terça-feira, 3 de julho de 2012

Voo vertiginoso

No meu coração brincam muitas crianças;
Seus risos, ouço-os azuis, a pingar diamantes.
E sinto rosas desabrochando, como vertigem do primeiro beijo,
No ar prenhe de Chanel número 5.
Meu coração respira o sabor da mulher amada,
Cheiro de mar numa tarde de julho.
Meu coração pulsa movido a risos de crianças
A rosas desabrochando
Ao choro de jasmineiros em tórrido anoitecer na Estação das Docas
A madrugadas
A acme que escapa dos lábios da mulher amada,
Secos de gozo, e que ela umidifica com a língua,
Tirando os cabelos do rosto, num gesto intenso.
Meu coração está prenhe do sabor indescritível
Do corpo da mulher amada, que eu ergo, como leão
Abismo de labirintos em que sou conduzido pela luz de uma estrela de outra galáxia,
Inalcançável, mas que cintila nos meus próprios olhos.

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