginas na Amazônia real</b></td></tr></tbody></table></b></p><p style="text-align: justify;"><b style="font-family: verdana;"><span style="line-height: 115%; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">BRASÍLIA, 2 DE
FEVEREIRO DE 2024 </span></b><span style="font-family: verdana; line-height: 115%;">– Você, leitor, quer conhecer a
Amazônia sem sair de casa? Leia, então, <b><a href="https://clubedeautores.com.br/livro/amazonia-4">AMAZÔNIA</a></b>, publicado, hoje, no Clube de
Autores. O volume, de 363 páginas, enfeixa 29 contos de Ray Cunha, todos
ambientados na Amazônia Clássica. Algumas dessas histórias curtas são inéditas,
mas a maioria compõe a reunião da trilogia homônima, publicada nos livros: A
GRANDE FARRA, TRÓPICO ÚMIDO e NA BOCA DO JACARÉ.</span><span style="font-family: verdana;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="line-height: 115%; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><span style="font-family: verdana;">A Amazônia povoa o imaginário das pessoas em todo o planeta.
Porém, geralmente, é uma Amazônia irreal. Neste livro, Ray Cunha ambienta estes
contos na última fronteira da Terra, despindo-a de qualquer enfeite e
exibindo-a como ela é, em toda a sua nudez e realidade – tanto a Hileia quanto
as grandes cidades incrustadas na selva.</span></span><span style="font-family: verdana;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="line-height: 115%; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><span style="font-family: verdana;">Quanto às personagens ou situações destes contos, qualquer
semelhança com a realidade é mera coincidência, pois são apenas frutos da
criação do escritor.</span></span><span style="font-family: verdana;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="line-height: 115%; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><span style="font-family: verdana;">Ray Cunha nasceu em Macapá/AP, cidade situada na esquina do
maior rio do mundo, o Amazonas, com a Linha Imaginária do Equador, e, durante
uma década e meia, trabalhou como repórter nos maiores jornais da Amazônia,
viajando amplamente por todo o Trópico Úmido brasileiro.</span></span><span style="font-family: verdana;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="line-height: 115%; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><span style="font-family: verdana;">É autor dos romances: JAMBU, O CLUBE DOS ONIPOTENTES, FOGO
NO CORAÇÃO, HIENA, A CONFRARIA CABANAGEM e A CASA AMARELA, todos à venda no
<b><a href="https://clubedeautores.com.br/books/search?where=books&what=Ray+Cunha">Clube de Autores</a></b> e na <b><a href="https://www.amazon.com.br/s?k=Ray+Cunha&i=stripbooks&__mk_pt_BR=%C3%85M%C3%85%C5%BD%C3%95%C3%91&crid=123NY46FLVHVY&sprefix=ray+cunha%2Cstripbooks%2C433&ref=nb_sb_noss_1">amazon.com.br</a></b>.</span></span><span style="font-family: verdana;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="line-height: 115%; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><span style="font-family: verdana;">E-mail do autor: <a href="mailto:raycunha@gmail.com"><b>raycunha@gmail.com</b></a></span></span></p><p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Site: <a href="http://raycunha.com.br"><b>raycunha.com.br</b></a></span></p>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5855568031215680198.post-33798128423511199892024-01-29T16:46:00.006-03:002024-01-29T16:46:31.949-03:00Filmes como Nosso Lar – Os Mensageiros dão uma ideia do que é a matéria e a verdadeira vida<p style="text-align: justify;"><b><span style="line-height: 115%; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"></span></b></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiHAoqdec7I9VA99UTYPzlyYCPUj1H7V-93OZh-FNYXeUHnLGZX35W2rgcvvgPEWO7rFXG44KUZlhTMzqjjAk5o4oB_G-X_f9G5OPtIEJkXg_As1HJi81448asi5rk7CtNVYbgOCVTHM9fejlp_Ueggv4r_cW5hXgfjaS8-aoJbj6EMfImAHx56YmFOKbxn/s1350/Os%20Mensageiros.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1350" data-original-width="939" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiHAoqdec7I9VA99UTYPzlyYCPUj1H7V-93OZh-FNYXeUHnLGZX35W2rgcvvgPEWO7rFXG44KUZlhTMzqjjAk5o4oB_G-X_f9G5OPtIEJkXg_As1HJi81448asi5rk7CtNVYbgOCVTHM9fejlp_Ueggv4r_cW5hXgfjaS8-aoJbj6EMfImAHx56YmFOKbxn/w446-h640/Os%20Mensageiros.jpg" width="446" /></a></b></div><b><span style="line-height: 115%; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><span style="font-family: verdana;"><p style="text-align: justify;"><b><span style="line-height: 115%; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><span style="font-family: verdana;">RAY CUNHA</span></span></b><b><span style="line-height: 115%; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><o:p><span style="font-family: verdana;"> </span></o:p></span></b></p></span></span></b><p></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="line-height: 115%; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">BRASÍLIA, 29 DE
JANEIRO DE 2024</span></b><span style="line-height: 115%; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"> – A matéria, constituída de
átomos, com volume e dimensões, os sentidos, o prazer e a dor, o instinto, o
intelecto, são tecnologias para que espíritos vivam a experiência da carne; são
características da raça humana. O corpo humano é pura tecnologia, assim como o
nosso planeta. Essa informação é passada nos dois filmes da franquia <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Nosso Lar</i>, escritos e dirigidos por Wagner
de Assis.</span></span><span style="font-family: verdana;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="line-height: 115%; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><span style="font-family: verdana;">Como cinema a franquia não é grande coisa, mas como mensagem
é revolucionária, assim como os livros <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Nosso
Lar</i> e <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Os Mensageiros</i>, do espírito
André Luiz, psicografados por Chico Xavier.</span></span><span style="font-family: verdana;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="line-height: 115%; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><span style="font-family: verdana;">Nosso Lar é uma cidade astral, cerca de 500 quilômetros
acima do Rio de Janeiro, feita de matéria, mas outro estado da matéria, diferente
da matéria condensada da Terra. Ela, assim como as muitas outras cidades
astrais em volta do globo terrestre, recebe espíritos de pessoas que
desencarnaram, os mortos.</span></span><span style="font-family: verdana;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="line-height: 115%; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><span style="font-family: verdana;">Há espíritos tão densos que ficam por aqui, mesmo, atentando
os outros. São os encostos, espírito obsessores que vivem enchendo o saco dos
outros. Os espíritos materialistas, que não sabem porra nenhuma da existência
do mundo espiritual, ficam em uma zona chamada Umbral, onde penam, pensando que
ainda estão encarnados, arrastando consigo todos os problemas, medos e
angústias com que viviam aqui na Terra.</span></span><span style="font-family: verdana;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="line-height: 115%; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><span style="font-family: verdana;">Os espíritos que começam a despertar do inferno que é o Umbral
são resgatados por trabalhadores das cidades astrais, tratados e encaminhados
para novas encarnações e oportunidade de se iluminar, para ascender para os
planos da Luz e dos Ascensionados.</span></span><span style="font-family: verdana;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="line-height: 115%; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><span style="font-family: verdana;">Os mensageiros são espíritos que descem ao plano denso da
matéria para obras de misericórdia, porque há seres humanos que só a
misericórdia divina para ajudá-los no despertar da maldade.</span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="line-height: 115%; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><span style="font-family: verdana;">Roubar, cagar na lei, fazer corpo mole, tornar-se político
para se espojar na bandidagem, influenciar mulheres para abortar, estuprar,
matar desafetos ou arquivos vivos, invadir a propriedade alheia, desarmar a
população e até policiais, criar polícia política, prender pessoas décadas a
fio porque manifestaram seus pensamentos, produzir mídia mentirosa, destruir a
família e o Estado, ambição desmedida, ódio, vingança, geram um carma danado.</span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="line-height: 115%; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><span style="font-family: verdana;">A colheita é todo tipo de doença horrível, como câncer, acidentes
de arrepiar os cabelos, chifre, vício, ódio, vingança, dor, desespero, loucura.</span><o:p></o:p></span></p>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5855568031215680198.post-33514538893581711172024-01-23T20:33:00.002-03:002024-01-23T20:36:25.949-03:00O maior inimigo dos comunistas é a internet<p style="text-align: justify;"><b></b></p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgU_mOz_KhgBghnrj0nYsJ3I9fFdtqCCtZ82gWARWhLcKokBzTw0AhalYE5Z-KcvbjmkOVo_pNo0eWRSUNLTTHB6N1Z1Cqg57eOp4pvDoLbTfYDM3Xdl-yaof6k-JtaUpzaFyM-rjkz7qFKmVMgXqGjtxpMaMPlalODdxMq8yqhKSkd0xL54boF4Xq1y9a7/s4160/Ray%20Cunha%20-%2005-08-2023.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="4160" data-original-width="3120" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgU_mOz_KhgBghnrj0nYsJ3I9fFdtqCCtZ82gWARWhLcKokBzTw0AhalYE5Z-KcvbjmkOVo_pNo0eWRSUNLTTHB6N1Z1Cqg57eOp4pvDoLbTfYDM3Xdl-yaof6k-JtaUpzaFyM-rjkz7qFKmVMgXqGjtxpMaMPlalODdxMq8yqhKSkd0xL54boF4Xq1y9a7/w480-h640/Ray%20Cunha%20-%2005-08-2023.jpg" width="480" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="font-family: verdana;"><b>Ray Cunha na sua minúscula biblioteca, no Sudoeste, em Brasília/DF</b></span></td></tr></tbody></table><p></p><p style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: verdana;">RAY CUNHA</span></b><b><o:p><span style="font-family: verdana;"> </span></o:p></b></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;">BRASÍLIA, 23 DE JANEIRO DE 2024
– </b><b><a href="https://www.raycunha.com.br/2022/07/memorias-50-anos-de-xarda-misturada-que.html">XARDA MISTURADA</a></b> foi lançado em 1971, pelo poeta José Edson dos Santos, o
Joy Edson, pelo poeta José Montoril e eu, todos os três com 17 anos. Lançar
esse livrinho de poemas foi uma luta. Passamos um ano pedindo ajuda a
empresários e conseguimos em torno de um terço do valor a ser pago na gráfica,
caríssimo e com acabamento medíocre.</span><span style="font-family: verdana;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Tomei emprestada a Olivetti Lettera 22 do professor Geraldo Magela
para redigir os originais. O poeta Isnard Brandão Lima Filho escreveu o
prefácio e em uma noite de dezembro de 1971 o livro foi lançado na Associação
Comercial do Amapá, quando era na Rua General Rondon com a Avenida FAB.</span><span style="font-family: verdana;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Depois do lançamento de XARDA MISTURADA me mandei para o Rio de
Janeiro, ainda com 17 anos. Eu não tinha nem carteira de identidade. Fui
mordido pela cultura beatnik.</span><span style="font-family: verdana;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">De lá, até os anos de 1990, eu me virei feito um animal de carga para
publicar livro, até a publicação de <b><a href="https://clubedeautores.com.br/livro/a-casa-amarela">A CASA AMARELA</a></b> pela Editora Cejup, de Belém
do Pará, do meu amigo Gengis Freire, que vendeu uma primeira edição de mil
exemplares e quando quis publicar outra edição sugeri a ele que em vez de um
contrato de 15 anos de exclusividade para a Cejup fossem apenas dois anos. Ele
parou de se comunicar comigo.</span><span style="font-family: verdana;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Recebi dele exemplares do livro para divulgação, participação em
bienal, hospedagem, passagens aéreas, mas nunca vi a cor dos direitos autorais
em dinheiro. Mas, importante, não tirei um centavo do bolso para pagar gráfica,
e a distribuição do livro foi uma senhora divulgação do meu trabalho.</span><span style="font-family: verdana;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">A partir da virada do século, com a internet, a <b><a href="https://www.amazon.com.br/s?k=Ray+Cunha&i=stripbooks&__mk_pt_BR=%C3%85M%C3%85%C5%BD%C3%95%C3%91&crid=H98IYUHX1IMI&sprefix=ray+cunha%2Cstripbooks%2C285&ref=nb_sb_noss_1">Amazon</a></b>, o <b><a href="https://clubedeautores.com.br/books/search?where=books&what=Ray+Cunha">Clube de Autores</a></b> e agora a <b><a href="https://loja.uiclap.com/?_gl=1%2A4xjdh7%2A_ga%2AMTQ3NTg2Njg5Ny4xNjg5OTQ5NTEx%2A_ga_DYW89XSZSM%2AMTcwNjA1MjYwNS4xOS4xLjE3MDYwNTI2MDUuNjAuMC4w">Uiclap</a></b>, publicar livro e divulgá-lo se tornou a coisa mais
fácil do mundo. Atualmente, com a cubanização do Brasil, é muito difícil um
autor conservador, meu caso, sobreviver literariamente. Mas não estou nem aí. Sou
como Kafka, escrevo pelo prazer de escrever. Se for publicado é outra história.
E se vender, melhor ainda.</span><span style="font-family: verdana;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Vejam o caso da Academia Brasileira de Letras (ABL). Está cheia de
comunistas. Só não instituíram o “tode” porque não são maioria. No meu caso, minhas
raízes são Macapá/AP, cidade politicamente tomada pela Esquerda; minha geração
ainda idolatra Fidel Castro e Che Guevara. Meu nome não entra na mídia nem na
academia local.</span><span style="font-family: verdana;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Mas, como disse, com a internet podemos publicar livros em qualquer
parte do planeta e em qualquer idioma. Além disso, nossos livros chegam a
qualquer ponto do mundo, via correios. Mais: podemos encomendar pequenas
tiragens, como a do romance <b><a href="https://clubedeautores.com.br/livro/jambu">JAMBU</a></b>, que será lançado dia 2 de março no
restaurante <b><a href="https://www.facebook.com/2belem/?locale=pt_BR">Belém Belém Amazônia</a></b>, em Copacabana, Rio de Janeiro.</span><o:p></o:p></p>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5855568031215680198.post-30253185558623775222024-01-16T21:26:00.005-03:002024-01-16T21:26:39.272-03:00Quando defecam na lei só resta a justiça<p style="text-align: justify;"><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjrgGKEw6KV1A5H97utGRLcIuvHqjQWS2zJwcVDtHPMyUKvN4Sbp_tTFo_rqLqAMg1phbSGhrAJOTpmN8fSMSXbCI6uJ_7Se_0qUf5XrA_80mx_gTdM3Nrfquby8Bj-6TtXC_tfCtrX8533bYbSvnMvhBVYdWTineT08yA3ZuvH6cz3GatkFZJuLpln7uxn/s363/Jason%20Statham.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="360" data-original-width="363" height="396" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjrgGKEw6KV1A5H97utGRLcIuvHqjQWS2zJwcVDtHPMyUKvN4Sbp_tTFo_rqLqAMg1phbSGhrAJOTpmN8fSMSXbCI6uJ_7Se_0qUf5XrA_80mx_gTdM3Nrfquby8Bj-6TtXC_tfCtrX8533bYbSvnMvhBVYdWTineT08yA3ZuvH6cz3GatkFZJuLpln7uxn/w400-h396/Jason%20Statham.jpg" width="400" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="font-family: verdana;"><b>Jason Statham: um dos mais estupendos atores de ação</b></span></td></tr></tbody></table></p><p style="text-align: justify;"><b><span style="line-height: 115%; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><span style="font-family: verdana;">RAY CUNHA</span></span></b><b><span style="line-height: 115%; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><o:p><span style="font-family: verdana;"> </span></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="line-height: 115%; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">BRASÍLIA, 16 DE
JANEIRO DE 2024 </span></b><span style="line-height: 115%; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">– As abelhas são emblemáticas na
história da humanidade. São insetos que polinizam flores e produzem mel,
própolis, geleia real e veneno. Há mais de 25 mil espécies e são encontradas em
todos os continentes, exceto a Antártida, por razões óbvias.</span></span><span style="font-family: verdana;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="line-height: 115%; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><span style="font-family: verdana;">As abelhas vivem em sociedade. A rainha é a única fêmea
sexualmente desenvolvida. Além dela, há as operárias e os zangões. Cada colônia
só tem uma rainha, com a missão de reproduzir a espécie. A rainha só acasala uma
ou duas vezes durante sua existência, mas com vários zangões, de quem ela
armazena o esperma em um órgão do seu corpo e põe cerca de 200 mil ovos por ano
durante toda a sua existência, de três a cinco anos.</span></span><span style="font-family: verdana;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="line-height: 115%; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><span style="font-family: verdana;">Sua segunda missão é organizar e motivar, por meio de feromônios,
as operária, que realizam todo o trabalho na colmeia: limpar, arejar e proteger
a colmeia, cuidar da rainha, construir favo, coletar néctar, pólen e água,
mastigar o néctar e transformá-lo em mel por meio de enzimas e alimentar a
ninhada. Os zangões fecundam as rainhas. Cada colônia tem uma rainha, cerca de
5 mil a 100 mil operárias e até 400 zangões.</span></span><span style="font-family: verdana;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="line-height: 115%; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><span style="font-family: verdana;">A sociedade das abelhas é perfeita. Foi com esse mote que o
roteirista Kurt Wimmer desenvolveu o longa de ação dirigido por David Ayer e estrelado
por Jason Statham, <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Beekeeper – Rede de
Vingança</i> (<i style="mso-bidi-font-style: normal;">The Beekeeper</i>, EUA,
2024). Beekeeper quer dizer apicultor.</span></span><span style="font-family: verdana;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="line-height: 115%; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><span style="font-family: verdana;">A crítica caiu com todo tipo de arma em cima do filme,
dizendo que Jason Statham só sabe fazer filme de Brucutu e que o roteiro é
primitivo, uma reles tentativa de fazer uma coisa parecida com a série John
Wick. Mas <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Beekeeper</i> é um thriller político
por baixo de um estupendo filme de ação.</span></span><span style="font-family: verdana;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="line-height: 115%; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><span style="font-family: verdana;">Uma quadrilha de ladrões eletrônicos limpa meio mundo nos
Estados Unidos, até furtarem todas as economias de uma senhora e dinheiro
alheio que ela administrava. Desesperada, ela se mata. Só que ela era amiga de
um beekeeper aposentado. Beekeepers são agentes de um programa secreto,
utilizados para apagar qualquer pessoa que coloque o sistema em perigo.</span></span><span style="font-family: verdana;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="line-height: 115%; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><span style="font-family: verdana;">O referido beekeeper vai atrás do chefão da quadrilha, que é
nada menos do que filho da presidente dos Estados Unidos. O sistema americano
estava em perigo e era preciso extirpar a abelha-rainha que o pôs em perigo.</span></span><span style="font-family: verdana;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="line-height: 115%; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><span style="font-family: verdana;">É parecido com o que está acontecendo no Equador. O
presidente de lá viu que o Estado está em perigo, nas mãos de narcoterroristas
e políticos, juízes e policiais corruptos, e pôs as Forças Armadas atrás deles,
com penas de prisão perpétua para os que lograrem saírem vivos.</span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="line-height: 115%; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><span style="font-family: verdana;">Aliás, a América do Sul está precisando de um beekeeper.
Quando cagam na lei só resta fazer justiça. Se é justiça com as próprias mãos é
irrelevante, porque, neste caso, o jogo se passa sempre fora das quatro linhas.</span><o:p></o:p></span></p>Unknownnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5855568031215680198.post-9528068255795022242024-01-14T20:45:00.001-03:002024-01-14T21:10:07.932-03:00Psicanalista e acupunturista lança livro sobre as causas espirituais dos vários distúrbios psíquicos<p style="text-align: justify;"><b></b></p><div style="text-align: center;"><b><b style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhvS8GF9MfmQs51wQ_bN0OGCQDkJ-bcEs6O1vFNGL42p6BC3MueiF0bqTQ4DjChFTVGwQBdp7n1s1U9rAn7VeYBIRcLVWv0aTJht6t2l9yE7VTqnyNxm4hDUSTTzDAO2yiDNZrBHH7Rhcb_XNxnBDn-S9ScJbjBUWGwCS_yVMFyiz_OpGATgRmziBEzytNz/s955/Psiquiatria%20Espiritual.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="955" data-original-width="640" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhvS8GF9MfmQs51wQ_bN0OGCQDkJ-bcEs6O1vFNGL42p6BC3MueiF0bqTQ4DjChFTVGwQBdp7n1s1U9rAn7VeYBIRcLVWv0aTJht6t2l9yE7VTqnyNxm4hDUSTTzDAO2yiDNZrBHH7Rhcb_XNxnBDn-S9ScJbjBUWGwCS_yVMFyiz_OpGATgRmziBEzytNz/w428-h640/Psiquiatria%20Espiritual.jpg" width="428" /></a></div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></b></b></div><div style="text-align: left;"><b style="font-family: verdana; text-align: justify;">RAY CUNHA</b></div><p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b style="font-family: verdana;">BRASÍLIA, 14 DE JANEIRO DE 2024</b><span style="font-family: verdana;"> – Um dos maiores pensadores espiritualistas do Brasil, <b><a href="https://www.amazon.com.br/s?k=Jorge+Bessa&i=stripbooks&__mk_pt_BR=%C3%85M%C3%85%C5%BD%C3%95%C3%91&crid=3KR2DQFM9S8U7&sprefix=jorge+bess%2Cstripbooks%2C354&ref=nb_sb_noss_2">Jorge Bessa</a></b>, publicou, hoje, em e-book, <i><a href="https://www.amazon.com.br/PSIQUIATRIA-ESPIRITUAL-MEDICINA-Espiritualista-Esquizofrenia-ebook/dp/B0CR45985L/ref=sr_1_20?__mk_pt_BR=%C3%85M%C3%85%C5%BD%C3%95%C3%91&crid=1H7UCNOQ8E4RJ&keywords=Jorge+Bessa&qid=1705271907&s=books&sprefix=jorge+bessa%2Cstripbooks%2C317&sr=1-20">Psiquiatria Espiritual – Uma visão espiritualista dos distúrbios psíquicos</a></i> (amazon.com.br, 354 páginas, 32,70 reais). Trata-se da mais minuciosa pesquisa sobre as causas dos distúrbios psíquicos, especialmente a esquizofrenia.</span><span style="font-family: verdana;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">A trajetória de Bessa é curiosa. Ele foi espião brasileiro em Moscou durante
a Guerra Fria. Especialista em assuntos relacionados à atividade de inteligência
e de planejamento estratégico, em 15 de agosto de 1996, foi nomeado para o
cargo de coordenador geral de Contrainteligência da Subsecretaria de
Inteligência da Casa Militar da Presidência da República, órgão que deu origem
à atual Agência Brasileira de Inteligência (Abin).</span></p><p></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Graduado em Economia e pós-graduado em Educação a Distância, formado
em Medicina Tradicional Chinesa e em Psicanálise, tornou-se pesquisador de
assuntos espiritualistas, tentando estabelecer pontes entre ciência e
espiritualidade. É autor de mais de duas dezenas de livros, sobre espiritualidade,
Medicina Tradicional Chinesa, geopolítica, política e ETs.</span><span style="font-family: verdana;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Em <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Psiquiatria Espiritual</i> defende
a tese de que os distúrbios psíquicos são causados por consciências
extracorpóreas, que atuam em outro plano da matéria, os chamados Espíritos. Segundo
Bessa, “esses distúrbios da mente podem ter cura e não são uma condenação para
toda a vida, diferentemente do que diz a medicina acadêmica”.</span><span style="font-family: verdana;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">“Baseado em dados da própria ciência e em informações oriundas do
campo espiritual, obtidas através da psicografia de respeitáveis médiuns, o
autor elucida como se processa a comunicação entre os dois planos da vida e
aponta as verdadeiras causas espirituais dos distúrbios psíquicos – em especial
a esquizofrenia –, apresentando formas de tratamentos e terapias naturais e
espirituais que complementam o tratamento medicamentoso da medicina alopática” –
informa a apresentação do livro.</span><span style="font-family: verdana;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">“Escrito em linguagem simples, este livro pode ser do interesse de
médicos psiquiatras, profissionais da saúde física e psíquica, bem como para
todas as pessoas que se interessem pelos temas da paranormalidade, cérebro-mente e do Espírito.”</span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Tive a oportunidade de fazer a revisão de <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Psiquiatria Espiritual</i>, a pedido de Bessa, razão pela qual li
atentamente o livro. Trata-se de mais um passo da ciência no inevitável
encontro seu com o Espírito e outros planos da vida.</span><o:p></o:p></p><p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"></p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhykIQJHfuwKNExmYFNdAAhRGMd820JRd1GtcWQriSr7WvY3E9gZIuZ6NxGMVctfU8ouZjKKhRaJDUuGjzrQqXe79kKQbJyK7tuCUJjqEbweTIGTEjgl0qDylsKFDPyjzN76PnypOwxLs_bigdZi1erbX6uamxGrI6xAY74CSQ0KuDN6CqMd41zVK-WfMsi/s230/Jorge%20Bessa.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="230" data-original-width="189" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhykIQJHfuwKNExmYFNdAAhRGMd820JRd1GtcWQriSr7WvY3E9gZIuZ6NxGMVctfU8ouZjKKhRaJDUuGjzrQqXe79kKQbJyK7tuCUJjqEbweTIGTEjgl0qDylsKFDPyjzN76PnypOwxLs_bigdZi1erbX6uamxGrI6xAY74CSQ0KuDN6CqMd41zVK-WfMsi/w526-h640/Jorge%20Bessa.jpg" width="526" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="font-family: verdana;"><b>Jorge Bessa: o mundo espiritual tem total influência sobre a nossa vida</b></span></td></tr></tbody></table><p></p>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5855568031215680198.post-69478793583410459812024-01-10T14:44:00.003-03:002024-01-10T15:03:47.974-03:00JAMBU será lançado no Belém Belém Amazônia, em Copacabana, Rio, no dia 2 de março. Joelma e Mira Jatene são grandes divulgadoras do Pará<p style="text-align: justify;"><b></b></p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhMWbzC4iblV_wWwNQ7YO-YZmVJgCxQzMLVgjEHM4wUcc8h23A8NGdYCVEPuf9QsQj95x0Rh-p5eQTGjGu3FWFprF0Qs_m17OxoldoE7ZboFQqjPoRILNpXwyP64ee7iAST9UPeWXyOmRYPlmwPCg9LrrTcllnIDYxeGa4Be-RUuTElFEEYxsNdzMSQEz9-/s643/Capa.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="643" data-original-width="453" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhMWbzC4iblV_wWwNQ7YO-YZmVJgCxQzMLVgjEHM4wUcc8h23A8NGdYCVEPuf9QsQj95x0Rh-p5eQTGjGu3FWFprF0Qs_m17OxoldoE7ZboFQqjPoRILNpXwyP64ee7iAST9UPeWXyOmRYPlmwPCg9LrrTcllnIDYxeGa4Be-RUuTElFEEYxsNdzMSQEz9-/w450-h640/Capa.jpg" width="450" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="font-family: verdana;"><b>JAMBU, em edição do Clube de Autores: a Amazônia nuazinha</b></span></td></tr></tbody></table><p></p><p style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: verdana;">RAY CUNHA</span></b><b><o:p><span style="font-family: verdana;"> </span></o:p></b></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;">BRASÍLIA, 10 DE JANEIRO DE 2023
</b>– O romance ensaístico <b><a href="https://clubedeautores.com.br/livro/jambu">JAMBU</a></b> (a capa da atual edição é ilustrada com a foto da Fortaleza de São José de Macapá), deste escritor, será lançado no dia 2 de
março, no restaurante <b><a href="https://www.tripadvisor.com.br/Restaurant_Review-g303506-d23147082-Reviews-Belem_Belem_Amazonia-Rio_de_Janeiro_State_of_Rio_de_Janeiro.html">Belém Belém Amazônia</a></b>, na Avenida Rainha Elisabeth 122,
Loja A, na altura do Posto 6 de Copacabana, Rio de Janeiro.</span><span style="font-family: verdana;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">O restaurante pertence à fotógrafa paraense <b><a href="https://www.flickr.com/photos/mira_jatene/">Mira Jatene</a></b>, que, por
intermédio das suas fotos, com motivos amazônicos, e da especialidade do Belém
Belém Amazônia, a culinária paraense, tornou-se uma embaixadora do Pará no Rio
de Janeiro, que está merecendo uma exposição das fotos ensaísticas de Mira.</span><span style="font-family: verdana;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">JAMBU evoca outra grande divulgadora do Pará, em nível mundial: a cantora,
compositora, dançarina, coreógrafa e empresária <b><a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Joelma">Joelma</a></b>, 20 milhões de discos
vendidos. Em 9 de dezembro de 2015, Joelma lançou <i style="mso-bidi-font-style: normal;"><b><a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Voando_pro_Par%C3%A1">Voando pro Pará</a></b></i>, de Chrystian Lima, Isac Maraial, Nilk Oliveira e
Valter Serraria.</span><span style="font-family: verdana;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">A letra de <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Voando pro Pará </i>começa
com <b><a href="https://www.google.com/search?q=letra+de+Voando+pro+Par%C3%A1&oq=letra+de+Voando+pro+Par%C3%A1&gs_lcrp=EgZjaHJvbWUyBggAEEUYOTIICAEQABgWGB7SAQg1MTQyajBqN6gCALACAA&sourceid=chrome&ie=UTF-8">“eu vou tomar um tacacá”</a></b>. Da noite para o dia, o famoso prato amazônico, apreciadíssimo
em Belém, ficou mais famoso ainda. No Rio e em São Paulo/SP já há vários
restaurantes servindo <b><a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Tacac%C3%A1#:~:text=Tacac%C3%A1%20%C3%A9%20um%20prato%20de,produzido%20e%20consumido%20no%20Par%C3%A1.&text=Preparado%20com%20um%20caldo%20amarelado%2C%20chamado%20tucupi.">tacacá</a></b>.</span><span style="font-family: verdana;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">A iguaria é minuciosamente descrita no romance ensaístico JAMBU. Trata-se
de um thriller policial. Durante o Festival Gastronômico do Pará e Amapá, no
Hotel Caranã, em Macapá/AP, o jornalista João do Bailique trabalha uma edição
especial da revista <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Trópico Úmido</i>,
sobre A Questão Amazônica, e investiga o tráfico de crianças e grude de
gurijuba.</span><span style="font-family: verdana;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Assim, além de ir fundo sobre a culinária paraense, o livro é um
mergulho na Amazônia real, não aquela do ator hollywoodiano Leonardo DiCaprio,
que confunde a Amazônia com a África. JAMBU também mistura personagens de
ficção com pessoas reais, vivas ou mortas, como a cantora <b><a href="https://carmenmonarcha.com.br/">Carmen Monarcha</a></b>, o
pintor <b><a href="https://olivarcunhaarte.blogspot.com/">Olivar Cunha</a></b>, o poeta <b><a href="https://porta-retrato-ap.blogspot.com/2011/11/especial-relembrando-o-poeta-isnard.html">Isnard Brandão Lima Filho</a></b>, o maestro <b><a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Waldemar_Henrique">Waldemar Henrique</a></b> e o compositor <b><a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Heitor_Villa-Lobos">Heitor Villa-Lobos</a></b>.</span><span style="font-family: verdana;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Estão ainda presentes no livro o escritor paraense <b><a href="https://www.amazon.com.br/s?k=Jorge+Bessa&i=stripbooks&__mk_pt_BR=%C3%85M%C3%85%C5%BD%C3%95%C3%91&crid=1KOCYDJZS0OEF&sprefix=jorge+bess%2Cstripbooks%2C410&ref=nb_sb_noss_2">Jorge Bessa</a></b>, espião
brasileiro em Moscou durante a Guerra Fria, e o jornalista Carlos Mendes,
editor do portal paraense de notícias <i style="mso-bidi-font-style: normal;"><b><a href="https://ver-o-fato.com.br/">Ver-O-Fato</a></b></i>,
especialista sobre a <b><a href="https://www.youtube.com/watch?v=AchPWdI4ri0&t=13s">Operação Prato</a></b>, uma invasão de discos-voadores no litoral
do Pará, fartamente documentada pela Aeronáutica.</span></p><p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><a href="https://www.raycunha.com.br/p/ray-cunha-curriculo-profissional.html">RAY CUNHA</a> </b>nasceu em
Macapá/AP e mora atualmente em Brasília. Trabalhou nos maiores jornais da
Amazônia e de Brasília, como <i style="mso-bidi-font-style: normal;"><b><a href="https://www.oliberal.com/">O Liberal</a></b></i>,
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><b><a href="https://diariodopara.dol.com.br/">Diário do Pará</a></b></i>, <i style="mso-bidi-font-style: normal;"><b><a href="https://www.acritica.com/">A Crítica</a></b></i>, <i style="mso-bidi-font-style: normal;"><b><a href="https://agazetadoacre.com/">A Gazeta do Acre</a></b></i> e <i style="mso-bidi-font-style: normal;"><b><a href="https://www.correiobraziliense.com.br/">Correio Braziliense</a></b></i>.</span><span style="font-family: verdana;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">É autor dos romances:</span><span style="font-family: verdana;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><b><a href="https://clubedeautores.com.br/livro/jambu">JAMBU</a></b><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><b><a href="https://clubedeautores.com.br/livro/a-casa-amarela">A CASA AMARELA</a></b><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><b><a href="https://clubedeautores.com.br/livro/o-clube-dos-onipotentes">O CLUBE DOS ONIPOTENTES</a></b><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><b><a href="https://clubedeautores.com.br/livro/fogo-no-coracao">FOGO NO CORAÇÃO</a></b><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><b><a href="https://clubedeautores.com.br/livro/hiena">HIENA</a></b><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><b><a href="https://clubedeautores.com.br/livro/a-confraria-cabanagem">A CONFRARIA CABANAGEM</a></b></span></p><p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Dos livros de contos:</span><span style="font-family: verdana;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><b><a href="https://clubedeautores.com.br/livro/a-caca">A CAÇA</a></b><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><b><a href="https://www.amazon.com.br/Boca-Jacar%C3%A9-a%C3%A7u-Amaz%C3%B4nia-Como-Ela/dp/8564898454/ref=sr_1_13?__mk_pt_BR=%C3%85M%C3%85%C5%BD%C3%95%C3%91&crid=1WU3EK75IUU3Z&keywords=Ray+Cunha&qid=1704907969&s=books&sprefix=ray+cunh%2Cstripbooks%2C276&sr=1-13">NA BOCA DO JACARÉ</a></b><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><b><a href="https://clubedeautores.com.br/livro/a-grande-farra">A GRANDE FARRA</a></b><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><b><a href="https://clubedeautores.com.br/livro/inferno-verde">INFERNO VERDE</a></b><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><b><a href="https://www.amazon.com.br/Casulo-Exposto-Ray-Cunha/dp/8572383824/ref=sr_1_1?__mk_pt_BR=%C3%85M%C3%85%C5%BD%C3%95%C3%91&crid=156VSFJNZOYGJ&keywords=O+Casulo+Exposto&qid=1704908407&s=books&sprefix=o+casulo+exposto%2Cstripbooks%2C326&sr=1-1">O CASULO EXPOSTO</a></b></span></p><p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Do livro de poemas:</span><span style="font-family: verdana;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><b><a href="https://clubedeautores.com.br/livro/de-tao-azul-sangra">DE TÃO AZUL SANGRA</a></b></span><o:p></o:p></p><p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"></p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiU2BGioT09MS2CkL5J2TktxPOLag7KGFRv8HzI46BRTvBQn7hD4vj3-CcLBYXcU98-w8FDliAWHZt4gMVfm5q6pYKGnOHXbXtYEI5cgHcBREqBT_ZXc5FUVDrphYiqA_JSmhXQS93tD-T3d8JK2lhgC6YZoSu1iMp8vdZWmNCI2UBknGbeskmv9pvZZvPZ/s1536/Joelma%20-%20Calipso.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="1253" data-original-width="1536" height="326" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiU2BGioT09MS2CkL5J2TktxPOLag7KGFRv8HzI46BRTvBQn7hD4vj3-CcLBYXcU98-w8FDliAWHZt4gMVfm5q6pYKGnOHXbXtYEI5cgHcBREqBT_ZXc5FUVDrphYiqA_JSmhXQS93tD-T3d8JK2lhgC6YZoSu1iMp8vdZWmNCI2UBknGbeskmv9pvZZvPZ/w400-h326/Joelma%20-%20Calipso.jpg" width="400" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="font-family: verdana;"><b>A paraense Joelma é uma das maiores celebridades brasileiras</b></span></td></tr></tbody></table><p></p>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5855568031215680198.post-10224823580642175982023-12-31T12:21:00.006-03:002023-12-31T13:31:14.242-03:00O triunfo do agora<p style="text-align: justify;"></p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhcRJ4GrSDA9ebvpOnatky2gLC9KArFS_aAAjhb_QFGIdMppgSbxobGX7Hv62mlUePKd2aThaQwmWsvxFOTQqoy-IXgd0qAgZqKHuB1SYwVVPUxlNHUqhU8MJk-kjYWZNQB3_A9s8bTG0lIsmII_wUmyk1FMTLNcV3cADaT-UF374Ub8uULXHtkByTfH0W8/s1080/Ray%20Cunha%20-%20Alagoas%20-%20Fevereiro%20de%203023.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="845" data-original-width="1080" height="313" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhcRJ4GrSDA9ebvpOnatky2gLC9KArFS_aAAjhb_QFGIdMppgSbxobGX7Hv62mlUePKd2aThaQwmWsvxFOTQqoy-IXgd0qAgZqKHuB1SYwVVPUxlNHUqhU8MJk-kjYWZNQB3_A9s8bTG0lIsmII_wUmyk1FMTLNcV3cADaT-UF374Ub8uULXHtkByTfH0W8/w400-h313/Ray%20Cunha%20-%20Alagoas%20-%20Fevereiro%20de%203023.jpg" width="400" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="font-family: verdana;"><b>Eu, em Alagoas, em fevereiro de 2023. 2024 oferece mais</b></span></td></tr></tbody></table><p></p><p style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: verdana;">RAY CUNHA</span></b><b><o:p><span style="font-family: verdana;"> </span></o:p></b></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;">BRASÍLIA, 31 DE DEZEMBRO DE
2023 </b>– Este ano de 2023 teve a duração de 24 horas na minha cabeça. A
questão política está por conta dos profissionais. É briga de tiranossauro e
sou apenas escritor. E jornalista, como todo mundo. Hoje, os jornalistas das
redes sociais têm mais credibilidade do que os da velha imprensa, que só noticiam
mentiras.</span><span style="font-family: verdana;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Foi um ano muito intenso. A intensidade é o triunfo do agora. Terminei
um romance, um thriller histórico ambientado no Rio de Janeiro, desde quando a
Baía de Guanabara era habitada por tupinambás. Os primeiros cariocas eram
mamelucos. Não vou dizer agora o título do romance, mas ele será publicado no
próximo ano. E já comecei outro romance, continuação de O CLUBE DOS ONIPOTENTES
(<a href="https://clubedeautores.com.br/livro/o-clube-dos-onipotentes"><b>Clube de Autores</b></a> e <b><a href="https://www.amazon.com.br/Clube-dos-Onipotentes-Ray-Cunha-ebook/dp/B09BDDYS9Q/ref=sr_1_1?__mk_pt_BR=%C3%85M%C3%85%C5%BD%C3%95%C3%91&crid=VBHVC3FHVZV7&keywords=O+Clube+dos+Onipotentes&qid=1704035890&s=books&sprefix=o+clube+dos+onipotente%2Cstripbooks%2C260&sr=1-1">amazon.com.br</a></b>).</span><span style="font-family: verdana;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Publiquei, este ano, em Macapá/AP, o romance JAMBU (<b><a href="https://clubedeautores.com.br/livro/jambu">Clube de Autores</a></b> e
<b><a href="https://www.amazon.com.br/JAMBU-RAY-CUNHA-ebook/dp/B07YQCRY53/ref=sr_1_1?__mk_pt_BR=%C3%85M%C3%85%C5%BD%C3%95%C3%91&crid=15W3XBEJI9M1F&keywords=jAMBU&qid=1704036084&s=books&sprefix=jam%2Cstripbooks%2C400&sr=1-1">amazon.com.br</a></b>), que será lançado também no Rio de Janeiro e em São Paulo, em
2024. Também no próximo ano publicarei um livro de contos reunindo a trilogia A
GRANDE FARRA, TRÓPICO ÚMIDO – TRÊS CONTOS AMAZÔNICOS e NA BOCA DO JACARÉ (<b><a href="https://www.amazon.com.br/Boca-Jacar%C3%A9-a%C3%A7u-Amaz%C3%B4nia-Como-Ela/dp/8564898454/ref=sr_1_1?__mk_pt_BR=%C3%85M%C3%85%C5%BD%C3%95%C3%91&crid=2IK7ROIF47DB9&keywords=Na+Boca+do+JACAR%C3%89&qid=1704035986&s=books&sprefix=na+boca+do+jacar%2Cstripbooks%2C268&sr=1-1">amazon.com.br</a></b>).</span><span style="font-family: verdana;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Em Brasília, onde moro, alguns jornalistas, entre os quais, eu, liderados pelo jornalista e pioneiro Wílon Wander Lopes, estão
trabalhando para a criação da <b><a href="https://abrajetnacional.com.br/">Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo</a></b>
do Distrito Federal (Abrajet/DF).</span></p><p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Nossa pauta, aqui, é grande. Além de
escrevermos sobre turismo no DF, especialmente turismo histórico, há também
pautas nacionais que terão o protagonismo da Abrajet/DF, devido à nossa
proximidade com o Congresso Nacional. Por exemplo: a regularização dos
cassinos. E há também as embaixadas.</span><span style="font-family: verdana;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Como terapeuta em Medicina Tradicional Chinesa, 2023 foi muito
produtivo. Integro duas equipes de terapeutas em trabalho voluntário, no
Ambulatório Fernando Hessen, coordenado pelo professor Ricardo André, no Centro
Comunitário da Candangolândia, aos sábados de manhã, e no Centro Espírita André
Luiz, coordenado pelo professor José Marcelo, no Guará I, aos domingos de
manhã. Em ambos, foram realizados cerca de 3 mil atendimentos ao longo do ano.</span><span style="font-family: verdana;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Das trilhas que crio nas minhas caminhadas, uma é atravessar o Parque
da Cidade e fazer novas descobertas. As cidades são como as mulheres: por mais
que as conheçamos, escondem, sempre, mistérios. Descobrir uma nova cafeteria, um
sebo, a visão de novo ângulo de uma velha rua, um local frequentado por velhos
amigos, tudo é uma aventura.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">No próximo ano, voarei de asa delta, como sempre, do Monte Roraima até
Copacabana, e almoçarei no Belém Belém Amazônia. E ouvirei, como sempre, o som redentor
das madrugadas, observando personagens de ficção caminhando sobre suas próprias
pernas. Mas o melhor de tudo é, o tempo todo, mergulhar para cima, o triunfo do
azul. O Éter. O acordar do espírito. O voo da luz.</span><o:p></o:p></p>Unknownnoreply@blogger.com0